Agora até podem prometer a lua às famílias

Subscrevo, porém, o ponto 19. Não fosse, à conta dos subsídios estatais, Portugal uma caixa de eucaliptos inflamáveis, não teriam hoje talvez perdido a vida quatro bravos soldados da paz.

Publicado por Nino 22:45:00 1 comentários  

Está consumado. A PT, apressada vá lá saber-se porquê, consumou hoje a venda da Lusomundo Média à... Olivesdesportos. Sabendo-se que a esta só interessa o JN e a TSF vai ser curioso ver quem fica formalmente com os restos, como o 24 Horas ou o DN. A linha recta nunca foi a mais curta distância entre dois pontos, e parece que anda tudo a dormir, ou a fazer que dorme.

Publicado por Manuel 22:10:00 0 comentários  



O memorial da barraca

O sufixo -Tomia significa corte, exérese, extirpação. Por exemplo, numa apendicetomia retira-se o apêndice. Uma Ostomia, pelo contrário, é uma incisão num orgão para criar uma abertura artificial. Por exemplo, os doentes operados a um tumor extenso ou demasiado distal no cólon podem necessitar de uma colostomia para defecarem. Ao Papa não foi removida a traqueia, mas aberto nela um orifício de modo a facilitar a ventilação, e por conseguinte a respiração. Logo, foi traqueostomizado, e não traqueotomizado, como propalam os jornais portugueses Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias. Felizmente, os jornais brasileiros salvam a honra do convento.

Publicado por Nino 20:40:00 0 comentários  

«O número de autarcas que exigem luvas é assustador»*


Sugere-se a leitura de Corrupción: una visión desde la sociedad civil, editado por Roxana Salazar (Transparência Internacional Costa Rica) em 2004. Está disponível neste site (em ficheiro pdf).
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* Saldanha Sanches, Diário de Notícias, 28/02/2005

in Pula Pula Pulga

Publicado por Manuel 19:01:00 4 comentários  



Um caso de polícia.

No passado sábado Joaquim Ferreira do Amaral, por estes dias transvestido de barão do PSD (é, espera-se, um daqueles apoios, que o Dr. Mendes dispensaria) deu uma curiosa entrevista ao Diário de Notícias. A reter as declarações sobre o real valor da GALP, bem acima daquele por que foi ao prego e mais próximos dos aqui, à época, aventados, assim como as ferozes críticas à Petrocer a qual acusa de ter inviabilizado o negócio, com a Shell, em Espanha, sobre o qual também já aqui escrevemos. As declarações são graves, demasiado graves, para poderem passar incólumes. Num país normal a primeira coisa que o novo governo faria, após tomar posse, seria mandar tudo para a PGR, desde os sábios, aos honorários pornográficos da PLMJ do Dr. Júdice, aos (des)acordos com os italianos da ENI, e por aí fora, e publicar um livro branco... Portugal não é, porém, um país normal.

Publicado por Manuel 17:11:00 0 comentários  



Pode ser que Sócrates dê um jeitinho

O programa de governo proposto por Confederação da Indústria Portuguesa Belmiro de Azevedo João Miranda.

Publicado por Nino 16:50:00 0 comentários  



minas e armadilhas...

Os últimos dias tem sido pródigos em notícias sobre o PSD, excessivamente pródigos. Tão pródigos que o processo, bem, atribulado de elaboração do novo governo do Eng. Sócrates foi relevado para um plano inferior. Seria de julgar que após a humilhação sofrida no passado dia 20 muito boa gente tivesse parado para reflectir, pensar, ou pelo menos não tentar repetir certos e bem determinados erros, mas não. Épasmar, é abrir um jornal e ler que existe afinal uma terceira via, parece justo já que afinal as duas candidaturas existentes estão muito longe de representar todo o espectro presente no PSD, para depois ler que dessa terceira via (será a mesma?!) tanto se equaciona uma candidatura adicional de Manuela Ferreira Leite como, em alternativa, de... Fernando Seara, esse mesmo. Brincamos ? A Dr.a Manuela não merece que lhe preguem partidas destas. Depois, é ler o Público de hoje onde alguém soprou que o Dr. Mendes só avançou depois (?!) de ter falado com o Prof. Cavaco e com a Dr.a Manuela. E eu que até julgava que o Dr. Mendes tinha umas ideias bem arranjadas e sabia o que queria... pelos vistos não será bem assim, menorizou-se, teve que pedir caução, ou então alguém lhe está a pregar uma partida... Isto promete, sim senhor.

Publicado por Manuel 15:44:00 0 comentários  

A MÃO ESQUERDA DE DEUS Vários plumitivos, numa bizarra confluência de gente dita de "esquerda" com gente dita de "direita", entre os quais se incluem - outros virão em breve - autores de blogues, já partiram em busca do candidato da "esquerda" para Janeiro de 2006. Embalados pelos resultados de 20 de Fevereiro, mas ao mesmo tempo receosos das suas consequências "presidenciais", estes filantropos andam, há já uma semana, profundamente empenhados em zurzir Cavaco Silva mesmo antes - sobretudo antes - de ele abrir a boca. No espaço de apenas uma semana, por exemplo, Mário Soares, em três intervenções distintas, não falou de outra coisa. Noutro registo, Clara Ferreira Alves, a intelectual "santanista" de "esquerda" ou o "historiador" Rui Ramos, à "direita", também se espremeram contra a hipótese "cavaquista". A que se deve então este prematuro e nada original vendaval anti-Cavaco? Ele só existe porque as eleições presidenciais têm como principal e incontornável "pano de fundo" a eventualidade e as potencialidades da candidatura "natural" de Cavaco Silva. E porque, do outro lado, por enquanto apenas está um nada vagamente prometedor. Esse nada é encimado por António Guterres, alguém que aos olhos destes pioneiros não representa a "esquerda". Quando muito, a "não-direita", o que é manifestamente pouco para a célebre soma dos 59%. Contudo, é notório que Guterres anda a ser "testado", embora o seu ar envergonhado de "peço-desculpa-por-qualquer-coisinha" não seja propriamente um estímulo para uma ambição presidencial. Por outro lado, o eleitorado que "fugiu" do PSD para a maioria absoluta do PS também "sabe quem é" António Guterres. E nas "agendas" das outras "esquerdas" dificilmente o seu nome constará expontaneamente ou em primeiro lugar. Este alegre frenesim anti-Cavaco justifica-se, pois, pela necessidade de sublimar este desiquilíbrio paradoxal gerado pelos resultados de 20 de Fevereiro, incapaz, para já, de promover uma "candidatura" aceitável pela "nova maioria". Não a do PS - que é insuficientemente homogénea para eleger um presidente -, mas pela "outra".

in Portugal dos Pequeninos

Publicado por Manuel 14:34:00 0 comentários  



Limiano às Fatias - Edição nº1

Na edição desta semana não perca :

  • A coluna de opinião Torre de Babel pelo Irreflexões
  • O artigo de Gwom intitulado uma maioria absoluta paradoxal
  • A sucessão no PSD por Manuel
  • A intervenção do Estado na Saúde por António
  • A adesão da Turquia à União Europeia



Tudo isto, em formato pdf, que poderá efectuar download aqui :

Limiano às Fatias-Edição nº1

Todas as segundas-feiras

Publicado por António Duarte 14:16:00 4 comentários  



Lembrando...

Ruy Belo (1933-1978)

Contigo aprendi coisas tão simples como
a forma de convívio com o meu cabelo ralo
e a diversa cor que há nos olhos das pessoas
Só tu me acompanhastes súbitos momentos
quando tudo ruía ao meu redor
e me sentia só e no cabo do mundo
Contigo fui cruel no dia a dia
mais que mulher tu és já a minha única viúva
Não posso dar-te mais do te dou
este molhado olhar de homem que morre
e se comove ao ver-te assim presente tão subitamente


Que ontem fez anos que nasceu!

Publicado por contra-baixo 13:23:00 0 comentários  



A day-old baby hippopotamus plays with his mother Ranu at the Guwahati Zoo in Indias northeast state of Assam February 27, 2005. REUTERS/Utpal Baruah

Publicado por Manuel 06:54:00 0 comentários  



A noite de Scorsese?

Está a começar mais uma noite de Óscares. Passe o tempo que passar, continua a ser uma ocasião especial. Inigualável. Óscares sem Billy Cristal a apresentar não são bem a mesma coisa. Estou agora a ver Chris Rock a fazer a apresentação inicial e, por muito que simpatiza com a figura, sinto uma nostalgia dos anos a fio a ver Billy. Dean Martin nunca me convenceu, Woopy Goldberg fez duas apresentações de bom nível, mas nada que substitua Cristal. Para quê mudar o que está bem?

A dúvida deste ano está entre Clint Eastwood e Martin Scorsese. Um deles será o homem da noite. O outro, mesmo que arrecade um ou outro galardão, ficará com um amargo de boca.

São dois grandes senhores da Sétima Arte. Simpatizo com Clint, mas Scorsese é Scorsese. É o criador de «A Última Tentação de Cristo». De «Tudo Bons Rapazes». De «Gangs of New York». E, claro, deste «O Aviador». Já realizou 25 películas e a Academia nunca lhe concedeu um Óscar, numa longa e ainda misteriosa história de ódio.

Espero que seja desta. Mesmo que Eastwood seja, cada vez mais, o «senhor cinema» do início do século XXI. Clint não faz muito o meu estilo, mas «Million Dollar Baby» é mesmo uma obra-prima.

Michael Moore (Farenheit 9/11) e Mel GibsonA Paixão de Cristo») são os grandes ausentes da sessão. AlmenabarMar Adentro») e Jammie Foxx (duplamente nomeado, por melhor actor principal e melhor actor secundário) podem ser as surpresas da noite.

Veremos o que nos mostra mais uma noite mágica, em que todos os sonhos são possíveis.

Aqui vão as apostas da Grande Loja para os óscars principais...

  • Melhor filme: «O Aviador»
  • Melhor realizador: Martin Scorsese
  • Melhor actor: Jammie Foxx
  • Melhor actriz: Kate Winslet
  • Melhor actor secundário: Morgan Freeman
  • Melhor actriz secundária: Cate Blanchett


Publicado por André 01:41:00 0 comentários  



Não há Mourinho para eles

Uma equipa penacovense de electricistas, pedreiros, canalizadores e estudantes bateu o recorde nacional - e talvez mundial - de vitórias consecutivas de um clube de futebol.

Publicado por Nino 00:27:00 0 comentários  



Modus sobrevivendi

Se em relação à maioria das classes profissionais, Portugal ombreia com os países mais desenvolvidos do mundo, e em particular a nossa arquitectura dá cartas na qualificação e desenvolvimento urbanos, como atesta a presença assídua em certames e exposições internacionais, no que concerne a edificação das nossas cidades, a democracia foi pródiga em catapultar uma estirpe de autarcas medíocres, incapazes de frear a voracidade de especuladores imobiliários, mas que tiveram a arte de tirar proveitos dela.

Publicado por Nino 20:38:00 0 comentários  

CRIME E CASTIGO Ouvi no carro - "apanha-se" muita coisa em viagem - que o dr. Santana Lopes solicitou ao conselho de jurisdição nacional do PSD que "clarificasse" doutrina sobre o "comportamento" de militantes que terão "atacado" o partido na última campanha. Em "Clarificar Doutrina", o Bloguítica é mais específico e diz praticamente tudo. Santana Lopes pertence ao vasto grupo daquelas pessoas cegas, surdas e mudas à realidade. É uma espécie de primário que não aprende nem esquece nada. Passa a vida em revolta com um mundo imaginário que não compreende a grandiosidade do seu umbigo. As nódoas políticas e humanas que colocou à sua volta completam este exercício narcísico totalmente vazio. O conselho de jurisdição nacional devia antes firmar "doutrina" que impedisse futuramente a ascensão partidária de gente como esta. Ao mesmo tempo podia meditar acerca do que aconteceu ao partido precisamente por causa desta gente. Se Lopes e a sua patética corte se olharem ao espelho, vão rapidamente descobrir quem verdadeiramente "atacou" o partido e o diminuiu. Do lado deles está o "crime" e o "castigo". Nada mais.

in Portugal dos Pequeninos

Publicado por Manuel 11:12:00 0 comentários  



O esférico no chão

(Segundo o DN...) Está na calha a candidatura de uma terceira via à liderança do PSD, pela mão das hostes barrosistas e cavaquistas. Fernando Seara, actual edil de Sintra, seria o nome mais consensual. O país necessita de alguém que domine as tácticas do futebol. Alguém que barafuste e chame os árbitros pelos nomes.

Publicado por Nino 10:31:00 0 comentários  



tratei de ver o último filme de Keanu Reeves, Constantine, um épico moralista com muitos anjos e demónios à solta em L.A.. Na memória, além da Rachell Weisz, fica um dos demónios... A cara, e a indumentária, chapada do Barão da PT.

Publicado por Manuel 18:46:00 0 comentários  



in memoriam

Morreu o geólogo que adorava estudar meteoritos

O geólogo José Fernando Monteiro, estudioso de meteoritos e crateras de impacto, um dos poucos a fazê-lo actualmente de forma sistemática em Portugal, morreu anteontem em Lisboa, aos 43 anos. Nascido no Porto, Fernando Monteiro foi encontrado em casa sem vida. Já em adolescente se interessava por meteoritos e prolongou esse interesse pela vida fora, estudando-os como geólogo. Pode prestar-se-lhe homenagem hoje em Lisboa, até às 11h00, na capela do Instituto de Medicina Legal. O funeral realiza-se amanhã, no Porto às 11h00, saindo da Igreja do Carvalhido.

Tinha 16 anos quando escreveu o primeiro texto (de divulgação científica) sobre meteoritos. "Foi para o jornal escolar dirigido por mim, "O Científico"", contou um dia ao PÚBLICO. Intitulado "A importância do estudo dos meteoritos", esse artigo já revelava dois interesses que o acompanhariam sempre. A par do estudo das rochas vindas do espaço, era entusiasta da divulgação científica.

Escrevia regularmente para o "Jornal de Notícias", publicou várias brochuras e o pequeno livro "Do Big Bang à Vida: Uma Breve História do Universo". Dava palestras em escolas, universidades e um pouco por todo o lado. A próxima estava marcada para a quarta-feira que vem, num "workshop" sobre dinossauros no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa. Ia falar de vulcanismo, impactos e extinções em massa. O museu decidiu agora prestar-lhe homenagem nesse dia, às 18h00, convidando para falar alguns dos seus amigos e colegas.

"Era o nosso maior especialista em geologia planetária, não há dúvida nenhuma", testemunha o geólogo António Ribeiro, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e um dos orientadores, a par de José Munhá, da tese de doutoramento de Fernando Monteiro. "Era uma pessoa com uma grande honestidade intelectual. Tinha uma cultura extremamente vasta e interessava-se por todas as áreas da ciência. Era bastante aberto à divulgação científica. É uma perda enorme."

Quando se licenciava em Geologia na Universidade do Porto, teve o primeiro emprego, à noite. Trabalhava no Observatório Astronómico do Porto, onde fotografava estrelas. Era um candidato a geólogo que olhava para cima, para os céus, e não só para a Terra, e relembra esse interesse pelas rochas cósmicas na sua tese de mestrado sobre o meteorito de Chaves: "Recordo os primeiros passos no estudo dessas temáticas, no início dos anos 80, quando "percorria" toda a literatura sobre o assunto existente no Observatório Astronómico da Universidade do Porto."

Depois, foi para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde fez o mestrado. Foi o primeiro português a identificar, em 1988, o tipo a que pertence um meteorito (o de Chaves, caído em 1925, que estava mal classificado). Repetiu a façanha com o meteorito de Ourique, caído em 1998.

"Nunca imaginei que classificaria um meteorito." Leccionava agora na FCUL e preparava a tese de doutoramento sobre o registo de impactos cósmicos na Terra e o caso de uma estrutura ao largo de Peniche, que terá resultado da queda de um meteorito há 91 milhões de anos. Contava terminar a tese este ano. O sismo e o subsequente tsumani de 26 de Dezembro vieram mostrar como o seu trabalho era importante, já que essas ondas gigantes também podem ser causadas pela queda de meteoritos no mar.

in Público

Publicado por Manuel 10:55:00 1 comentários  

No PSD anda-se a falar de mais e ler de menos... Nunca leram Clausewitz. Se leram ainda não perceberam nada.
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Publicado por Manuel 00:14:00 0 comentários  



This photo released by the National Zoo shows giant pandas Mei Xiang and Tian Tian wrestle playfully in the snow at the zoo in Washington. (AP Photo/Ann Batdorf, Smithsonian's National Zoo/HO)

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Publicado por Manuel 22:06:00 0 comentários  



Uma morte anunciada …

Primeiro foi a Moderna, depois a Portucalense, agora é a Independente que está com problemas. Muitas outras, ou mesmo todas, irão pelo mesmo caminho. Causas possíveis para tudo isto...

  • O Estado que em finais dos anos 80, incapaz de responder com oferta à procura de ensino superior estatal, permitiu, como resposta, a proliferação do ensino particular e cooperativo, alterou mais tarde as regras do financiamento do público, levando a que este aumentasse a sua oferta de cursos, sendo assim um concorrente (desleal) do privado;
  • As próprias universidades que, ao longo destes anos não se souberam preparar e crescer cientificamente, sendo mais apologistas da chapa ganha, chapa gasta ou distribuída, não investindo em cursos e modelos de ensino virados para a investigação e para a integração no mercado de trabalho dos seus estudantes, por via da qualificação dos próprios e dos seus docentes;
  • O facto de muitas delas – as cooperativas – beneficiarem da isenção fiscal em IRC nos seus rendimentos, o que não estimula o interesse por parte da administração fiscal na apreciação daquelas contas, juntamente com a impreparação do Ministério da Educação para apreciar actos de gestão. Logo …
  • A quebra demográfica na população que também se reflecte na procura de ensino superior;
  • Os sucessivos governos que foram incapazes de definir uma política para o sector que tivesse em conta todas as variáveis e de actuar como um verdadeiro regulador e fiscalizador da qualidade deste mercado, com claro prejuízo para o País.
Com tempo, voltarei a este assunto...

Publicado por contra-baixo 16:42:00 7 comentários  


O primeiro-ministro cessante, Pedro Santana Lopes, despediu-se hoje do Presidente da República «sem rancores» e com a convicção de que Jorge Sampaio fez a leitura certa da vontade popular quando decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições. Após o almoço de despedida, no Palácio de Belém, Pedro Santana Lopes quis deixar claro que, apesar das divergências políticas do passado, a sua relação pessoal de «há muitos anos» com Jorge Sampaio permanece «intocável e inatacável».

(...) O primeiro-ministro cessante escusou-se a revelar pormenores sobre o futuro político, designadamente se retoma o cargo de presidente da Câmara de Lisboa, concentrando todas as declarações nos elogios ao Presidente da República. «Aprendi com os meus pais que para as decisões importantes deve dar-se pelo menos 24 horas. Já tomei a decisão de convocar um congresso do PSD, já tomei a decisão de não me recandidatar, são muitas decisões para tão pouco tempo», afirmou.

in Portugal Diário


Publicado por Manuel 15:57:00 0 comentários  



os royalties milionários da troupe do Dr.Lopes...

Isto, e muito trabalho, tira mesmo a vontade de escrever...
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Publicado por Manuel 10:56:00 1 comentários  



sopa de letras requentadas.

Mais uma vez, a cópia de hoje bate em teclas gastas e cujas letras se esfumam. É a letra "M" de... mediocridade! Dela foge, a sete pés, a letra "E" de escol. O "D" de descrédito assoma ao escrito, evidenciado na rábula do "porta-chaves". E obviamente, sobra, epigramático, um majestoso "O", de um soez oportunismo que se remata na palavra exacta, composta pelas letras em uníssono: MEDO! O medo de José Gil retoma o seu curso natural, na sociedade portuguesa que vive dos partidos. É o medo do que virá; do que não vem; do que se perde; do que se não tem. É o medo de perder a vidinha que se teve e de ver outros a roubá-la e a ocupar o lugar que foi nosso.

É um medo atávico de quem sempre viveu deste expediente de ocupar um lugar emprestado. À espera do voto ou da nomeação dos votados. Pode ser-se profissional desta ocupação?

Aqui fica uma tentativa de resposta de um dos poucos autores originais que ainda vamos tendo...

É tempo dos sacristães que perderam o sentido dos gestos, dos "porta-chaves" de anteriores líderes, daqueles que Belmiro de Azevedo não queria para contínuos da SONAE. Os mordomos das grandes lideranças de outrora apenas servem para que se oculte a coisa. O poder efectivo não circula pela face visível das candidaturas que em breve passearão pelos palcos da nossa teatrocracia partidocrática. Manda, não quem apareça em tais encenações, mas quem maneja os fios invisíveis dos financiamentos, das garantias de emprego e da capacidade de controlo do "agenda setting" do mediatismo. Os actores ou criaturas das peças aparentes apenas demonstram que há autores e criadores. Isto é, os que escolhem novos figurantes do presente Estado-Espectáculo, para que se continue a representar o mesmo guião de sempre, dado que todos procuram oleadas comunicações nesse submundo que vai da classe política à classe banco-burocrática, onde são activas várias cortes de fiéis, dos cavaquistas aos soaristas, onde se demonstra como "os amigos são para as ocasiões".

Publicado por josé 20:31:00 1 comentários  

A Portugal Telecom (PT) anunciou hoje que vai vender a Lusomundo Serviços, empresa que detém a Lusomundo Media, e iniciar negociações com a Controlinveste, "holding" que controla a Olivedesportos. Aguardam-se cenas dos próximos episódios...
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Publicado por Manuel 18:43:00 0 comentários  



Depois é tarde ...

O Público dá conta de uma greve decretada pelos funcionários do teatro Scala de Milão. Sobre o conflito propriamente dito que está subjacente a uma decisão da administração que os trabalhadores contestam e que envolve o maestro Riccardo Muti e o superintendente Carlo Fontana a notícia nada diz. Imagina-se que está relacionado com o desejo de um dos lados da busca do equilíbrio financeiro com alguma interferência na programação e do outro a defesa exclusiva da sua qualidade, sem ter em consideração os custos. Neste binómio, acontece que são raras as vezes em que a razão pode ser exclusivamente atribuída a uma das partes, sendo que apenas reflecte os desejos de protagonismos de uns e os interesses e as estratégias pessoais de outros que, em ambos os casos, estão muito para além das organizações de produção artística e dos quais elas próprias e o público raramente saem beneficiados.

Atenção pois a este assunto por parte de quem vai administrar a futura Fundação Casa da Música a quem recomendo que ao seu director artístico sejam transmitidos objectivos de programação muito claros e exigido o melhor resultado possível com o menos possível de recursos financeiros, e uma atitude de total neutralidade face àquelas que forem as suas opções, sem prescindir do prévio controlo e avaliação dos seus resultados que, por contraditório que pareça, são melhor garante da autonomia no exercício do cargo.
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Publicado por contra-baixo 18:24:00 0 comentários  



Menezes

O Dr. Menezes apresentou a sua candidatura à liderança do PSD prometendo renovação... de caras. Logo na primeira linha dos apoiantes lá estava na sessão de apresentação o Dr. Marco António. Esclarecedor. De seguida recordou a sua habilidade para conseguir vitórias autárquicas, whatever it takes, afinal, convém recordar que, se dependesse só dele, Fátima Felgueiras, essa mesma, tinha sido pescada para o PSD. Também falou na sua capacidade de pescar apoios, e militantes, na dita sociedade civil mas, dos nomes que apontou algum, um só, representa uma mais valia real para o partido, traz votos ou ideias, aproxima o partido do seu eleitorado potencial ? ou não serão todos meros bibelots? Ao que parece terá até fortes (?!) apoios no dito grande capital, como Ilídio Pinho (que aliás emprega principescamente o filho do Dr. Menezes), mas curiosamente só no que tem interesses estratégicos em Gaia. Surpresa ? Não, afinal não há almoços grátis.

Publicado por Manuel 17:34:00 0 comentários  



New York Times - "Software maker creates virtual girlfriend"

HONG KONG--Men, are you tired of the time, trouble and expense of having a girlfriend? Irritated by the difficulty of finding a new one?

Eberhard Schoneburg, the chief executive of the software maker Artificial Life of Hong Kong, may have found the answer: a virtual girlfriend named Vivienne who goes wherever you go.

Vivienne likes to be taken to movies and bars. She loves to be given virtual flowers and chocolates, and she can translate six languages if you travel overseas. She never undresses, although she has some skimpy outfits for the gym, and is a tease who draws the line at anything beyond blowing kisses.

If you marry her in a virtual ceremony, you even end up with a virtual mother-in-law who really does call you in the middle of the night on your cell phone to ask where you are and whether you have been treating her daughter right.

She may sound like a mixed blessing, decidedly high maintenance and perhaps the last resort of losers. But she is nonetheless a concept that cell phone system operators and handset manufacturers are starting to embrace.

Ler o resto aqui...


Enfim, tamagotchi para adultos... Mundo novo.
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Publicado por Manuel 15:32:00 0 comentários  



directas ?

No seio do PSD as directas estão outra vez na berra. Já não é uma proposta sized to fit as intenções do Dr. Lopes (chumbada pelos que agora as propõe, salvo erro no Congresso de Viseu) mas é uma proposta chique subscrita pelo Dr. Pacheco e, desde ontem, pela poderosa distrital do insigne estadista Dr. Marco António, a do Porto. No papel é tudo muito bonito, a apologia das bases, e por aí além mas... Mas convém recordar que as bases não são o país, nem de perto nem de longe, nem os militantes, repito, um espelho fiel desse mesmo país, mesmo do que desta vez continuou a votar laranja. Com os presentes cadernos eleitorais quase que é possível ganhar o PSD fazendo praticamente só campanha em Gondomar, Trofa e pouco mais, convinha ter isso em atenção, já que não me parece que Portugal se resuma a isso...

Publicado por Manuel 12:51:00 0 comentários  



Esquerda Volver ?

No PSD voltou tudo a uma certa normalidade, o que lá vai lá vai, e agora o que interessa é saber quem é o senhor que se segue. Sem personalizar, não deixam de ser ser surpreendentes, para este escriba, alguns dos eventos destes últimos dias, já que, ao que parece, quer o Dr. Menezes, quer o Dr. Mendes defendem uma viragem à esquerda do PSD. Um erro crasso. Se é verdade que na matriz identitária do PSD estão genes que vão do centro-esquerda à direita liberal também é verdade que neste momento a esquerda domina o parlamento (não tendo sequer o PSD sozinho uma minoria de bloqueio a solo que permita condicionar revisões constitucionais) pelo que esta intenção de reposicionamento estratégico do PSD é n0 minimo uma profunda patetada, isto levando a sério as intenções proferidas. E é uma patetada porque antes de voltar a seduzir o eleitorado flutuante de centro, e centro esquerda o PSD tem é que solidificar o seu core eleitoral, que é de centro/direita, credibilizar-se e reconquistar o respeito de todos (e afirmar isto não implica qualquer continuidade ainda que remota com as políticas ou práxis populistas/peronistas do ido Dr. Lopes). À direita está o PP, que com com todos os seus defeitos, que são muitos, tem Paulo Portas, no activo ou na reserva... O país não precisa de mais PS, não precisa, apenas, de um PS(D) mais competente, precisa de uma força política com vocação de poder que se assuma pela diferença. Nesta óptica, e neste contexto, uma hostilização ostensiva do CDS/PP é contra-producente pois permite, ainda mais, a diferenciação deste, e a erosão do flanco direito... Uma qualquer guinada à esquerda não marca diferença rigorosamente nenhuma. Convinha que se percebesse, e interiorizasse, isto. Talk is cheap.

N.A. Para quem só lá vai com desenhos a análise comparativa, face às legislativas anteriores, dos resultados desta freguesia [Nevogilde/Porto] fala por si...
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Publicado por Manuel 12:06:00 4 comentários  



Ai...

Isto (a alegada operação de "venda", chamemos-lhe assim, da Lusomundo à Olivedesportos) vai acabar (muito) mal. Convinha haver algum sentido de responsabilidade, para que depois ninguém diga, à boa maneira lusitana, Ai...
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Publicado por Manuel 10:28:00 0 comentários  



tentação...

há dias em que me apetece escrever, não sobre política mas sobre a natureza humana...
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Publicado por Manuel 00:33:00 0 comentários  

Também hoje de manhã acordei a ouvir o marketeiro do PS a explicar-se na TSF. Não comentei, vou dar uns dias de folga ao Eng. Sócrates. Nos entretantos convém meditar nesta prosa do Francisco José Viegas.

Publicado por Manuel 19:47:00 0 comentários  



Bolsa de Transferências (I)

Abriu o mercado de transferências de Inverno...


1. Clube EDP- Electricidade de Portugal

Reforços : António de Almeida ou José Penedos reforçarão a EDP.

Saídas : João Talone ainda sem clube

Objectivo para a época : Garantir cerca de 80 % da produção de energia, enquanto a Superliga MIBEL não se inicia. Aí o clube não valerá mais do que 11 % na classificação ibérica.

2. Clube PT- Portugal Telecom

Reforços : Zeinal Bava ou Francisco Padinha

Saída : Miguel Horta e Costa para a PT-Veteranos ( prateleira dourada ) como chairman.

Objectivo para a época : Evitar que a Telefónica reforçe a sua participação na empresa.

3. Clube CMVM

Reforços : Carlos Alves caso não chegue a secretário de Estado.


Saída : Teixeira dos Santos, ainda sem clube, mas com proposta para alinhar como ministro das finanças.


Objectivo para a época : Garantir que as coimas aplicadas de futuro não compense o crime. A máxima começara a ser...por armas contra os barões assinalados...

4. Clube Euronext

Saída : Miguel Athaíde Marques

5. Clube BES- Banco Espírito Santo

Saída : Francisco Murteira Nabo


6.Iberdrola Portugal

Saídas : Pina Moura

7.Sem Clube até ao momento

Carlos Zorrinho, Nuno Severiano Teixeira e Diogo Lacerda Machado.

Voltaremos sexta-feira.
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Publicado por António Duarte 18:10:00 2 comentários  



Algumas pistas para o Eng. Sócrates..

... sobre como resolver o drama da segurança social.

Publicado por Manuel 18:03:00 1 comentários  



ando a ler umas coisas sobre térmitas. Permite compreender melhor o mundo à nossa volta.
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Publicado por Manuel 17:00:00 3 comentários  



Confirmação quase oficial

Quem leu este post atente agora nestas palavras:

"Paulo Portas fez mal em demitir-se porque a direita democrática fica deste modo sem o seu líder natural."

Quem as escreve (Paulo Pinto Mascarenhas, d' O Acidental) não o faria se não pudesse.
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Publicado por irreflexoes 16:36:00 0 comentários  



Sopa de Letras para Sócrates

Percorrendo alguma imprensa, alguns blogues e a minha larga experiência como primeiro-ministro sugiro um conjunto de palavras de uma hipotética sopa de letras para um José Sócrates com tempo para passatempos.

Coragem, Ousadia, Audácia, Transparência, Precisão, Sim, Não, Exigência, Responsabilidade, Responsabilização, Memória, Entrega, Paixão, Alegria, Humor, Prioridades, Reforma, Remodelação, Combate, Gratidão, Inovação, Surpresa, Microscópio, Óculos, Binóculos, Telescópio, Informação, Asas, Pára-quedas, Combustível, Música, Opinião, Silêncio, Solidão.

Publicado por Rui MCB 13:45:00 4 comentários  



A cópia do dia...

É deste blog e parte para a conquista de noções essenciais a qualquer renovação que se preze...

Um dos defeitos genéticos da nossa democracia foi a circunstância de ter demorado muitos anos para que se reconhecesse o óbvio: qualquer democracia pluralista tem uma direita e uma esquerda, porque só há esquerda se houver direita, e só há direita se houver esquerda. Nunca nenhuma situação totalitária ou autoritária disse que era de direita ou de esquerda, porque ambas as posições tinham horror a serem meras partes ou partidos, assumindo-se como o todo, como estando além da direita e da esquerda, acima e por cima. Daí ter sido uma mentira dizer-se que o Estado Novo era de direita.

Primeiro, porque Salazar nunca se assumiu de direita ou de esquerda. Quando viveu em democracia, e até dela foi deputado, até se assumiu como centrista e quando se elevou a dono do poder teve oposição tanto da esquerda como da direita, embora muita literatura de justificação de certa guerra civil historiográfica quase sempre oculte as posturas oposicionistas de gente de não-esquerda, de Paiva Couceiro, e outros monárquicos liberais, a republicanos de direita. Aliás, o marcelismo quando se verteu em ANP também se disse do centro.

Como os partidos nascentes em 1974 viviam em regime de condicionamento, assistimos ao paradoxo de todos os líderes partidários estarem à esquerda dos respectivos aparelhos e estes, à esquerda dos repectivos militantes e votantes, levando a que se confundisse o estar à direita com o ser de direita e esquecendo-nos que, na história comparada, muitas direitas são antigas esquerdas, tal como algumas esquerdas são antigas direitas.

Logo, a direita e a esquerda não são categorias ontológicas, mas posições relativas, situadas, num determinado espaço e num determinado tempo, de tal maneira que um liberal num certo sítio e num certo tempo pode estar à esquerda e, noutro, à direita. Daí que os nossos rigorosamente ao centro de 1974 tenham sido o mais à direita do parlamento, tal como os que estavam a Leste foram o esteio da esquerda, obrigando socialistas democráticos e sociais-democratas a ficarem ao centro, quando não no extremo-centro.

Importa, pois, assinalar que é um erro pensarmos que certos nacionais-revolucionários que não assumem a religião secular da democracia pluralista se considerem como "a direita", ou, melhor dizendo, a direita sem alcunha. Se eles não aceitarem ser parte em dialéctica com outras partes não estão à direita nem à esquerda, estão ao lado, com a pretensão de estarem acima. E o mesmo se diga da pretensa esquerda revolucionária. Porque a democracia é o exacto contrário da revolução e só se aprofunda quando também perder os vícios transicionológicos da pós-revolução.

A direita e a esquerda são muitas direitas e muitas esquerdas. Especialmente as direitas que continuam fragmentadas por mais de quinhentas capelinhas tipo porco-espinho, onde cada uma diz que só ela é que é direita, para que um marechal qualquer as ludibrie, que um presidenciável as hipnotize, que um charlatão as enrede em demagogia, astral ou mezinhas ou que um artista de circo as leve a falsas benzeduras.

Publicado por josé 11:22:00 3 comentários  



fatalidades...

No Mar Salgado, a propósito do próximo Congresso laranja, cita-se Ésquilo, o fundador da tragédia grega e que escreveu muito sobre o orgulho, "O Destino já afia noutras pedras a justiça, para castigar novo crime". É adequado, mas há quem ainda não tenha percebido nada, fale em ciclos que se acabam e outros que começam. É sempre assim. Fazem-se contas, muitas contas, e falham sempre. Parece que ainda ninguém reparou que nada tem acabado quando devia, ou convinha... O Eng. Guterres acabou antes do tempo, o Dr. Barroso chegou lá quando nunca devia ter chegado e depois, quando não o anteviam... pirou-se. O Dr. Lopes, enfim, chegou mesmo lá e já se foi. Agora temos o Eng. Sócrates, por quatro, alegados, anos. Eu não sou adepto da instabilidade mas, não queria, se houver, uma e outra vez, uma contigência ouvir dizer que fulano ou beltrano, entretanto líder do PSD, não deveria ser afinal o próximo primeiro-ministro, porque, enfim, ou estava apenas a marcar lugar ou não era o melhor. A qualquer momento, a 48 meses de eleições, ou na véspera, o líder do PSD tem que ser, sempre, alguém em quem os portugueses vejam um primeiro-ministro em potência, senão estamos condenados a mais fatalidades.

Publicado por Manuel 22:45:00 0 comentários  



Habituem-se

António Vitorino reagiu daquela maneira na noite das eleições, afirmando que com Sócrates o governo não se faz na comunicação social nem para a comunicação social. Aquele “habituem-se” já fez levantarem-se algumas críticas. Era de esperar. Os média estão mal habituados depois de Guterres e de Santana. Alguns jornalistas, em defesa da corporação, já chamaram arrogante a Vitorino. Fizeram mal. Os jornalistas merecem levar para trás. É o seu papel. Deve ser por isso, suponho, que os jornais já noticiaram que Vitorino ia fazer parte do novo governo.

in Aviz



Publicado por Rui MCB 19:51:00 0 comentários  



Apanhado do dia

Na febre da noite eleitoral de domingo, o proeminente político do Partido Socialista António Vitorino foi apanhado à entrada do Hotel Altis pelo batalhão de jornalistas, e no meio do empurrões para com ele chegar á fala, e afirmou...




O Governo não será feito nem na comunicação social nem pela comunicação social...


Hoje, na TSF,o ex-comissário europeu fez saber que está disponível para integrar o próximo Executivo.

Adenda : José Sócrates desmentiu de forma generalizada que tenha convidado alguém para formar governo. Este desmentido não anula a contradição ou se preferirem o atrevimento da comunicação social em contrariar a afirmação de Vitorino. Hoje dia 24 de Fevereiro na edição on-line do público, Vitorino volta a reafirmar a expressão da noite de domingo quando confrontado com a notícia da TSF.
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Nota

Publicado por António Duarte 17:30:00 8 comentários  

Numa batalha existem cinco variáveis que permitem que se anteveja qual das partes em contenda sairá vencedora...

  • aquele que sabe quando deve ou quando não deve lutar.
  • aquele que sabe como adoptar a estretégia (militar) apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao adversário.
  • aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas.
  • aquele que está bem preparado e enfrenta um adversário desprevenido.
  • aquele que é um general sábio e capaz, cujo soberano não interfere.

Por isso se diz, aquele que conhece o adversário e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o adversário, mas se conhece a si mesmo, as probabilidades para a vitória ou para a derrota serão iguais, aquele que não conhece nem o adversário, nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.

Sun Tzu, A arte da Guerra (tradução livre)

Publicado por Manuel 16:25:00 0 comentários  



Pum! Estás morto!

Uma notícia de jornal, em modo de obituário, poucas vezes me desperta o modo de escrita. Desta vez, é a vez!
O Público dá-lhe uma página, com foto, epigrafada a um subtítulo de "drogas, álcool e depressão", na origem da morte de um dos patronos do jornalismo "gonzo", Hunter S. Thompson, e põe-no na redoma improvável de "escritor da contracultura"!
Ah! A "Droga. Loucura, Morte", epigrama da propaganda sessentista, contemporânea de Maio, mas reaccionária ao efeito, por efeito do SNI.

O caçador Thompson especializou-se no ditirambo sobre assuntos correntes da América, vividos no calor da reportagem, a correr nas margens do american way of life e no mainstream dos seus fenómenos de massas.
Escreveu sobre os Hell´s Angels no tempo em que estes ainda assustavam o pobre redneck; sobre o futebol americano do tempo das Super Bowl em ascenso e sobre...eleições de presidentes! Tudo escrito em tom de campanha em movimento, com progressões estilísticas a cortar nos sentidos e a inventar o "novo jornalismo" , no acto. Os repórteres intrépidos desta nova forma de narrar acontecimentos, descrevendo hipérboles e caçando onomatopeias, são o equivalente, na escrita, dos relatos de futebol tipo "ripa na rapaqueca" de quem vocês sabem e eu não.
Há uns anos, Tom Wolfe antologizou uns textos sobre esse "novo jornalismo", e inseriu no compêndio um excerto da peça do Caçador Thompson sobre os Hell´s Angels. Pô-lo ao lado de Talese, Truman Capote, Joe Eszterhas , Norman Mailer, Robert Christgau, George Plimpton e do próprio Wolfe que escrevia crónicas sobre "Electric Kool-Aid acid test e Radical Chic and Mau Mauing the Falk Catchers. Tudo isto vinha na Rolling Stone, Esquire e outras New Yorker´s.

Tirando a imagem de desmesura da vida do Caçador, caricaturado no filme Quase Famosos de Cameron Crowe ( outro do viveiro da R.S.), como um tipo por detrás de um cigarro acesso, pendurado numa longa e fina boquilha, o que fica?
A escrita! A originalidade na escolha do tema e do estilo na escrita: fluente da observação do fenómeno e na alteração inflingida, à medida do próprio repórter observante. A ausência de rodrigos e barroquices e efabulações espúrias, configura o princípio básico do neo-jornalismo à Caçador. A ficção baseia-se na realidade vivida e reportada- pelo que é preciso, antes do mais, conhecê-la. É a mesma escola de Wolfe que tem escrito novelas sobre especuladores de bolsa; industriais do tabaco e estudantes universitários, documentando-se exaustivamente sobre os assuntos em crise.
Como seria interessante ler alguém em Portugal com estilo semelhante, a abusar de onomatopeias e até em equilíbrio instável de racionalidade!
Nesta campanha eleitoral finda que regalo seria ler reportagem ao estilo Caçador: directa, precisa, personalizada, demolidora de mitos e lêndias!
Sobre Nixon, o finado Caçador , escrevia no fim: "Era um mentiroso; um desistente e um sacana. Um vigarista barato e um implacável criminoso de guerra" . Tirem-lhe o último ápodo e revejam a tirada em estéreo actual, para ver em quem assente que nem luva de pelica em pele esticada de governante a fugir.

O Caçador, coleccionava armas e deu um tiro na mona com uma delas, tal como Camilo e outros desesperados da vida. Fartou-se , mesmo da marginal e tirou-se dela com um tiro certeiro, agora, aos 67 anos . Não devia! Os originais como ele, na fronteira da maluqueira, não deixam cópias e calibram-nos a pouca razão que nos sustém.

O Caçador Thompson era um cronista de episódios da loucura normal americana; publicados em primeira mão na Rolling Stone dos bons tempos. Entrava nas crónicas como ele próprio e dava a ler o lado dos outros, numas pinceladas naturalistas, impressionadas de realismo, nos diálogos, na caracterização dos tipos e na descrição dos factos.
Por um momento, active-se a imaginação e rebobinem-se as imagens da "conferência de imprensa " de Portas em noite de derrota eleitoral! Como é que o Caçador a narraria , descrevendo o ambiente?
"Fear and Loathin´ in the Hotsteam ( Caldas)" seria um título de chamariz!
Por cá, os repórteres intrépidos e cronistas de esquina de jornal, ainda hesitam em escrever se as lágrimas de Portas eram genuínas ou adaptadas à circunstância. Para o Caçador nunca se lhe poria essa dúvida. Descrevê-las-ia em onomatopeia, tratando-as a silêncio rolante em sssssshhhhhh e ppffffffuuiiit.

Publicado por josé 15:39:00 1 comentários  

FACTO CONSUMADO Sejamos claros, meu caro José Pacheco Pereira. Já não tenho nada a ver com o PSD, mas gostava de ter a ver com a candidatura presidencial de Cavaco Silva. Sejamos, pois, claros. Os resultados das eleições legislativas, ao contrário do que poderia parecer, e mesmo a eventual remoção de Santana Lopes, não facilitam o lançamento dessa candidatura. A circunstância de o interessado poder estar em casa a fazer contas aos votos e "à espera que passe" também não o ajuda nada. Dito isto, julgo que Cavaco deve anunciar o propósito de ser candidato antes do congresso extraordinário do PSD. A balbúrdia que aí vem seria forçosamente aplacada por esse acto. E o congresso estaria perante um facto consumado irreversível, determinante para o PSD poder "arrumar" as ideias e, sobretudo, as pessoas. Um candidato presidencial vencedor não espera por um partido. Caso contrário, penso que mais vale estar quieto.

in Portugal dos Pequeninos

Publicado por Manuel 12:33:00 3 comentários  



Olivedesportos...

Algo de que se tem falado demasiadamente pouco, quando se deveria falar muito mais, e às claras. Às vezes o pilim não é exactamente todo igual, mesmo quando vale o mesmo.

Publicado por Manuel 10:42:00 0 comentários  

Leio e releio, torno a ler. Afinal Luis Delgado considera que a vitória do PS estava "escrita nas estrelas" fosse quem fosse o ponta de lança do PSD. Com mais um bocadinho de esforço, e mais umas tentativas, e temos em Delgado um contorcionista comparável a Carlos Magno, uma das grandes #$%^ do regime, outro que vamos começar a ouvir mais vezes, outra vez...
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Publicado por Manuel 00:19:00 1 comentários  



"Abdicação"

Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.

Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa — eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços

Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.

Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.

Fernando Pessoa

Publicado por Manuel 23:24:00 0 comentários  



O regresso de Enver

Para quem duvidava que a imigração teria um dia algum peso político em Portugal, ora aí está: um partido albanês atinge os píncaros da glória com oito deputados.

Publicado por Nino 20:48:00 1 comentários  



Impacto ambiental

Souselenses preferem uma co-incineradora ao pé de casa que Santana a 200 kms de distância.
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Publicado por Nino 20:32:00 0 comentários  



Portugal mudou...

...E o Público electrónico também. Parabéns ao meu jornal. Está bem, nosso.
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Publicado por Nino 20:06:00 0 comentários  



O mal que fica por bem

Este ontem via Cavaco a chegar ao BE, mas já começou a "manobrar". É um dos piores exemplos do caciquismo partidário e autárquico. Convinha que os membros das distritais do PSD que ainda possuem uma réstia de carácter, se dessem ao trabalho de ler com atenção e em detalhe os resultados da eleição de 20 de Fevereiro. E, depois, que a maior parte deles se demitisse. O grupo parlamentar eleito é outra dor de cabeça para descobrir formas de vida inteligente lá dentro . Em tese, Santana Lopes pode manipular esta conjunto de bonzos e de derrotados oportunistas por ele escolhidos. No conselho nacional, agora que o poder se foi, alguns começarão a torcer o nariz. E Lopes quer chegar ao congresso com as costas em chaga das "novas" facadas. Lá fará o costumado número circense, aumentando a sua privada lista negra. A eleição de delegados passa, por isso, a ser um acto fundamental para o futuro próximo do PSD, já que me parece não ser possível recorrer imediatamente a "directas", como deveria acontecer. Até lá - e vistas as coisas pelo lado da nova maioria - Santana Lopes é um mal que fica por bem.

Publicado por João Gonçalves 19:22:00 0 comentários  



"Desejar o Temido"


Quando Santana Lopes chegou ao poder, por cooptação, houve quem vaticinasse que ele não mais largaria o poder: largou o lugar!

Quando Santana Lopes entrou aos tombos na sua errática governação, com ministros do seu próprio governo a dizerem publicamente que ele não era credível, houve quem garantisse que ele não seria demitido: foi demitido!

Quando Santana Lopes entrou em campanha eleitoral houve quem augurasse que o animal político que ele era não podia ser subestimado e que o candidato em acção tinha largas hipóteses: a campanha eleitoral foi um desastre!

Agora que Santana Lopes, enxovalhado e ridicularizado, é obrigado a abrir o problema da sua saída como Presidente do PSD, há, entre os analistas, quem avise que o homem ainda se pode candidatar e ganhar o partido!

É espantoso como há pessoas que desejam precisamente aquilo que receiam.

Estava na cara que o homem era uma desgraça, que ia afundar o PSD num naufrágio, e que sairia, enfim, pela porta baixa. E, no entanto, foi graças a esse pensamento de desejar o temido que no PSD se permitiu que ele chegasse à situação de presidente do que era o maior partido português e a primeiro-ministro de Portugal: referendado mesmo em Congresso como única alternativa política possível que o partido tinha para oferecer. Uma vergonha!

Em relação a Sócrates, ainda está tudo para se conhecer: não é apenas o saber-se quem vão ser os ministros, o que já faz alguma diferença, nem saber-se quais são as ideias que, agora que a campanha acabou, vão ser, de facto, aplicadas: o que importa apurar é quem serão os Antónios Vitorinos que, disfarçados de números dois, só se sentiriam bem como números uns.

No mais, imaginar que Mário Soares, Almeida Santos e António Guterres estão exultantes por verem este «parvenu» chegar a uma maioria que eles nunca alcançaram quando a ela se candidataram, é não conhecer da natureza humana o pior de que ela é capaz.

«I know not what tomorrow will bring», escreveu Fernando Pessoa, num papelinho a lápis, pouco antes de morrer. E morreu.

José António Barreiros
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Publicado por Manuel 18:53:00 0 comentários  

Convém reler e recordar o que aqui se escreveu a... 5 de Janeiro.

Publicado por Manuel 17:17:00 0 comentários  



imagine...

...que o sonho do Dr. Portas é liderar a direita. Imagine que o Dr. Portas percebeu que a partir do PP, do PP, não chegava . Imagine que o Dr. Portas, líder do PP, resolve tomar [e de facto tomou] as dores da derrota de toda a direita. Imaginem que o Dr. Portas resolve abandonar o PP à sua sorte, na prática esvaziando-o, eventualmente cultivado no Parlamento a sua postura de estadista. Imagine . Agora imagine que o Dr. Lopes tem sucesso relativo na sua decisão de fracturar o PSD consumando a fractura numa candidatura presidencial contra a de Cavaco. Imagine que esta aventura poderá render cerca de 10 a 15% dos votos tradicionais (do PSD, subtraídos à votação de ontem). Agora imagine que finda a cavalgada presidencial o Dr. Lopes fica, finalmente, sem pilhas, e imagine que o Dr. Portas, voluntarioso, e com pose de estadista, regressa da penumbra para domesticar as hostes santanistas acrescidas das dos seu antigo PP (10/15% + 7/9% = 17/24%)... 25% já são uma parte substancial da direita. Ok, já imaginou. parabéns! acabou de entrar na cabeça do Dr. Portas. É que é com isto que o Dr. Portas está a contar, com isto, com a proverbial imbecilidade do Dr. Lopes e com o ressabianço de muitos sectores ao Prof. Cavaco, mais a complacência de uma esquerda irresponsável (ai que ajudas vai voltar a dar o primo Jorge Coelho) que sem sentido de estado gostaria de ter uma direita em cacos... Atendendo a que nas próximas presidenciais não vão faltar candidatos à esquerda, numa tentativa para afastar o PS do centro, em tese é até possível imaginar uma segunda volta entre o Prof. Cavaco e o Dr. Lopes... Quem foi que disse que isto não ia ser interessante?.
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Publicado por Manuel 16:43:00 2 comentários  



Cenas dos próximos capítulos...

Passando a fase do rescaldo das eleições para a Assembleia da República, irei, durante algum tempo, ocupar preferencialmente o meu espaço nesta GL com um tema já por aqui, aqui e aqui tratado ao de leve – o da Casa da Música [Porto].

Embora não considere que a finalização deste dossier até à inauguração do edifício (15 de Abril) seja ou deva ser uma prioridade para o próximo Ministro da Cultura, que terá com certeza assuntos mais urgentes, que, inclusive, foram tema do debate eleitoral, ao qual, e ainda bem, escapou a discussão do modelo institucional, orgânico e de gestão escolhido pelo governo cessante para o edifício desenhado pelo arquitecto Rem Koolhaas, entendo que as futuras decisões do novo executivo sobre este assunto espelharão de forma muito clara o tipo de actuação a seguir pelo(a) próximo(a) Ministro(a) da Cultura no que toca à definição e concretização de politicas para o sector e a forma como este irá pautar o seu relacionamento com os agentes culturais e os seus organismos de produção que, como se sabe, estão à míngua há já bastante tempo, não costumando ser pessoas e entes de trato fácil e sensiveis à definição de estratégias e de objectivos que não passem, em primeiro lugar, pelos dos próprios.

Por enquanto, e sobre a Casa da Música, dou apenas nota das duas interessantes entrevistas publicadas na imprensa de fim-de-semana. Uma a Pedro Burmester, no Expresso (link não disponível) e outra a Anthony Wittworth-Jones, no Público. Curioso será analisar a forma como os dois personagens expõem a sua visão sobre os mesmos assuntos e as prioridades, não coincidentes, para cada. Essa análise será também objecto de uma outra posta, articulada com uma leitura dos estatutos da futura Fundação Casa da Música, assim que os mesmos se tornem do conhecimento público, facto que ainda não ocorreu, mas que algum conhecimento do seu conteúdo já promete vir a ser de interesse, nomeadamente pela constatação de até que ponto o próximo governo os irá manter ou alterar em função das condicionantes à vista.
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Publicado por contra-baixo 16:00:00 0 comentários  



ler

Os depoimentos contraditórios da irmã Lúcia sobre as "aparições de Fátima" no Público...

Publicado por Manuel 14:40:00 0 comentários  



a música do dia


Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
Mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser
assim?...

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser
assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de
mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar"

Mudar de Vida, António Variações

Publicado por Manuel 13:27:00 1 comentários  



Uma rotunda derrota...

Não há volta a dar. O PPD/PSD perdeu as eleições, porque as mereceu perder.

Ao longo de 2 anos com Durão Barroso e Paulo Portas no comando e depois nestes fastidiosos 4 meses com Santana Lopes, o PPD/PSD "cavou" a sua sepultura. Poder-se-á ainda legitimamente culpar Jorge Sampaio desta decisão, não das eleições de ontem, mas daquele dia onde ao dar posse a Santana Lopes, o caucionou de imediato.

Hoje, no dia seguinte ao dia em que 45,05 % dos portugueses deram a primeira maioria absoluta ao Partido Socialista, e onde o PPD/PSD teve a sua mais humilhante derrota em eleições legislativas pós Assembleia Constituinte, importa realçar alguns dados...

  1. José Manuel Durão Barroso, foi também ele ontem verdadeiramente derrotado. Primeiro porque foi embora. Segundo porque preferiu uma solução de continuidade governativa fora do governo e dentro do partido, ao invés de preferir o que seria óbvio. Uma solução de continuidade dentro do governo que o povo tinha sufragado dois anos antes.
  2. Em relação às legislativas de 2002 em nenhum concelho de Portugal e Ilhas, o PSD teve mais % de votos ontem. Em nenhum. Uma retombante derrota, que deveria abrir outro caminho, outra decisão do ainda líder.
  3. No bastião laranja de Viseu, o PS teve mais votos que o PSD.
  4. Na república popular das bananas, perdão na ilha da Madeira, foi no Funchal que o PS conseguiu o terceiro deputado. Pode Alberto João culpar o método de Hondt, o mesmo que em 2002, lhe permitiu 4-1, mas é verdade é só uma, o país nas urnas derrotou toda uma máquina décrepita e sem estratégia.

E é isso que o PPD/PSD tem que perceber.

Quanto ao PS, mesmo com as primeiras palavras da vitória dedicadas aos amigos e aos camaradas pelo feito conseguido, Sócrates tem agora 4 anos para governar o país. Sem qualquer tipo de urdiduras que o faça responsavelmente e competentemente. É isso que o país e eu que nem nele votei lhe peço.

Entretanto, em Lisboa chove. Não se sabe se são lágrimas da derrota, ou o milagre das rosas. Mas chove, algo que nos últimos 4 meses não aconteceu.
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Publicado por António Duarte 11:32:00 0 comentários  

Não surpreendendo a decisão do Dr. Lopes de não assumir as responsabilidades não é necessariamente uma má notícia. É verdade que é um acto de irresponsabilidade e de cegueira, mas pode ser também um acto capaz de, finalmente, provocar uma verdadeira renovação do PSD. É tempo de se acabar com a paz podre, com os falsos consensos, com a suave hipocrisia reinante. É bom que se saiba quem continua com o Dr. Lopes, é bom que se saiba quem concorda com o Dr. Jardim, é bom que se saiba quem acha que se perdeu por causa do desemprego, ou do Dr. Sampaio, é bom que todos assumam as suas responsabilidades. E também é bom que se recorde um pouco de história. No seu comício no Porto, fez sábado uma semana, o Dr. Lopes citou longamente Sá Carneiro mas omitiu um detalhe, um grande detalhe. Sá Carneiro, que não era egoista nem umbiguista, saiu do partido, depois regressou. Haja pois coragem e lucidez, contra a alienação deste últimos meses.

Publicado por Manuel 11:05:00 0 comentários  



os outros clones de Luis Delgado...

Convém reler o último número do Semanário. Mais precisamente este artigo. O mais espantoso, será ?, é que a edição desta semana ainda vais ser mais espantosa.

Publicado por Manuel 08:07:00 0 comentários  


MORAL DAS HISTÓRIAS


  • 1. Quem se lembra das manifestações de rua na sequência de actos eleitorais significativos, deve olhar para as "comemorações" em curso com complacência. E - nunca é de demais lembrá-lo - este acto eleitoral era realmente significativo. Até Marcelo Rebelo de Sousa esteve "murcho", provavelmente a ensaiar um registo "mais sério" na RTP. A primeira vez que o PS chega à ambicionada maioria absoluta, até aqui um exclusivo de outros, não me parece que tenha sido celebrada folcloricamente. Isto é um duplo sinal. O primeiro, menos auspicioso para o PS, significa que a "maioria silenciosa" que deu a vitória a Sócrates pertence mais ao "centro" circunspecto do que propriamente à "esquerda", a "moderna" ou a mais antiga. Um "centro" que muito claramente rejeitou Santana Lopes e que confiou, por ora, em Sócrates. A subida dos outros partidos de "esquerda" demonstra isto mesmo. O segundo sinal, mais positivo, decorre da forma civilizada e tranquila como a cidadania recebe as mudanças. Tirando os militantes naturalmente entusiasmados, não se deu particularmente por panelas a bater nas varandas e por carros a buzinar histericamente pelas ruas. O que espera a governação do PS em maioria é algo demasiado sério para se compadecer com carnavais serôdios ou enquistamentos partidários desajustados.

  • 2. Santana Lopes continuou igual a si próprio. Persiste em conduzir alegremente o PSD um pouco mais para o abismo. O lance do congresso extraordinário deixou no ar aquele maravilhoso perfume de ambiguidade que é a essência do homem. É óbvio que ele quer o congresso para se recandidatar à liderança e, eventualmente, tentar Belém. O que ele não quer decididamente é Cavaco. O PSD só precisa entender que, a partir de agora, os melhores aliados de Santana estão fora do partido e no pequeno clã de estimação do "santanismo", numa oportunista aliança. Basta perguntar simplesmente a quem é que realmente interessa a permanência de Lopes à frente do PSD e a sua irrelevância como grande partido nacional. Se Santana não tiver o acesso a tempo, que o congresso faça pois o favor de o remover. Não há desculpas. Já sabem quem ele é: um perdedor.

  • 3. Paulo Portas, por uma vez, esteve à altura daquilo que lhe aconteceu.

  • 4. A outra "esquerda" não promete vida fácil a José Sócrates. Não é correcto "somar" as "esquerdas". O PS não ganhou por desbravar território à esquerda, relembro-o. Isso faz toda a diferença.

  • 5. Cavaco Silva tem, a partir de hoje, e se quiser, um papel federador e nacional incontornável. Que não cabe, obviamente, num qualquer recinto de congresso partidário.
in Portugal dos Pequeninos

Publicado por Manuel 07:20:00 0 comentários  



Sabem que mais?

A malta não é burra, não é burra não senhor...

Um corolário para gregos e troianos e um estímulo à honestidade intelectual no relacionamento entre eleitos e eleitores. Haja quem esteja a ouvir.

A vitória do PS foi suficientemente expressiva para não nos limitarmos a aceitar que foi mera consequência de uma recusa do poder que estava.

Ora isto quer dizer que talvez haja, de facto, uma oportunidade importante nas mãos do PS e oportunidade importante para mudar alguma coisa na forma de fazer política e de animar o país.

Continuo a achar que não haverá estado de graça mas talvez há espaço de manobra para Sócrates poder ter ambição para algo mais do que ser "certinho" fora e dentro do partido.

Uma oportunidade que Durão Barroso não teve, afinal...

Os primeiros anos de Cavaco, os primeiros anos de Guterres... Espero que ao menos também haja os primeiros anos de Sócrates.

há demasiado tempo que não temos "primeiros anos" de jeito.

Publicado por Rui MCB 00:02:00 2 comentários  



sem sombra de pecado, sem sombra de humildade...

O Dr. Portas pode ser um fiteiro, um falsete, pode ter saído para voltar, mas, é de notar, saiu com toda a dignidade. A performance do Dr. Lopes foi um nojo, as desculpas esfarrapadas, o refúgio nos números (!), as bocas a terceiros, os olhos vermelhos de raiva e ódio... Enfim, o costume.
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Publicado por Manuel 23:29:00 0 comentários  

Pela primeira vez, como bem se nota aqui, o PSD não tem que ser tido nem achado para uma revisão constitucional...

Publicado por Manuel 22:43:00 1 comentários  

Onde moro, no centro do Porto, quase ao da Baixa, ao contrário do que é habitual, mal ouço buzinas. Quase não há entusiasmo, nada de fulminante. Os portugueses votaram, mas não tem ilusões.

Publicado por Manuel 22:33:00 0 comentários  



Santana pode vir a processar a sua própria equipa

No endereço electrónico do PSD, já foi retirado o inquérito que sugeria apenas as duas hipóteses seguintes: julga que o Partido Social Democrata ganhará as eleições legislativas com, ou sem maioria absoluta?...

Publicado por Nino 22:23:00 0 comentários