Clichés a la minute

No blog Incursões, escreve-se sobre o fenómeno de um primeiro-ministro de Portugal, assaz inventivo e de imaginação fértil e que se recorda de um debate histórico, ocorrido quando tinha...três anos de vida. Citando uma recente entrevista de José Sócrates, entra assim:

"Sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou."
Ora, sempre segundo as bífidas línguas que se acobertam no pantanoso terreno da calúnia gratuita, bolchevista e anti-nacional, se a biografia oficial está correcta, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu no dia 6 de Setembro de 1957 em Vilar de Maçada, concelho de Alijó, distrito de Vila Real. E John F. Kennedy foi eleito presidente dos EUA em Novembro de 1960. Isto é, nesse tempo José Sócrates tinha três anos de idade.



Em 1961, Sócrates estava mais próximo desta foto ( tirada da Tabu de 10.3.2007) do que das seguintes e que lhe aparam os clichés da "geração Kennedy" que este indivíduo nunca viveu, a não ser de cor e por conveniência plasticamente escolhida. Esse mesmo Kennedy que lançou o programa New Frontier, foi o inspirador das Novas Fronteiras de uma originalidade assumida, da autoria do arquitecto Carrilho da Graça (Tabu, de 10.3.2007).



Em Dezembro de 2007, o El País, entrevistava Sócrates e o Expresso, através da Única, republicava o panegírico, com algumas frases que serviam de guia à leitura. Uma delas, era: "A perspectiva socialista é pôr o Estado à disposição dos mais pobres". Como se sabe, ao longo dos últimos anos, Portugal tem sido o país onde o fosse entre os ricos e os pobres tem aumentado mais.
Por outro lado, um indivíduo que tem passado os últimos anos, a ofender, vilipendiar e menorizar, grupos sociais inteiros e tão relevantes como os militares, as magistraturas, os professores e os médicos, em nome de uma putativa igualdade e combate a privilégios, destaca-se a si mesmo, nestes preparos que seguem, em figurino kennediano, de pacotilha, é certo, mas de imagem tirada e publicada. A la minute.

Acompanhado de outra frase rotunda, como esta:

"Tenho uma capacidade crítica muito severa, não me agrada fazer figuras ridículas".

Pois não, nisso acredito, como sendo a mais pura das verdades. A provas, podem muito bem ser estas, a preto e branco, do tempo das Novas Fronteiras e antes do Tintin e das rábulas avulsas:





















PS: o texto original foi ligeiramente modificado.

Publicado por josé 23:50:00  

2 Comments:

  1. a.leitão said...
    Começo a perceber porque é que todo o mundo, ou quase, teve positiva a Matemática.
    Bem... também pode acontecer que o homem tenha sido adubado com estrume de galinha, daí o ter ràpidamente passado dos 3 aos 30.
    AL said...
    Lá fui ler o blog Incursões e mais uma vez acerta em cheio na mouche.Tenho para mim que a corrupção intelectual é a pior das corrupções. Todos estes casos/enganos/embustes do engº sócrates (jornais, magalhães, curso,notas matemática,nomeações etc.etc.)horrorizam pela corrupção intelectual subjacente. Fico apenas a aguardar o desfecho (entre outros) do caso dos contentores em Alcântara, o chamado caso mota-engil/jorge coelho para ver se a corrupção material também já anda de braço dado com o sócrates&cº. Este fumo e o fumo dos financiamentos que à sucapa aos partidos que o PS queriam introduzir no Orçamento, anunciam um grande incêndio.

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