2,8% dos incêndios responsáveis por 76% da área ardida
terça-feira, agosto 30, 2005
Os incêndios florestais consumiram desde o início do ano uma área estimada em 240 mil hectares. Em 2004, arderam em Portugal cerca de 129.539 hectares e em 2003, o pior ano das últimas duas décadas, ultrapassou os 425.000 hectares. Encontram-se apurados 172 grandes incêndios, que devastaram 125.754 hectares, 76 por cento do total da área ardida. Até 28 de Agosto, a Direcção-Geral de Recursos Florestais registou 28.670 incêndios: 6.093 fogos florestais e 22.577 fogachos.
in Portugal Diário
Dá outro sentido às coisas, não dá ? Infelizmente a nossa imprensa não quer, não pode ou não sabe, fazer contas e prefere a neutralidade dos números em bruto.
Publicado por Manuel 20:42:00
2 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Esses incêndios extremos, os tais 2,8% simplesmente ocorrem em condições climatéricas extremas, pelo que para mim é normal as estatísticas serem desse género.
Aqui há dias numa discussão sobre a percentagem dos fogos postos no Blasfémias falou-se nisso, que não basta saber a percentagem atribuida a causas desconhecidas ou comprovadamente criminosas, mas sim saber as percentagens da área queimada. Pois tal como foram fornecidos, os indicadores da Judiciária e outras entidades não tem valor nenhum.
O grande incêndio de Poiares, Lousã, Miranda do Corvo, Coimbra e Penacova está nestes 2,8%, e poderia tirar-se um dado interessante, pois a este incêndio foi-lhe atribuida uma causa acidental, um incêndio dum tractor.
Mas infelizmente nem isso podemos concluir, pois os bombeiros de Poiares vieram há poucos dias dizer que não foi nada disso, que o incêndio do tractor foi extinto, e o que se passou a seguir não teve origem num reacendimento deste.