Com a procissão ainda no adro!
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Com a anunciada integração da Orquestra Nacional do Porto na Casa da Música [Porto], nomeadamente no programa eleitoral do PS, pergunta-se o que é que vai acontecer às suas dotações inscritas Orçamento de Estado/2005. (i) Irão acrescer ao orçamento da Casa da Música? Ou, como paira no ar (ii) vão ser afectas à resolução deste eterno problema financeiro e de gestão, do qual se dá muito bem conta aqui e, às vezes, aqui e que, se não for resolvido rapidamente, ainda vai animar muito as hostes da Cultura.

Pretende-se também saber se o actual presidente da Casa da Música - engº Couto dos Santos, já foi informado deste arranjo orçamental e se, a concretizar-se, consegue, com apenas 8,000,000€ de subsídio líquido que irá receber do MC, mais as outras receitas decorrentes da exploração da actividade no espaço, e sem o acréscimo da verba da ONP[1], absorver toda aquela mega estrutura e cumprir com a anunciada programação de qualidade.

[1] O orçamento da ONP, em 2005, corresponde a cerca de metade do valor do subsídio pago pelo MC à Casa da Música.


Nota - O Público de hoje (link não disponível) dá conta que o engº Couto dos Santos pediu um pacto de regime para a Casa da Música. Das duas uma, ou isto já começou a ferver de tal maneira que se justifica ou então o discurso de apelo ao “pacto de regime” está a vulgarizar-se. E nenhuma delas me parece positiva.

Adenda - de acordo com a Lusa São Carlos cancela produção de duas óperas por falta de verba. Por curiosidade será que estes aqui, aqui, aqui e aqui estarão em melhor situação? E, pergunto, só este ano é que a casa de Paolo Pinamonti teve problemas de financiamento?Ou não estará, apenas, a tentar imitar, na atitude, Paulo Cunha e Silva, (ver esta posta). Deixo as perguntas...

Publicado por contra-baixo 13:09:00  

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