a figura do ano

Neste primeiro dia de 2006 não resisto a um último olhar sobre 2005 para eleger a 'minha' figura do ano, um símbolo do que de melhor e de pior se passou neste rectângulo à beira mar plantado. E escolho Luis Campos e Cunha, o economista, e académico, respeitado que José Sócrates apresentou como seu primeiro ministro das finanças. A escolha de Campos e Cunha foi um sinal de esperança, após e descalabro santanista, como o foram as suas reservas face às Otas e TGVs deste mundo, mas foi sol de pouca dura. Sócrates não soube, não quis ou não pode mantê-lo como Ministro face às pressões triturantes do aparelho e Campos e Cunha é hoje história. De certa forma o percurso inglório de Campos e Cunha, que preferiu sair a vergar ('não era político'...) é um bom resumo das regras perversas que mais enfermam a nossa democracia. Regras que vão continuar enquanto continuar a passividade reinante. A extraordinária passividade que nos mantém resignados quando aqui ao lado, em Espanha, há superávits orçamentais, e por cá o pão aumenta 10%, com os salários mais baixos da Europa, mas com a carga fiscal mais mirabolante...

Publicado por Manuel 21:16:00  

1 Comment:

  1. Nelson Filipe Patriarca said...
    Não posso concordar mais com o autor do post, de facto pessoas hábeis e manhosas é o que os políticos profissionais se estão a tornar, pessoas técnicas e capazes de marcara diferença, como o Prof.LCC são colocados à margem e rapidamente se sentem a mais, pois aquele não é o espaço deles.
    Estamos cada vez mais a precisar de técnicos e entendidos e menos de políticos. Raça maldita a destes políticos !

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