está tudo calmo, estranhamente calmo, deve ser do Natal.

Da Casa Pia vai-se agora falando com um estranho pudor como que se se desejasse que nada tenha acontecido, que ninguém seja culpabilizado. É certo que nasceu nova novela nos Açores, mas isso fica longe, longe das nossas consciências, por isso que ardam nos Açores para que se respire de alívio no continente. No Governo é a palhaçada do costume, não se sabe quem manda, nem com que objectivos...

Entretanto caiu o primeiro mito (de muitos, que hão-de cair) - O Professor Marcelo. O primeiro a reparar foi o Francisco José Viegas, e  sinal dos tempos caíu por causa de uma ataque de riso. Se o homem não se leva a sério (nunca se levou é certo) porque há-de a plebe levá-lo ? Nunca mais leva... O PS onde antes via cabalas e conspirações vê agora pontos de convergência com a maioria. É o regresso do fantasma dos fantasmas, o  fantasma do Bloco Central, que tudo abafa, tudo aconchega, tudo relativiza, tudo negoceia.



Entretanto continua tudo calmo, uma acalmia entorpedecedora já que os telemóveis continuam a tocar, os profissionais do costume a conspirar e negociar a detente do momento, mas é tudo com, e sobre, os outros como se este País já não fosse o nosso. Diz a lenda que o Eng. Guterres só tomou consciência de que era remodelável no próprio dia da sua demissão, mas eu não sei o que se vai dizer, e escrever, no dia em que todo um País, demitido à muito de se encontrar a sí próprio, acordar e reparar que está há beira do Abismo.

Um Abismo que não são os outros, somos nós também ...

Publicado por Manuel 21:24:00  

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