A entronização

Se descontarmos a parte em que Soares delicadamente lembrou a Sócrates que, em matéria de consolidação orçamental e financeira, o melhor mesmo é ele estar quietinho, a "declaração solene" da recandidatura não passou de um enorme bocejo. Soares percorreu todas as trivialidades e lugares-comuns que qualquer pessoa de boa-fé subscreve quando pensa na parte "ornamental" do PR. Falou do que "aprendeu" nestes últimos dez anos, cortejou os "jovens" e auto-elogiou-se em matéria de idade. A sua "ideia de e para Portugal", como ele gosta de sublinhar, não aquece nem arrefece ninguém. Soares exibiu-se para um país que vive manifestamente uma realidade bem diferente da tranquilidade colorida exibida pelo candidato. Ou então - o que é mais sério para ele - Soares recusa-se a deixar que a realidade entre na sua simpática e divertida cabeça. Em suma, esta entronização doméstica não passou do tal "ponto de chegada" a que aludi ontem. De qualquer forma, e uma vez mais, bem-vindo, Dr. Soares!

Publicado por João Gonçalves 20:28:00 13 comentários  



apertar o cinto ?

Défice da Administração Central quase duplica

Publicado por Manuel 19:35:00 7 comentários  



uma profunda irresponsabilidade

eu não tenho nada contra o optimismo, sou genericamente optimista, mas a afirmação, mais uma vez, que tudo tem solução, desde que haja boa vontade e boas intenções, porque sim, como que por milagre ou passe de mágica, e sem quaisquer tipo de sacríficios, de esforço, é uma profunda irresponsabilidade. Irresponsabilidade e falta de sentido de Estado.

Publicado por Manuel 19:06:00 1 comentários  



um resumo

Primeiros 10 minutos a justificar que não é velho, 10 minutos seguintes a autoelogiar-se e a apresentar curriculo e a lembrar de novo que é um homem novo, leia-se da (extrema) esquerda. Pelo meio boutades sobre o défice, resultado (!) da crise internacional, para terminar com banalidade, atrás de banalidade, sobre a presente conjuntura. Falou de jovens mas só se veêm velhas guardas, o aparelho do PS em peso, até Carrilho, o frei Milícias, Carlos Monjardino, Dias da Cunha, Rui Moreira, Ilidio Pinho... Sem citar Cavaco, mas a pensar nele, dissertou ambiguamente sobre economia e finanças relativizando o saneamento das finanças públicas e assim secando qualquer réstia reformista que pudesse restar a Sócrates. Pouco, muito pouco.

Publicado por Manuel 18:58:00 28 comentários  



contenção de despesas ?

O secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, vai assistir amanhã à exibição do novo filme de Manoel de Oliveira, "O Espelho Mágico", na abertura da secção competitiva do Festival de Cinema de Veneza [Público - Última Hora]

Publicado por Manuel 18:33:00 1 comentários  



Soares - o candidato de todos os conservadores

Soares portou-se mal com Alegre, ponto. Dito isto não é por isso, por uma questão de carácter, que será uma má - péssima - opção como Presidente da República, para Portugal e para os Portugueses, é-o, sim, porque não acrescenta nada de novo, não une, mas divide, desestabiliza e sobretudo porque a candidatura de Soares, derivada do mais profundo do aparelhismo e caciquismo partidários, é o pior sinal que se pode dar quando parece óbvio que a maior reforma de que o regime precisa é a do sistema político-administrativo. Soares é o candidato não das apenas das esquerdas mas do status-quo, dos resignados, em suma de todos os os conservadores, já Cavaco, por oposição flagrante, é o candidato das reformas, da modernidade e sobretudo da sociedade civil, é esta que o impõe aos partidos (de cujo jugo se libertou) da direita, e não o contrário, como acontece com Soares .

Publicado por Manuel 17:35:00 14 comentários  



Y ese toro enamorado de la luna

Publicado por Carlos 17:27:00 2 comentários  

Rui Ramos, um artista português, dá palpites ao Prof Cavaco. Pérfido q.b. mistura e confunde tudo num discurso pirómano e redutor. Ramos pinta (convenientemente) Soares como o seguro de vida de Sócrates e espera a que Cavaco se limite a federar todos os descontentes 'entusiasmando o eleitorado traído pelo PS e desiludido pela incapacidade dos actuais líderes políticos'. Nunca, jamais. Porque, o que se espera de Cavaco não é que lidere o país a partir de Belém, mas simplesmente que, a partir de Belém, catalize as reformas sem laivos intervencionistas ao pior estilo do eanismo ou do soarismo, o que se espera é que Cavaco mobilize a boa moeda, à esquerda e à direita, que atraia para a política sangue novo, e que una o país em terno de reformas essenciais. Independentemente da péssima performance deste Governo um voto em Cavaco não pode ser um voto contra Sócrates, tem que ser algo mais, muito mais. Depois de tudo o que se tem passado à volta de Soares, um voto em Cavaco é simplesmente um voto num político em quem se pode confiar. Uma andorinha não faz a primavera, cabe pois a Cavaco conseguir mobilizar a andorinha que há em todos e em cada um de nós. Soares nem Alegre conseguiu mobilizar (até Guterres o conseguiu).

Publicado por Manuel 16:44:00 8 comentários  



'a culpa é do povo'

não sei se fará alguém feliz, mas alguns dos nossos problemas, do nosso défice de participação democrática, da falta de qualidade da nossa democracia e dos seus agentes, não são drama exclusivo nosso. Para ler, e meditar, aqui.

Publicado por Manuel 14:40:00 8 comentários  



das virtuosidades do caciquismo

Algumas almas à direita, e à esquerda, tem uma noção peculiar de serviço público, a qual passa por repetir a cartilha do chefe, de quem manda, ou nomeou, à exaustão, ignorando estoicamente todas as evidências, assim, lealdade transmuta-se em absoluta cegueira, que não frontalidade, abertura, transparência e liberdade responsável. A este raciocínio no fundo está associado um outro, o de que nunca se sobe por mérito e ideias próprias, mas apenas e só porque nos escolheram, e, se nos escolheram devemos infinita reverência, subserviência e gratidão a quem nos selecionou. Por estes dias temos visto muito disto, à direita ainda a propósito das críticas à entrevista do novo responsável do SEF, e à esquerda a propósito da candidatura presidencial do Dr. Mário Soares, cujos acólitos se revelam afinal grandes teóricos das virtuosidades do caciquismo... Para a esquerda, e para Luis Osório e Vital Moreira em especial, exemplo, exemplo é o Luis Delgado, que ainda hoje no DN, e enquanto não finda a negociação da sua reforma milionária (por via da venda da Lusomundo) não se esquece de quem o nomeou, lançando como putativo salvador da pátria... Nuno Morais Sarmento.

Publicado por Manuel 13:49:00 2 comentários  



Premonitório

Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto

...

E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada
Que fez tão triste a clara madrugada

O Canto e as Armas, 1974

Manuel Alegre, quem mais. O romântico pragmático, se assim lhe podemos chamar.

Publicado por irreflexoes 11:05:00 6 comentários  

Aparentemente, a Volkswagen admite deslocalizar para a fábrica de Palmela a produção do novo utilitário desportivo (SUV), "por ser mais barato do que na unidade alemã". Tal a concretizar-se é uma excelente notícia para as exportações portuguesas e, em especial, para os trabalhadores da Autoeuropa, para os desempregados na região e para as empresas que produzem para o segmento da indústria automóvel. Até agora não vi ninguém do governo a embandeirar em arco com a oportunidade. Faço também votos para que, no caso de a expectativa se concretizar, não se regozije por aí além com o feito, pois tal ainda fica a dever-se ao facto de Portugal continuar a ser a china da UE, sendo que este não é um modelo de desenvolvimento pelo qual se deva aspirar. Os discursos frívolos e demagógicos sobre o “sucesso” português e de estarmos no “pelotão da frente” também contribuiram, e muito, para o que hoje somos. Por mim digo “never again”.

Publicado por contra-baixo 09:35:00 13 comentários  

NUEVA YORK.- Naciones Unidas ha denunciado que, a pesar del crecimiento económico sin precedentes y la mejora de las condiciones de vida que han experimentado muchos países del mundo, la brecha entre ricos y pobres ha aumentado en la última década debido al mal reparto de la riqueza.

Publicado por contra-baixo 23:05:00 5 comentários  



melhor é impossível

João,

Num plano meramente prático, o tom e o teor da decisão anunciada hoje por Manuel Alegre são óptimas notícias para Cavaco Silva. Do filme Soares sai não só indelevelmente manchado (a recandidatura de Mário Soares “não é saudável para a República” afirmou Alegre...) como uma certa margem de eleitorado descontente, romântico mas com o coração à esquerda, acabará, desencantado, ou por ficar em casa, ou por se virar para a candidatura do BE, impelindo-a porventura, se a derrota de Soares se tornar antecipadamente excessivamente óbvia, a ir até ao fim [ou, mais improvável, a BE e PCP abdicarem em favor de uma candidatura de Alegre, que representaria a esquerda pura, face à manifesta impotência de Soares], e até, alguns, por se virarem para um Cavaco, convenientemente distanciado do PSD. Quanto a Sócrates ainda tem que ficar grato por Alegre não lhe rachar o PS... por agora.

Publicado por Manuel 20:53:00 14 comentários  



2,8% dos incêndios responsáveis por 76% da área ardida

Os incêndios florestais consumiram desde o início do ano uma área estimada em 240 mil hectares. Em 2004, arderam em Portugal cerca de 129.539 hectares e em 2003, o pior ano das últimas duas décadas, ultrapassou os 425.000 hectares. Encontram-se apurados 172 grandes incêndios, que devastaram 125.754 hectares, 76 por cento do total da área ardida. Até 28 de Agosto, a Direcção-Geral de Recursos Florestais registou 28.670 incêndios: 6.093 fogos florestais e 22.577 fogachos.

in Portugal Diário

Dá outro sentido às coisas, não dá ? Infelizmente a nossa imprensa não quer, não pode ou não sabe, fazer contas e prefere a neutralidade dos números em bruto.

Publicado por Manuel 20:42:00 2 comentários  



dignidade

algo que mostrou ter hoje Manuel Alegre, algo que muitos não sabem o que é.

Publicado por Manuel 20:38:00 10 comentários  

Though Hurricane Katrina literally stopped the newspaper's presses, the Times-Picayune in New Orleans still delivered the news. (Publish.com)

Publicado por Manuel 19:57:00 0 comentários  



Onde pára Marques Mendes ?...

A anunciada recusa do PSD, via TSF e pela voz de Miguel Macedo - inconsciente das suas limitações, em viabilizar qualquer alteração à lei da imigração é uma profunda imbecilidade e irresponsabilidade (que depois dá nisto). Sejamos francos, continuam a sair mais pessoas do rectângulo do que a entrar, sendo os imigrantes que mantém este país a funcionar, perante uma geração de diplomados de aviário que não quer objectivamente trabalhar em empregos que considera indignos, são os imigrantes que evitam que a natalidade seja menor, e no entanto, em nome da absoluta demagogia, Macedo , ao nível do pior de Jardim, não hesita em estabelecer uma relação causal entre a imigração e o... desemprego, apelando subliminarmente aos instintos mais básicos. Uma coisa é desejar uma imigração de qualidade (E aí nem nos podemos queixar, quanto custou ao Estado Português a formação e educação (na esmagadora maioria de primeira classe) de cada imigrante, nomeadamento os oriundos de Leste ?), outra, diferente, é pedir a manutenção de uma lei imbecil e absolutamente inexequivel. Onde está o humanismo social-democrata ?

Publicado por Manuel 18:59:00 2 comentários  



e cá, seria diferente ?

da Agência Estado (Brasil)

Uma parcela de 48% dos paulistanos aceitariam receber o chamado mensalão, caso se deparassem com uma proposta como essa, de acordo com um levantamento realizado pelo grupo H2R. Segundo a pesquisa, que contou com a participação de 400 entrevistados da Grande São Paulo, a atual crise política tem ajudado a gerar uma divisão da população na hora de avaliar qual seria sua postura diante de um desafio ético. Diante dessa mesma pergunta, uma fatia de 43% se recusaria a receber o pagamento.

A pesquisa da H2R ouviu pessoas com idades entre 14 e 65 anos, das classes A, B, C e D, e foi realizada em meio à eclosão da atual crise política, entre os dias 17 de junho e 5 de julho.

Publicado por Manuel 18:49:00 2 comentários  



a falta de competitividade externa...

... devido ao IVA afecta muitas empresas.

De tal maneira, que a RAVE, no âmbito de um agrupamento europeu de empresas, adjudica estudos sobre a alta velocidade Lisboa-Madrid com sujeição ao IVA espanhol - meros 16%.

É notável, também porque parte do investimento português acaba nos cofres da Fazenda Nacional espanhola. Sintomático de tudo.

Publicado por irreflexoes 16:54:00 5 comentários  



só de junta médica

Paulo Morais, que neste momento presta declarações no DCIAP, está disponível para falar de casos concretos. Na entrevista à Visão afirmou que

nas mais diversas câmaras municipais do país há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais

A esta hora muitos autarcas devem estar a decidir se é melhor passar por corrupto ou por maluco.

Publicado por contra-baixo 16:54:00 2 comentários  



a falta que Abel Pinheiro faz

Numa posta curiosa o eterno compagnon de route do Dr. Portas, Bourbon Ribeiro (o tal que se fosse espanhol era monárquico), disserta sobre presidenciais. Critica Soares e Cavaco, que não terão deixado descendência política, e habilmente resume as presidenciais a um duelo convencional entre partidos, já que, insinua, não haverão condições para candidaturas extra-partidárias citando como exemplo o caso de Manuel Alegre. Passando à frente da questão da descendência Bourbon Ribeiro não percebe que o seu raciocínio, que no imediato visa simplesmente fragilizar o PP de Ribeiro e Castro - já que colocando as presidencias num plano estritamente partidário o PP teria a estrita obrigação de ir a jogo, de modo a tornar-se importante numa segunda volta - tem consequências. E o corolário lógico para evitar que 'a próxima eleição para PR, tal como está desenhada' esteja 'condenada' seria... uma candidatura presidencial de alguém como... Paulo Portas. Falta é, a este último, o Abel Pinheiro, demasiado ocupado com assuntos mundanos para ter tempo para a mercearia. Pode ser que o Dr. Coelho se mexa e resolva dar uma mãozinha.

Publicado por Manuel 16:08:00 2 comentários  



nem é a primeira vez...

Relata o El País de ontem:
El Papa Benedicto XVII y el líder del movimiento ultraconsevador Fraternidad de San Pío X, fundado por el arzobispo rebelde francés Marcel Lefebrve, han expresado hoy su deseo de trabajar juntos para terminar con los 17 años de cisma en la Iglesia Católica y llegar a una "perfecta comunión", durante un histórico encuentro en la residencia de verano del pontífice.
Esta inesperada aproximação entre o novo Papa e o sector mais reaccionário da Igreja, conhecido pela sua oposição fanática ao espírito do Concílio Vaticano II e cujos líderes foram excomungados em 1988, pode ser um elemento crucial na confirmação das tendências conservadoras do novo pontífice, dando razão aos piores receios antes expressos a esse respeito pelos sectores mais liberais e mais ecuménicos do catolicismo.

Vital Moreira

Sem nada de mais importante que comentar Vital Moreira resolveu dissertar sobre uma 'inesperada' atitude de Bento XVI. Infelizmente, e mais uma vez, falou do que não sabe, e era tão fácil saber. Não há qualquer deriva fundamentalista por parte de Bento XVI, qualquer "confirmação das tendências conservadoras do novo pontífice", nem qualquer hipótese de regresso a missas em latim, , isso sim, uma deriva ecuménica, que vem de trás, e que dá grande enfase ao diálogo inter-religioso, nomeadamente entre as diferentes tradições e confissões cristãs. Desta feita foi, só e apenas, a vez de dialogar, mais uma vez, com a 'linha dura' do falecido Monsenhor Lefébre. Aliás, se Vital fizesse trabalhos de casa rapidamente descobriria que quem 'preparou' e teorizou a excomunhão de Lefébre, enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina e a Fé, foi um tal... Cardeal Ratzinger. Voltando à alegada deriva fundamentalista vale a pena ler o que pensam de Ratzinger os tais fundamentalistas... aqui, aqui, aqui, e aqui, por exemplo. Finalmente, e isto o anti-clerical Vital tinha obrigação de saber, a expressão "em perfeita comunhão" (em Cristo, e na Igreja) tem barbas, e não tem, nem de perto nem de longe, o significado reacionário que Vital lhe quis imputar... Enfim, nem é a primeira vez.

Publicado por Manuel 15:19:00 2 comentários  



'Fim da corrupção colocaria Portugal ao nível da Finlândia'

já o tinhamos referenciado aqui, agora é a vez do mainstream...

Estudo do Banco Mundial mostra que países podem triplicar rendimento per capita. E diminuir mortalidade infantil. Corrupção prejudica famílias mais pobres com impostos injustos e cria a necessidade de «subornos» nos serviços públicos.

[Portugal Diário]

Publicado por Manuel 14:48:00 4 comentários  

com estas acções e estas palavras [aprovação dos casamentos gay em espanha], zapatero colocou-se na vanguarda da civilização -- como todos os que se opõem a estas acções e palavras, de bin laden a bento xvi, passando por todos grunhos e grunhas do planeta, se remetem à barbárie.

Fernanda Câncio

E aqui está a vanguarda do discurso da 'nova esquerda', tão intolerante, radical, odioso e monocromático, como o dos piores fundamentalistas. [não está especialmente em causa a temática dos casamentos gay mas apenas a extraordinária imbecilidade da argumentação usada, aliás do tipo "either with us, either against mankind"...]

Publicado por Manuel 14:26:00 3 comentários  



'um ponto de chegada'

José Medeiros Ferreira, um dos mais qualificados apoiantes da recandidatura de Soares a um terceiro mandato presidencial, explica-se em relação ao que chama "o novo Mário Soares". Fala da história - a dele, com e contra Soares - e do "percurso" do corajoso fundador do regime democrático. "É um novo Mário Soares que temos pela frente", escreve, confiante, M. Ferreira. Sem querer, o autor pôs o dedo na ferida. Não tenho a certeza que o país aprove tão entusiasticamente e com tanto optimismo este "novo" Soares. Verdadeiramente não é uma "nova ideia para Portugal" - algo construído ao longo dos anos do exílio e das primícias da democracia, algo que mobilizou determinantemente o eleitorado "moderado" e "realista" em 1986 contra a "esquerda" folclórica e ressabiada e a direita "mal resolvida" - aquilo que move este "novo" Soares. Soares gosta tanto do social-democrata mal amanhado que é José Sócrates como eu gosto de beterraba. Não suporta a ideia de ver este homem, que ele suspeita ser mais ou menos feito de "plasticina política", a liderar a sua preciosa "esquerda". Não é esse o legado com que sonhou nos últimos anos. E a respeitabilidade que entretanto sedimentou à esquerda da sua própria "esquerda", pesa e muito. Finalmente, existe Cavaco, o inimigo de estimação. A mera admissibilidade de "tolerância" daquele por parte de Sócrates, é impensável para Soares. Manuel Alegre nunca contou nas lúbricas considerações do "fundador". Se há coisa em que Soares não se distingue particularmente é pela "delicadeza" política. A sua bonomia pára instantaneamente à porta dos seus interesses, esteja lá quem estiver. "Não se transformou porém num extremista, antes revelou-se, nestes últimos anos, como alguém capaz de antever o novo a nascer", conclui M. Ferreira. Eu também não aprovo o epíteto de "extremista" que por vezes é insinuado em relação a Soares. Porém, não sei a que "novo a nascer" se refere M. Ferreira. Ao "novo" Soares preferirei sempre o "velho". Porque, neste momento, a sua candidatura representa apenas o último avatar do "regime" e um gesto paternalista de apoio a um partido e a um governo embaraçados. Nada disto perfaz "uma ideia para Portugal", muito menos o ridículo "perigo" da direita. A recandidatura de Soares é apenas um ponto de chegada. Não é manifestamente um ponto de partida e, muito menos, um ponto de partida para "o novo a nascer".

in Portugal dos Pequeninos

Publicado por Manuel 13:58:00 0 comentários  

António Costa, para variar, esteve bem, na forma e na substância, ao dar hoje cobertura à excelente, sóbria e realista, entrevista do director indigitado do SEF, ontem ao Público, e nomeadamente às declarações deste quanto à imperiosa reformulação da lei da emigração. Para o caso, não é relevante saber quem fez a actual lei, tem todos culpas no cartório, a qual manifestamente não funciona, apenas que esta precisava de ser revista, como ao que parece vai, finalmente, ser. Uma última nota para a reação infeliz e extemporânea do PSD que neste mês de Agosto anda a selecionar não só muito mal os alvos como a colecionar tiros nos pés.

Publicado por Manuel 12:42:00 5 comentários  

Ler aqui com atenção e ver como se pode perder uma boa oportunidade para estar calado.

Publicado por contra-baixo 11:54:00 4 comentários  



Orgulho de ser português


We estimate that a country that improves its governance from a relatively low level to an average level could almost triple the income per capita of its population in the long term, and similarly reduce infant mortality and illiteracy. Such a relative improvement (by one standard deviation) would correspond, for instance, to a move up in our ranking for the "control of corruption" dimension in our database, taking Equatorial Guinea to the level of Uganda, Uganda to Lithuania, Lithuania to Portugal, and Portugal to Finland.

Publicado por irreflexoes 11:36:00 1 comentários  



As "iludências aparudem"

Ao longo da manhã, a TSF tem passado a mensagem que estão congelados todos os suplementos remuneratórios «que não tenham a natureza de remuneração base» até ao final de 2006, nomeadamente despesas de representação, subsídios de alojamento, de residência e de fixação, de risco, penosidade, insalubridade e perigosidade e gratificações. Ao contrário do que a TSF afirma e do que o preâmbulo da lei induz, não se trata do congelamento do pagamento daqueles suplementos, mas apenas a não actualização dos seus montantes até 31 de Dezembro de 2006 – “São mantidos no montante vigente à data da entrada em vigor da presente lei e até 31 de Dezembro de 2006 …”. O que é curioso é não se ouvir ninguém a desmontar a mensagem que está a passar

Adenda: Ao meio-dia, um membro do governo esclareceu à TSF.

Publicado por contra-baixo 10:36:00 32 comentários  



Não há almoços nem leituras grátis

Circula em linha um abaixo-assinado reivindicando a prossecução da actividade do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, encerrado desde Julho do corrente ano por incapacidade de remunerar os professores e linguistas que respondem às centenas de questões colocadas semanalmente. Aparentemente, nenhuma empresa pública ou privada se mostrou interessada em financiar os 2500 euros requeridos mensalmente, o que tem irado os putativos milhares de leitores, que reclamam uma subvenção estatal. Ou seja, um grupo de cidadãos instruídos e com acesso às novas tecnologias pressiona o Estado no sentido de que os iletrados e os info-excluídos paguem as despesas de manutenção de um sítio electrónico cuja subscrição os interessados declinam.

Publicado por Nino 23:55:00 8 comentários  

Beba café. Faz bem à saúde.

Publicado por Manuel 20:49:00 1 comentários  



economia e finanças

O Paulo Gorjão acertou em quase tudo. Só erra quando pressupõe como o móbil uma tentativa de lavagem de mãos por parte do novo titular da pasta das finanças, porque o que está em causa é muito mais que isso. Teixeira dos Santos, e aqueles que o puseram, não confia no tibuteante Manuel de Pinho, não lhe chegam as Finanças, quer mais, e livres (facilmente) de Campos e Cunha querem agora ver-se livre do Ministro da Economia. Não se admirem se, por causa da falta de peso e habilidade política de Pinho, e em nome da agilidade e harmonia governamental, se começar outra vez a falar da fusão das finanças com a economia.

Publicado por Manuel 20:25:00 14 comentários  



Há quem escolha o lado errado

Para quem ainda teria uma réstia de ilusão sobre a possibilidade de os radicais palestinianos aceitarem o caminho para um esboço de paz no Médio Oriente, aqui vai um apanhado da esclarecedora entrevista do líder do Hamas, Mahmuh El Zahar, publicada na Visão:

Sobre Sharon e Netanyahu: «Os dois são criminosos. Queremos e esperamos vê-los fora da Palestina. Vivos ou mortos. Iremos persegui-los estejam onde estiverem. E perseguiremos os filhos e os netos e julgaremos aqueles que tenham cometido crimes contra o nosso povo, tal como os nazis».

Sobre a retirada dos israelitas de Gaza: «Vamos continuar a luta para libertar a Cisjordânia e Jerusalém, são territórios ocupados».

Sobre Abu Mazen, o presidente da Autoridade Palestiniana: «Não pode acabar com a corrupção e nós podemos fazê-lo em poucos meses. (…) Abu Mazen não acredita na Intifada armada e nós têmo-la praticado. Existem grandes diferenças, incluindo as leis islâmicas que devem controlar as nossas vidas».

Perguntado sobre se o Hamas admite reconhecer a existência de Israel: «Um rotundo não. Nunca aceitaremos que Israel seja dona de um metro quadrado. Esta é uma terra islâmica».


Os últimos anos, sobretudo o que se passou depois do acordo de paz de Camp David, nunca praticados, mostram, de forma cada vez mais clara, que o processo de paz do Médio Oriente não terá uma solução política. E não terá porque um dos lados não o quer — os palestinianos, obviamente.

Num processo tão longo e complexo como este, nem vale a pena estar a recordar episódios passados. Uma perspectiva à distância é suficiente para que se identifique uma superioridade israelita no plano dos princípios, da atitude e da história. Claro que, no meio de uma torrente de acontecimentos que se prolongam há 57 anos, houve vários momentos em que a atitude de Israel foi condenável.

Mas sejamos claros: todos os avanços conseguidos na última década e meia decorreram de cedências israelitas, tenham elas sido de Rabin, Barak ou Sharon. Netanyahu terá sido o único PM israelita, depois de Yitzack Shamir, a optar pela política de «tudo ou nada».

Ariel Sharon, até há pouco visto como um falcão incorrigível, jogou na surpresa ao decidir a retirada de Gaza, colonatos que ajudou a promover, 38 anos antes. Novo ponto de ordem à mesa: não se pode dizer que se tratou, em 1967, de uma «ocupação», pela simples razão de que os israelitas só se apoderaram de Gaza depois de terem sido atacados por sírio e egípcios, nos acontecimentos que espoletaram a Guerra dos Seis Dias. No balanço dos confrontos, a enorme superioridade militar dos israelitas fê-los sair com mais território ainda do que já tinham.

A morte de Arafat deu uma nova oportunidade ao processo de paz no Médio Oriente. Bush e Sharon já tinham deixado de negociar com Arafat, mas a nova liderança palestiniana, protagonizada por Abu Mazen, teve direito a entrada VIP na Casa Branca. Só que a Fatah está a perder o controlo da situação na Palestina. O Hamas já ganhou eleições locais e prepara-se para ganhar as eleições legislativas de Janeiro. Se é o povo palestiniano que prefere a via radical, de quem diz que esta é «uma guerra santa», então, estamos conversados.

E com o Hamas não pode haver conversa. Mete-me muita confusão que haja quem desculpabilize os crimes patrocinados pelo Hamas ao longo dos últimos anos. Voltemos à clareza das palavras directas: enquanto os soldados israelitas matam terroristas (sim, já sei, por vezes há excepções, obviamente condenáveis, mas a regra é esta), os radicais palestinianos matam indiscrimadamente.

Só por má-fé, ignorância ou cegueira ideológica é que não se consegue ver uma grande diferença entre matar cirurgicamente membros do Hamas e entrar num café e rebentar com uma bomba, matando israelitas, palestinianos e quem lá mais estiverem, como fazem os terroristas palestinianos.

A jogada de Sharon, ao sair da Gaza, pode não ter sido inocente. Mas teve o mérito de pôr as cartas na mesa: se os palestinianos não souberem aproveitar a oportunidade, acabaram-se as dúvidas — eles não querem a paz, porque só sabem viver na guerra. Diz-se que Arafat «podia mas não queria» e Abu Mazen «quer mas não pode» construir a paz. Não sei. Só sei que a prova dos nove está tirada: ao contrário do que diz certa esquerda europeia (com o BE na primeira linha; claro), o problema não é, está longe de ser, os americanos ou, sequer, o estado israelita (que é democrático, é bom que nos lembremos disso): já passou Reagan, Bush pai, Clinton, Bush. Passaram os PM israelitas acima citados e só dois (Shamir e Netanyhau) tiveram atitudes condenáveis em relação aos esforços de paz.

Passou tudo isto e o problema continua a ser o mesmo: nesta guerra interminável, um dos lados não sabe viver em paz. Releiam as palavras de El Zahar, citadas acima. Chega para acabar com qualquer ilusão.

Publicado por André 20:21:00 8 comentários  


A young woman wearing a mini skirt strolls through a crowded shopping district. Budapest district mayor Gyorgy Mitnyan has proposed a dress code for City Hall employees under which only women with 'pretty legs' can wear short skirts.(AFP/File/Wang Jun-Young)

Publicado por Manuel 20:07:00 5 comentários  



mistério

Se alguém insinuasse que as candidaturas presidenciais do PCP e do BE visam só e apenas incrementar o apelo ao centro da candidatura de Soares, que até são patrocinadas por esta última e que a máquina de Soares as apoia - se necessário fornecendo até assinaturas e logistíca - o que diria a esquerda ? Pois então que dizer desta prosa delirante de... Vital Moreira.

Publicado por Manuel 18:39:00 7 comentários  

Mira Amaral seria alguém que ficaria a matar numa qualquer Comissão de Honra de apoio a... Mário Soares, seria este aliás o melhor contributo que poderia dar à candidatura de Cavaco Silva.

Publicado por Manuel 17:58:00 1 comentários  



os segredos continuam a ser a alma do negócio

Vai ser interessante seguir o embate entre Luis Amado, Ministro da Defesa, e António Costa, Ministro da Administração Interna, a propósito da GNR. Não que toda a gente não tenha perfeita consciência dde que a GNR, enquanto força militarizada, não mais faz sentido, mas porque este foi o terreiro escolhido para medir pesos e delimitar influências. Que ninguém se admire pois se em socorro de Amado vierem pesos pesados como Jorge Coelho, e até colegas de governo como Alberto Costa, é que o que está em cima da mesa é perceber da real influência que António Costa tem sobre José Sócrates e avaliar se há ou não condições objectivas de travar a reorganização das secretas em curso, a qual na prática não só esvazia a secreta militar, como atrai toda a delicada informação para a órbita de António Costa...

Publicado por Manuel 17:44:00 3 comentários  



silêncio abrupto

Ainda a propósito da Ota regista-se sem grande surpresa, face aos últimos desenvolvimentos, o abrupto silêncio de Pacheco Pereira, sobre o tema. Depois de ter juntado uma boa parte da blogosfera lusa numa frente comum a exigir a publicação de documentos se sustentem a decisão governamental Pacheco mudou de disco. Até parece que se assustou com o destaque que o mainstream começou a dar à blogosfera política em geral, e que não apenas ao seu Abrupto em especial.

Publicado por Manuel 17:31:00 0 comentários  



Mário Lino ainda é ministro...

Uma Comissão de Avaliação do Estudo de Impacte Ambiental (CA IA), nomeada em 1998 pelos então ministros Elisa Ferreira e João Cravinho, 'chumbou' por falta de fundamentação técnica o Estudo Preliminar de Impacte Ambiental (EPIA) realizado na Ota e em Rio Frio pela empresa pública NAER, Novo Aeroporto SA. Este estudo esteve na base da opção política pela Ota, em detrimento de Rio Frio. No parecer, a que o DN teve acesso, os peritos afirmaram que as conclusões do estudo da NAER "não são suficientes ou válidas como elementos de base para a tomada de decisão".

O EPIA foi, aliás, um argumento invocado pelo actual ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), Mário Lino, num artigo publicado a 11 de Agosto no Diário Económico, em defesa da opção pela Ota. Mário Lino escreveu que "foi na sequência deste processo de avaliação de impacte ambiental que o XIV Governo tomou a decisão política de prosseguir o desenvolvimento do processo relativo à construção do novo aeroporto da Ota". O ministro, no entanto, não fez qualquer referência às conclusões do parecer. (...)

in DN

Publicado por Manuel 17:26:00 5 comentários  



Mira Vital

  • Vital Moreira não vê inconvenientes num referendo ao aborto, à pressa, antes das presidenciais, e, imagine-se, não vê nesse referendo incómodo para uma candidatura presidencial de Cavaco Silva. Se se percebe, e se regista, a refinada hipocrisia não deixa de custar ver alguém do calibre intelectual de Vital ser tão intelectualmente desonesto, é que a questão não é saber se a questão do aborto chamusca ou não Cavaco, a questão é saber se é legítimo tentar condicionar o debate político que se pretende à volta das presidenciais com um referendo sobre o aborto em background, sendo (erroneamente, mas é) o aborto umas das questões que alegadamente divide campos, e esquerda e direita. O referendo, não sendo uma questão premente, não tendo sido sequer debatido, nem apresentado como questão central nas últimas legislativas, mais não é do que uma tentativa rasca de tentar balizar fronteiras para o combate presidencial que se adivinha - esquerda de um lado, direita do outro.
  • Até hoje a única pessoa, de entre os apoiantes de Soares, que se pronunciou com um minimo de lucidez sobre o caso Manuel Alegre foi Carlos Monjardino. Os arrazoados de Carlos Ventura Martins, ex ajudante de Soares, capataz da imprensa rosa-pimba, hoje no DN, e de Vital Moreira, revelam o pior da natureza humana, pela forma como tentam encostar Manuel Alegre à parede. A questão não está tanto em saber se Alegre é candidato ou não, não acredito que o seja, particularmente quando há reais hipóteses de Cavaco resolver o assunto na primeira volta, mas na forma como Alegre está a ser tratado. A trupe do Dr. Soares sabe muito bem do descontentamento que grassa silenciosamente nas fileiras da esquerda, e do PS em particular, face à candidatura que impôs, e decidiu transformar Alegre num exemplo, aos potenciais dissidentes é pois prometido um tratamento tanto ou mais humilhante que o dedicado ao poeta de Coimbra, havendo um carinho especial com os sampaístas ("ao não ter servido para líder do PS, por que razão haveria de servir para seu candidato presidencial?" escreve sobre Alegre (ou será sobre Sampaio?) Ventura Martins...). Acontece que é tudo demasiado óbvio, tanto mais que - na hora da verdade - o pior que Alegre pode fazer a Soares, com o coração desfeito, é mesmo dar-lhe o seu apoio formal. A Vingança vai ser servida fria. Achei curioso a Vital Moreira antecipar uma cisão no PS caso Alegre avançasse. Sintomático. À direita a não candidatura de Soares até convém, unindo porventura menos as esquerdas que (simbolicamente) Soares, o que não é líquido, dada a a sua personalidade 'poética' e o seu estilo quixotesco e nada florentino, a plataforma que construísse seria infinitamente mais sólida e menos conjuntural. Soares pela sua própria natureza é incapaz de sedimentar algo que não seja o culto à sua personalidade, já Alegre pod(er)ia ter lançado as bases da refundação da esquerda, algo a prazo, muito mais temível.
  • Finalmente, e ainda sobre Vital Moreira, umas palavrinhas sobre a entrevista de Mira Amaral ao Diário de Notícias. Vital cita-o e à citação dá o pomposo título de "Diz quem sabe.", e fica-lhe mal, muito mal, porque Mira Amaral não é passível de ser levado a sério. Que se criticasse o anterior Governo por lhe ter arranjado tacho, para não terem - literalmente - de o aturar, e às suas birras, seria perfeitamente legitimo e justo, agora, dar crédito a declarações requentadas de Mira Amaral, já é demais. A sua entrevista hoje ao DN fica aliás para a história como um dos maiores exercícios de revisionismo dos últimos tempos, de mais a mais, Mira falou em que qualidade ? Na de político não deve ser pois prometeu abandonara a política pela n-ésima vez, e não falando na de político que crédito se pode dar às sua declarações, por exemplo, sobre a Petrocer, e a GALP, quando a Petrocer é uma emanação do BPI, e ele próprio, 'gestor', um principescamente pago consultor do presidente do BPI ? E o cuidado que Mira teve em não beliscar o novo CA da CGD e Armando Vara em particular, repararam ?

Publicado por Manuel 16:17:00 4 comentários  



A luz ao fundo...do túnel !!!

Nos últimos dias têm surgido notícias, sobre o eventual interesse da petrolífera angolana - Sonangol - e da petrolífera brasileira - Petrobras- no capital da Galp Energia.

Há muito tempo que, por aqui, se escreveu algo sobre isso, como que adivinhando que o futuro da petrolífera portuguesa, podia passar por esta "agora" milagrosa solução.

Há no entanto uma pequena solução. A Galp Energia, que ainda não se sabe bem de quem é, e muito menos quem será o seu próximo dono, sendo apenas certo mais uma elevada mais-valia, deveria definitivamente abandonar a procura de um parceiro estratégico apenas para realizar mais-valias e procurar uma estratégia concertada com Angola e o Brasil.

À Sonangol interessa-lhe a rede de exploração ibérica da Galp. Parece simples, a rede passa a ser detida 51% pela Galp e 49 % pela Sonangol, e em troca mais um acréscimo no volume de barris de petróleo. A Galp ganha capacidade de exploração. A Sonangol capacidade de comercialização que tão cedo não existirá em África. E o Brasil ? A Petrobras, ao fornecer capacidade de exploração à Galp, ganha rede na Europa.

Percebem hoje porque o suposto falhanço na compra da rede Shell em Espanha foi uma machadada que apenas a Pina Moura, e aos seus espanhóis, interessava ?


Fica apenas por responder, qual é papel de Joaquin Pina Moura na resolução do problema que ele próprio criou, mas não menos importante, quanto receberá a consultura pela "invenção" da solução perfeita...

Publicado por António Duarte 12:57:00 3 comentários  



À mulher de César …

Collina coloca ponto final na carreira

Em causa está o contrato publicitário que Collina aceitou realizar com a Opel, no valor de 800 mil euros. A marca patrocina igualmente uma equipa italiana, o AC Milan, o que levaria ao impedimento do árbitro em arbitrar em jogos no escalão principal do campeonato italiano.

in Record

Publicado por contra-baixo 12:28:00 1 comentários  



"Sectores estratégicos"

PARÍS.- El Gobierno francés está preparando un decreto en el que prohibirá la toma del control de sectores considerados "estratégicos" por parte de empresas extranjeras, según aseguró el ministro de Industria del país, François Loos, en una entrevista concedida al diario económico 'Les Echos'.

In El Mundo

Publicado por contra-baixo 11:59:00 7 comentários  



Mais um cachecol?

O tribunal Constitucional, em Portugal, é um dos pilares do poder judicial. De tal modo, que se discute se o seu presidente vem em quarto ou quinto lugar, na hierarquia da titularidade dos poderes democráticos.

Como atribuições, pode ler-se no seu sítio, uma elaborada lista de incumbências magníficas...

Como órgão constitucional a se, o Tribunal Constitucional tem uma posição (adiante explicitada) e uma intervenção específicas no sistema constitucional do poder político (declaração de inconstitucionalidade de normas jurídicas, nomeadamente, das legislativas, o que implica a sua cessação de vigência; competências quanto ao Presidente da República e quanto aos referendos nacionais e locais, e em matéria de partidos políticos, de titulares de cargos políticos e de eleições).

Como tribunal, o Tribunal Constitucional compartilha as características próprias de todos os tribunais: é um órgão de soberania (artigo 202º da Constituição); é independente e autónomo, não está dependente nem funciona junto de qualquer órgão; os seus juízes são independentes e inamovíveis; as suas decisões impõem-se a qualquer outra autoridade. Mas diferentemente dos demais tribunais, o Tribunal Constitucional tem a sua composição e competência definidas directamente na Constituição; os seus juízes são maioritariamente eleitos pela Assembleia da República; dispõe de autonomia administrativa e financeira e de orçamento próprio, inscrito separadamente entre os “encargos gerais do Estado”; e define, ele próprio, as questões relativas à delimitação da sua competência."

O TC tem uma lei de organização e funcionamento própria, que confere direitos e regalias aos respectivos juizes e funcionários que vão para além daquelas que os tribunais judiciais alguma vez tiveram: carro oficial com motorista; chefe de gabinete; passaporte diplomático, abono de 20% para despesas de representação, etc. Noblesse oblige.

Pois bem! Um dia desta semana que passou, o presidente do TC viajava no carro oficial, uma máquina reluzente, a condizer em qualidade e prestígio com a função pública exercida. Era conduzido por motorista, como prevê a lei e também como a lei prevê, foi detectado a circular a cerca de 200 K/h numa autoestrada do país, a poucos quilómetros de Lisboa.

A notícia deve ter corrido célere na redacção da TVI que agarrou a cacha e escarrapachou-a no jornal da noite de Sábado. Deu-lhe largos minutos de antena, com entrevista ao chefe de gabinete do presidente do TC. Os termos da notícia são penosos para o presidente do TC. No mínimo, o que foi dito na TVI, representa uma vergonha, para quem detém um prestígio legitimado e seguro: apanhado em excesso de velocidade, muito para além do limite máximo e portanto em flagrante contra-ordenação muito grave!

Pode dizer-se: a culpa é do motorista! Ou alegar-se que o presidente ia distraído; ou...ou...
Seja o que for, é uma vergonha! E como tal, que se assuma a mesma com todas as consequências. Isso, sim, revela dignidade e força de carácter. No melhor pano cai a nódoa e hipocrisia será fazer de conta que assim não é.

Primeiro, porque qualquer um que tenha uma máquina BMW de centenas de cavalos de potência, facilmente incorre em velocidades semelhantes. E se for apanhado, assume as consequências e tudo fica por aí. E assim estará bem. Mas ao presidente do TC ou a qualquer ministro ou ao presidente da República ou mesmo ao presidente do STJ, tal não se desculpa facilmente. E fatalmente será notícia, como foi.

Num texto do Público já antigo, da autoria de Joaquim Fidalgo, diz-se...

Quanta gente é, por exemplo, multada por excesso de velocidade na condução automóvel? E quantas notícias há sobre isso nos jornais, quantos nomes lemos, quantas histórias? Pouquíssimas. E será que, se tivéssemos muitas iguais, todos os dias, elas interessariam os leitores em igual grau, ou cumpririam uma função relevante para a comunidade?

Mas se, amanhã, um conhecido governante, ou um renomado empresário, ou um polícia, tiver de enfrentar a barra do tribunal por uma infracção grave ao código da estrada, é natural que encontre à porta um grupo de jornalistas. E que, no dia seguinte, saia notícia no jornal. E que as pessoas leiam com algum interesse. Nuns casos, porventura, pouco mais do que por curiosidade face um assunto de de mediana importância; noutros, porém, como situação que, pelo seu carácter inédito, pedagógico, exemplar, provoca uma reflexão socialmente pertinente.

Assim, a uma figura com a importância estatutária do presidente do TC, é rasteiro demais fugir a qualquer responsabilidade, alegando-se urgência extrema na deslocação. Como parece que aconteceu. Se foi assim, lembra o caso triste do cachecol que apareceu "por acaso" aos ombros de outra figura institucional da magistratura. E essas tristezas, começam a fartar.

Publicado por josé 21:37:00 13 comentários  



El Pais, sobre o nosso.

Um artigo, para "nonós" lerem e meditarem. E ganharem pudor.
Começa assim...

Por tercer año consecutivo, Portugal se ha enfrentado a una ola de incendios devastadores que los bomberos y los medios de combate disponibles han tenido graves dificultades para controlar. Una especie de fatalidad que se repite cada verano, pese a las promesas de sucesivos Gobiernos y al consenso general sobre las causas estructurales de la tragedia. Este verano, las llamas que devastaron Portugal se transformaron además - en los debates públicos y análisis de comentaristas- en una metáfora de una cierta impotencia general del país ante muchos otros problemas estructurales que limitan su crecimiento y modernización. También en este caso, tras más de tres años de crisis económica, política y social, los diagnósticos son coincidentes.

Continua...

Publicado por josé 20:59:00 11 comentários  



"Setôra, pode-me passar o corretor?"


As negociações na bolsa de valores da escola secundária Padre António Vieira, em Lisboa, pararam hoje* por três minutos em sinal de protesto pela detenção recente de dois "dealers" em Chelas, campeões das para-olimpíadas de matemática aplicada em 1994.

* A bolsa da droga encerra apenas no dia 29 de Fevereiro dos anos comuns.

Publicado por Nino 20:37:00 0 comentários  



DN rouba notícia a Inimigo Público e Avante

As calculadoras gráficas, obrigatórias no ensino secundário, são também utilizadas para jogar. Até aqui, nada de surpreendente. A surpresa é que o jogo preferido dos alunos é uma espécie de bolsa da droga, com indicação do preço dos estupefacientes e os locais reais de compra em Lisboa. Uma diversão que circula há mais de sete anos, em absoluto sigilo.

Vende-se droga quando os preços estão altos, compra-se quando estão baixos, como manda o bê-á--bá do mercado bolseiro. Cada estupefaciente tem um preço, sendo o mais caro a cocaína (20 mil dólares). Depois estão a heroína (oito mil), o haxixe (três mil), a erva (500), os speed (80) e o LSD-25 (40).

O objectivo é ver quem consegue acabar o jogo com mais dinheiro e atingir a máxima pontuação possível 100 pontos. Os jogadores têm 30 viagens para o concluir, correspondendo um dia a cada viagem para adquirir a droga. As deslocações são sempre de metropolitano.

Os alunos jogam entre si e até têm uma lista com os recordes da turma. "Não é como os outros da calculadora, muito básicos. Este é simples e divertido", diz Ricardo, 16 anos. E Marco, 15, explica "É o jogo de que gosto mais, obriga a analisar o preço das coisas. Exige raciocínio."

Diário de Notícias

Publicado por Nino 17:31:00 5 comentários  



Os 69...degraus.

O Governo actual, decidiu recentemente (em Julho) rever várias leis penais. Sendo certo que os códigos penais (o das regras penais substantivas e o das regras processuais), em vigor desde a década de oitenta, levam já várias dezenas de remendos vários, sendo os mais importantes, de 1995 e de 1998, com particulares responsabildiades para governos socialistas, importa perceber o timing e a importância destas novas revisões que alguns apontam já como consequência das experiências práticas dos últimos três anos, com a inspiração mais relevante vinda da "marcha do processo" da Casa Pia.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros, pretende-se a...

revisão do Código Penal e do Código de Processo Penal, o enquadramento da definição e da execução da política criminal, a lei quadro da reforma do sistema prisional e respectivos diplomas complementares e o regime das bases de dados para fins de investigação criminal.

Desta vez, a intenção explícita do Governo, será a de fazer intervir, nessas revisões ...
a conjugação de múltiplos contributos, provenientes de diferentes instituições, designadamente universitárias.

Esta metodologia revisionista não é inédita. Como se pode ler no excelente, irónico e revelador comentário que José António Barreiros deixou no Incursões...

Não querendo polemizar, mas a questão da composição das comissões de legislação é de facto interessante e com esta reflexão ganha uma visão mais ampla e rica. Está em causa saber onde entram as definições dos políticos, o contributo dos académicos, dos técnicos, dos «operadores do sistema» [como agora se lhe chamam] e dos funcionários ministeriais. Deixo aqui registado um método que vi aplicar na comissão de que saíu o CPP de 1987, de que honrosamente fiz parte, como seu elemento «junior» [imagine-se]. O Presidente da comissão escreveu ao ministro da Justiça [Rui Machete] a perguntar que Código queria. O ministro respondeu ao presidente da Comissão [no caso o Doutor Figueiredo Dias] a explicitar a orientação política, na forma de umas quantas máximas genéricas, após ter ouvido o Governo. A comissão [Dias, Cunha Rodrigues, Manso Preto, Maia Gonçalves, Costa Andrade, Lopes Rocha, Castro e Sousa, e JAB com inúmeras auscultações a vários níveis] redigiu o projecto de Código, acompanhando-o de uma extensa proposta de autorização legislativa [cuja minuta coube a este seu admirador] que foi a Conselho de Ministros e depois à Assembleia da República. O Parlamento trabalhou sobre o articulado da proposta de autorização legislativa [auscultando mais pessoas e entidades], modificou-a [em alguns aspectos], tudo foi em fiscalização preventiva ao Tribunal Constitucional, pelo que o Governo [o ministro era agora Mário Raposo], descontada uma ou outra artimanha política, verteu tudo o que fora modificado ao projecto num articulado final revisto [conto com mais pormenores este momento difícil no meu livro «Sistema e Estrutura do Processo Penal Português», I volume]. Ou seja e em suma: o poder político disse o que queria primeiro, uma comissão de académicos, peritos e operadores trabalhou e finalmente o poder político legislou, ministros primeiro, deputados no fim. Ainda hoje estou convencido que foi o caminho certo.Num só aspecto tentei em desespero fazer vingar um critério próprio: quando, a mando da Comissão, fui para a Imprensa Nacional, para rever as provas do «Diário da República» [não fosse o diploma sair com erros! e saíu...] e ali mesmo [ante o olhar suspeito e reprovador dos tipógrafos e revisores] me apercebi de algo que já não foi possível emendar: o artigo cuja epígrafe era [e é] posição processual do assistente tinha [e tem] o equívoco número 69. Não levem a mal o picante desta menção, é só para mostrar que nestas coisas da coisa pública não me levo muito a sério.


Publicado por josé 17:05:00 0 comentários  



Um paiol dentro da cidade

Os residentes do empreendimento imobiliário da Alta de Lisboa, construído na zona do Lumiar e patrocinado por Stanley Ho, estão apavorados com a criminalidade que varreu a zona nos últimos meses. (...) na madrugada do dia 15 de Agosto, às 00h50. Mesmo à porta do Bloco D, um homem de 50 anos, empresário, foi baleado na cabeça, dentro do carro, quando se preparava para regressar a sua casa, em Cascais, depois de visitar a namorada. (...) Sem adiantar pormenores sobre a origem dos suspeitos, o mesmo polícia comenta que as pessoas que compraram ali casas "estão cercadas por "índios", da Musgueira, do bairro da Cruz Vermelha, da Ameixoeira e de outros". (...) Alguns residentes já decidiram mesmo pôr à venda as suas casas. Uma proprietária fê-lo logo no dia a seguir ao incidente e outros se seguiram (...) Um agente da PSP que patrulha a Alta de Lisboa não tem dúvidas em afirmar: "Isto é um barril de pólvora", assevera. Confrontado com os crimes que abalaram o bairro, encolhe os ombros, sinal de uma resignação dramática: "Tiros, aqui, é todas as noites. Há muitas armas de fogo. Você fala-me deste caso, do outro... Eu não sei, são tantos que a gente já nem os conta".

Público

Publicado por Nino 09:56:00 2 comentários  



o segredo continua a ser a alma do negócio

depois do refactoring dos grandes grupos de comunicação social, eis que vem aí o das secretas.

[como nota de rodapé não deixa de ser curioso ver um das alminhas do SIEDM já dispensadas ir para o exílio, para junto do... Dr. Ferro Rodrigues]

Publicado por Manuel 02:17:00 4 comentários  



trapalhadas



O fantasma do Dr. Lopes afinal continua por aí.

Publicado por Manuel 02:14:00 8 comentários  



Queres ser um GNR?

Um tipo que queira ser um GNR pode até nem ter que ir à tropa, como se refere aqui. Percebe-se, aquilo é uma canseira do caraças! Mas tem que saber muita coisa útil para o cumprimento da missão. Veja-se um pequeno exemplo de um teste de aptidão, devidamente comentado pela Loja, retirado do site da GNR (versão completa)


II - HISTÓRIA DE PORTUGAL

1. A independência da Nação portuguesa teve origem no Condado Portucalense, graças a um Tratado assinado por D. Afonso Henriques e o rei de Leão e Castela, em 1143. Esse Tratado ficou conhecido por:
  • a) Tratado de Alcanices.
  • b) Tratado de S. Mamede.
  • c) Tratado Manifestis Probatum.
  • d) Tratado de Zamora.

Ora, não seria mais fácil perguntar em que ano é que o Benfica ganhou a primeira Taça dos Campeões Europeus? Pra que é que um GNR tem que saber estas coisas? Está-se a formar um polícia ou um guia de museu?


2. Maomé, nascido em Meca e perseguido pelos ricos mercadores da Arábia, refugiou-se na cidade de Yatrib, que passou a chamar-se Medina. Esta fuga assinalou o início da Era Islâmica e verificou-se:
  • a) No início do século IV D.C.
  • b) No fim do século V D.C.
  • c) No fim do século VI
  • d) No primeiro quartel do século VII


Esta é uma questão deveras pertinente para a História de Portugal.

3. A crise dinástica de 1383-1385 foi motivada pela morte do rei que não deixou nenhum filho varão. Esse rei foi:
  • a) D. João I
  • b) D. Dinis
  • c) D. Fernando
  • d) D. Afonso IV

Mas pra quê recordar a história de um rei que não deixou nenhum filho varão. Sinceramente...


4. As relações de dependência ou de vassalagem entre os senhores eram feitas por um contrato de vassalagem. Assinale a alínea que melhor refere a cerimónia ou cerimónias que faziam parte desse contrato:
  • a) A homenagem
  • b) O juramento de fidelidade
  • c) A investidura
  • d) As cerimónias constantes das alíneas A, B e C fazem parte do contrato de
  • vassalagem

Falta uma alínea: e) A Comissão Arbitral Paritária deu razão ao Benfica no caso Miguel, considerando o contrato de vassalagem como válido

5. Para combater as ideias reformistas protestantes foram introduzidas, em Portugal:
  • a) A Inquisição;
  • b) O Index;
  • c) A Companhia;
  • d) Alíneas a, b e c estão certas.

E o CDS/PP???

6. A revolução de 1640 terminou com o reino dos Filipes em Portugal e inicia a dinastia de Bragança. O primeiro e o último rei da Casa de Bragança foram respectivamente:
  • a) D. João IV e D. Manuel II
  • b) D. Maria I e D. Manuel II
  • c) D. João IV e D. Carlos
  • d) D. Afonso VI e D. Amélia

Mais uma vez, ninguém se lembra que o D. Duarte existe. Se calhar o Câmara Pereira tem razão.

7. O Marquês de Pombal tinha sido diplomata em Londres e em Viena. Ao assumir o governo, tomou consciência do atraso em que se encontrava o nosso país. Para garantir um Estado forte criou várias instituições. Das alíneas seguintes, assinale qual ou quais dessas instituições foram criadas:
  • a) A Junta de Comércio;
  • b) A Intendência-Geral da Polícia;
  • c) A Real Mesa Censória;
  • d) Alíneas a, b e c estão correctas.

E o Gabinete de estudos para a construção do Túnel do Marquês?

8. A estátua que se encontra na Rotunda de Entrecampos, em Lisboa, é comemorativa duma guerra entre Portugal e um país estrangeiro, e que durou de 1808 a 1814. Essa guerra ficou conhecida por:
  • a) Guerra das Duas Rosas
  • b) Guerra Peninsular
  • c) Revolução Liberal
  • d) Guerra Colonial


Guerra das Estrelas? Será?

9. Uma Constituição é a lei fundamental de um país. A primeira Constituição portuguesa tinha como objectivo abolir a sociedade de ordens e o absolutismo. Indique quando foi promulgada e quem promulgou a primeira Constituição portuguesa:
  • a) D. João VI em 1820.
  • b) D. Pedro IV em 1834.
  • c) D. Maria II em 1826.
  • d) D. João VI em 1822.


Fácil: PSD e PS

10. Na primeira metade do século XVI, a Igreja cristã sofreu uma forte contestação, que acabou por conduzir à sua ruptura. Do conteúdo das alíneas seguintes assinale aquele que contribuiu para a ruptura da Igreja cristã:
  • a) A pregação da venda das indulgências
  • b) A oposição de Martinho Lutero
  • c) O luxo e a ostentação em que vivia a Cúria Romana
  • d) As afirmações das alíneas A, B e C contribuíram para a ruptura da Igreja cristã


E o Código Da Vinci?

11. Em oposição ao romantismo, surgiu na segunda metade do século XIX, uma nova corrente literária e artística, o Realismo. Em Portugal, o realismo foi introduzido com a obra O Crime do Padre Amaro. Refira o nome do autor desta obra:
  • a) Camilo Castelo Branco.
  • b) Guerra Junqueiro.
  • c) Almeida Garret.
  • d) Eça de Queirós.


Não havia outro livro pra citar? Porque não o livro do centenário do Benfica?

12. Nos finais do século XIX e princípios do XX, uma série de circunstâncias
provocaram o descrédito da monarquia. Das alíneas seguintes, assinale qual
dessas circunstâncias não se inscreve nesse descrédito:
  • a) A ditadura de Pimenta de Castro;
  • b) A questão doa adiantamentos à Casa Real;
  • c) A ditadura de João Franco;
  • d) O Ultimato Inglês.


O Nuno da Câmara Pereira

13. A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América deu-se:

  • a) No Congresso de Filadélfia, em 1776
  • b) No Congresso de Nova Iorque, em 1787
  • c) No Congresso de Miami, em 1780
  • d) As alíneas A, B e C estão erradas
Que mania esta dos examinadores insistirem com as ex-colónias.

14. A primeira Guerra Mundial teve início num incidente na Península Balcânica e
deu-se entre 1914 e 1918. A posição de Portugal nessa guerra foi:
  • a) De neutralidade colaborante.
  • b) De participação directa com armas e homens ao lado do Tríplice Entendimento.
  • c) De participação ao lado da Tríplice Aliança.
  • d) De neutralidade absoluta.

Falta uma alínea: e) todas ao mesmo tempo

15. Em consequência da entrada de Portugal na 1ª Guerra Mundial e num período de descrédito da República, nos princípios de Dezembro de 1917 foi levada a cabo uma revolução que instaurou uma ditadura em Portugal. Essa revolução foi chefiada por:
  • a) Machado dos Santos;
  • b) Gomes da Costa;
  • c) Sidónio Pais;
  • d) Afonso Costa.


Alínea e) Jorge Nuno Pinto da Costa

16. Enquadrado nos objectivos expansionistas de Hitler, a Alemanha assina em Novembro de 1936 um pacto militar com a Itália, originando a formação do:
  • a) Eixo Roma - Berlim
  • b) Roma – Berlim – Tóquio
  • c) Berlim – Roma – Moscovo
  • d) As alíneas A, B e C estão erradas

E o “t” invetido? Para focalizar o eixo Lisboa-Porto-Vigo e Lisboa Madrid?

17. Para suporte do Estado Novo, Salazar criou instituições próprias. Indique a alínea que correctamente refere essas instituições:
  • a) A PIDE, a Legião Portuguesa e a Cruz Vermelha
  • b) A PIDE, a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa
  • c) A Legião Portuguesa, a Cáritas Portuguesa e a União Nacional
  • d) A Mocidade Portuguesa, o Secretariado de Propaganda Nacional e a Cruz Vermelha


O “para suporte” está muito bem encaixado. Sim senhora!!!!

18. Com a morte de Estaline iniciou-se um período que se caracterizou pela tentativa da melhoria das relações internacionais. A este período deu-se o nome de:
  • a) Guerra Fria
  • b) Coexistência Pacífica
  • c) Paz Armada
  • d) Terror



Alínea e) Andar atrás do Álvaro Cunhal e dos outros comunas

19. Entre 1961 e 1974 milhares de soldados portugueses foram para as Colónias combater os movimentos de guerrilha. Esses movimentos apareceram:
  • a) Para derrubar o regime de Salazar
  • b) Os guerrilheiros queriam apoderar-se das riquezas das colónias
  • c) Por causa da intransigência da política colonial Salazarista
  • d) Para acabarem com o apartheid
Toda a gente sabe que foi para acabar com o abuso de poder da GNR nas ex-colónias, sobretudo no que diz respeito ao exagero de contra ordenações muito graves passadas aos automobilistas
20. Em 25 de Abril de 1974, estabeleceu-se em Portugal a democracia, sendo institucionalizada com a aprovação e promulgação da nova Constituição em:
  • a) 2 de Abril e 25 de Abril de 1976;
  • b) 25 de Abril e 1 de Maio de 1976;
  • c) 25 de Abril de 1976;
  • d) 1 de Maio e 25 de Novembro de 1975.
Mas vale a pena recordar estes dias difíceis para a GNR???

Publicado por Carlos 16:53:00 14 comentários