Notícias da Cultura
terça-feira, fevereiro 01, 2005
- 1 - Na “Actual” do Expresso deste último fim-de-semana vinha uma notícia em que o citado Presidente do Instituto das Artes – Paulo Cunha e Silva, qualificava a Ministra da Cultura Maria João Bustorff de “ter uma visão surrealista da realidade”, de usar de “manobras intimidatórias”, alertando também que “são precisas políticas sérias e seriedade política”.
Sabe-se desde há algum tempo que Paulo Cunha e Silva, com razão diga-se, anda em "guerra" com a tutela; imagina-se que Paulo Cunha e Silva queira ser útil ao PS; sabe-se também que Paulo Cunha e Silva foi convidado para o cargo por se movimentar numa área de influência que é transversal a todos os partidos; mas o que não pode ser ignorado é que Paulo Cunha e Silva foi nomeado para o cargo em que se mantém a exercer por um governo PSD.
Assim, e em pré campanha eleitoral, cabia a Paulo Cunha e Silva, não se demitindo, esperar em silêncio pelo próximo governo e ser ao menos leal a quem teve a ideia de o nomear, sobretudo, numa altura em que não corre o risco de ser exonerado do cargo. Um comportamento correcto com todos fica sempre bem e, por este andar, por muito protegido que se sinta, arrisca-se a que alguém, nas costas dos outros, veja as suas. Faço-me entender?
- 2 – Por cima da notícia anterior veio uma outra que, a ser verdadeira, é lamentável. A secretária de estado Teresa Caeiro quer que as companhias de teatro devolvam os subsídios já recebidos, por causa de um recurso interposto por um concorrente. Acontece que este facto não é superveniente, pois já antes Teresa Caeiro tinha dado um despacho de não homologação dos resultados do concurso devido a uma reclamação interposta pelo mesmo candidato, revogando-o mais tarde, homologando assim os resultados do concurso, pois para além de não ser possível transferir a dotação existente no orçamento de 2004 para o de 2005 era, também, preciso sossegar todos os subsidiados, não fossem lembrar-se de lhe aplicar o mesmo tratamento que os estudantes guineenses ameaçaram o seu embaixador em Moscovo.
Teresa Caeiro ao ordenar em Dezembro o pagamento dos subsídios, fê-lo com consciência da ilicitude do acto, o que lhe pode vir a sair muito caro e nem o regresso do indevido a exclui da responsabilidade financeira, pondo antes ainda mais a nu aquela irresponsabilidade na gestão de dinheiros públicos.
Publicado por contra-baixo 14:47:00
0 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)