um voto qualquer

A imprensa quis fazer do uso do Falcon por parte de José Sócrates um caso de polícia. Nada disso, afinal, o nosso primeiro-ministro teve um dia de trabalho esgotante, e à noite, e porque o jogo entre o finalista do último campeonato da europa contra a equipa do principado mais pequeno da Europa não era um jogo qualquer, e porque - reparem só nas coincidências - havia horas mínimas de vôo programadas, por isso o Falcon teve ir até Ovar e levar Sócrates para agitar o cachecol.
O problema é que o caso podia não ter ficado por aqui. Senão vejamos...
  • Sábado, dia 08 de Outubro.
    • O Jogo terminou perto das 23 horas, pelo que José Sócrates que, por acaso, no dia seguinte tinha que exercer o dever cívico de votar na Covilhã, tinha um dia ainda mais complicado que o de sábado. Regressar a Lisboa e logo de manhã arrancar de carro até à Covilhã e voltar para estar presente a meio da tarde na sede do PS, seria extenuante.

Pois. Se as horas programadas tivessem sido mais alargadas do que a imprensa noticiou, se afinal talvez José Sócrates tivesse usado o Falcon para votar, usando o Falcon na seguinte rota Lisboa-Ovar-Covilhã-Lisboa. Não. Também não seria nada de grave. O sábado foi complicado, aquilo não era um jogo qualquer, e o voto de domingo não era um voto qualquer.

Publicado por António Duarte 16:41:00  

7 Comments:

  1. formiga bargante said...
    Sinceramente, penso que existem factos mias graves do que o Falcon.
    Estar a discutir o Falcon, desculpem, é mesmo de país do terceiro mundo.

    Ainda não ouvi ninguêm perguntar quanto custou a saida de Guta Moura Guedes do CCB, para lá colocar a arq.margarida veiga. Não deve ter sido barato !

    Ainda não ouvi ninguêm perguntar se o subsidio do Ministério da Cultura, de 200.000 euros à Experimenta Design 2005, foi atribuido antes de estarem aprovadas as contas da Experimenta Design 2003, por parte do Plano Operacional da Cultura, como tudo indica ter sido o caso.

    Aqui sim, estamos a falar de "euricos" a sério !

    Quanto ao mais, eu se fosse primeiro ministro, deslocava-me era de comboio e eléctrico, com o aplauso geral, por estar a dar o exemplo de um pais em dificuldades.

    Não tinha tempo para governar, mas que dava um bom exemplo dava.

    Exijam responsabilidades sérias ao Primeiro Ministro, Ministros e demais companhia,(e existe bastante por onde escolher) e não nos percamos em factos bem menores, como o Falcon. Ou é tudo igual, e venha a demagogia barata ?
    Anónimo said...
    Era giro lá isso era, mas ...

    "No final da partida, o primeiro-ministro regressou a Lisboa no mesmo Falcon."

    http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20051010+-+Falcon.htm
    Anónimo said...
    Olhe que já se vai á Covilhã de Lisboa num domingo em hora e meia graças ao Cravinho.
    Anónimo said...
    Falcon Crest....Prisa Productions...
    Anónimo said...
    FOLCAM PARA A PUTA QUE VOS PARIU
    Anónimo said...
    O papagaio nónó das SETE ZERO QUATRO entrou em pânico, até já juntou + uma condecoração do ZéDasMedalhas, a da má criação. Deve ter a ver com a pandomia da criação das aves que aí vem!

    Quanto ao Falcon, acho que se afinal um PM não pode usar um desses meios para lhe simplificar a vida não parece que possamos exigir ao homem que faça um trabalho competente!

    Sinceramente, acho que é politiquice a mais.

    Até nem gosto do gajo!
    josé said...
    Contas triviais para assuntos triviais e que denunciam a trivialidade notória de um governante que já não se dá conta de "a quantas anda".

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