choque tecnológico
Verdades Duras

A taxa de penetração da banda larga em Portugal está entre as mais baixas na Europa e o panorama pouco deverá alterar-se até 2010, conclui um estudo da Arthur D. Little, divulgado hoje pela Autoridade da Concorrência. A análise da Arthur D. Little refere que a taxa de penetração da Internet em banda larga em Portugal não ia além de 14,5 por cento em 2004, bem abaixo dos 40,1 por cento registados pela Suíça, líder europeu neste mercado.

Segundo a consultora, o crescimento da banda larga em Portugal tem sido condicionado por factores como a fraca competitividade, preços elevados e insuficiente grau de desenvolvimento das infra- estruturas de acesso. A Arthur D. Little destaca ainda as questões relativas à regulação do sector (nomeadamente a abertura do lacete local), o baixo consumo privado e a débil penetração de computadores pessoais no mercado português.

Se as condições de mercado se mantiverem, a penetração da banda larga deverá evoluir lentamente nos próximos cinco anos, altura em que a taxa deverá rondar os 50 por cento, "situando-se ainda entre os níveis mais baixos na Europa", prevê a consultora. Ao nível dos preços, a Arthur D. Little destaca que Portugal (onde a Portugal Telecom controla 80 por cento do mercado) praticava em 2004 a segunda tarifa média mais elevada no retalho europeu. Na mesma linha, nota que os portugueses estão entre os operadores europeus que prevêem obter as receitas médias mensais por cliente (ARPU) mais elevadas nos próximos anos. A consultora destaca ainda que a velocidade do acesso de Internet em banda larga em Portugal também está 40 por cento abaixo da média europeia (ou menos 84 por cento se comparada com os líderes asiáticos), o mesmo acontecendo com o grau de inovação dos serviços.

Para que o panorama se altere, a Arthur D. Little aponta uma série de medidas que já foram tomadas em outros países e que poderão ser adoptadas pelas autoridades e empresas portuguesas, entre elas a criação de parcerias público-privadas para que os municípios possam envolver-se no desenvolvimento de redes alternativas. O investimento em infra-estruturas, a abertura do lacete local, a separação da propriedade da rede de cabo e cobre (rede fixa), a introdução de benefícios fiscais na aquisição de computadores por particulares e a criação de subsídios para grupos especiais nos custos iniciais de ligação à Internet de banda larga são outras das alternativas apontadas.

via Portugal Diário


Claro está que a PT é simplesmente intocável. Os Espíritos não deixam.

Publicado por Manuel 17:16:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Venho agora(17:45) da Gulbenkian onde se encontra, em visita à administração, quem ? Kofi Anan, himself !! What for ?
    Manuel said...
    O Kofi vem receber uma medalha e encontar-se com o Mendes.
    Anónimo said...
    Todos sabemos que assim é, vamos ver como reage a PT a este estudo. Reage como reage sempre, dizendo que não é bem assim, que não foram tidos em consideração os facrotes x e y, e outras palermices. PT rules!

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