Esquerda Volver ?
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
No PSD voltou tudo a uma certa normalidade, o que lá vai lá vai, e agora o que interessa é saber quem é o senhor que se segue. Sem personalizar, não deixam de ser ser surpreendentes, para este escriba, alguns dos eventos destes últimos dias, já que, ao que parece, quer o Dr. Menezes, quer o Dr. Mendes defendem uma viragem à esquerda do PSD. Um erro crasso. Se é verdade que na matriz identitária do PSD estão genes que vão do centro-esquerda à direita liberal também é verdade que neste momento a esquerda domina o parlamento (não tendo sequer o PSD sozinho uma minoria de bloqueio a solo que permita condicionar revisões constitucionais) pelo que esta intenção de reposicionamento estratégico do PSD é n0 minimo uma profunda patetada, isto levando a sério as intenções proferidas. E é uma patetada porque antes de voltar a seduzir o eleitorado flutuante de centro, e centro esquerda o PSD tem é que solidificar o seu core eleitoral, que é de centro/direita, credibilizar-se e reconquistar o respeito de todos (e afirmar isto não implica qualquer continuidade ainda que remota com as políticas ou práxis populistas/peronistas do ido Dr. Lopes). À direita está o PP, que com com todos os seus defeitos, que são muitos, tem Paulo Portas, no activo ou na reserva... O país não precisa de mais PS, não precisa, apenas, de um PS(D) mais competente, precisa de uma força política com vocação de poder que se assuma pela diferença. Nesta óptica, e neste contexto, uma hostilização ostensiva do CDS/PP é contra-producente pois permite, ainda mais, a diferenciação deste, e a erosão do flanco direito... Uma qualquer guinada à esquerda não marca diferença rigorosamente nenhuma. Convinha que se percebesse, e interiorizasse, isto. Talk is cheap.
N.A. Para quem só lá vai com desenhos a análise comparativa, face às legislativas anteriores, dos resultados desta freguesia [Nevogilde/Porto] fala por si...
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Publicado por Manuel 12:06:00
A reivindicação deum lugar mais à esquerda ou mais á direita, no espectro político partidário português, e no caso concreto do PSD de Marques Mendes, significa o quê, exactamente?
A opção explícita por um discurso mais "social", em detrimento de uma atitude pública mais individualizada e liberal ( coisas que também não sei muito bem o que serão...)?
O PSD e o PS alguma vez se distiguiram nas políticas concretas que adoptaram?!
Alguma vez foi possível dizer que determinada política era tipicamente de esquerda em detrimento de outra tipicamente de direita e que pudessem separar águas entre esses dois +artidos?!
O RMG do PS distingue-se em quê, do RSI do PSD?! No nome?!
As privatizações do PS distinguem-se em quê, das do PSD? Será pelo facto de cada um poder lá colocar os apaniguados que naturalmente se distinguem pela cor do cartão?
COntinuamos com esta brincadeira?!
Até quando?
Alguém acredita que o MMendes é capaz de distinguir teoricamente estas coisas?
Então para que serve este discurso?
Quanto a mim, para a aldrabice do costume: enganar tolos, para lhes papar os bolos. Ou até as papas na cabeça...
Fónix!
Serve, por exemplo, para saber se o PSD é solidário com a intenção de aplicar à saúde o princípio utilizador/pagador, como defendeu Santana Lopes.
Parece-me uma ideia mais neoliberal que social democrata. O que pensará Marques Mendes sobre o assunto?
João
":O)))
Mas o nome vale muito, vai ver a quantidade de "mais social" que se mete logo na bicha ":O)))
E na volta lá ficam os candidatos a apoiantes cheio dês dúvidas existências sem saberem para que lado se hão-de voltar “:O))))