A nova Coppola

Previsão confirmada!


Depois das promessas lançadas com o filme de estreia «As Virgens Suicidas», Sofia Coppola conquistou mesmo um lugar no restrito clube dos realizadores de referência.



Os elogios obtidos no Festival de Veneza já tinham aberto o apetite, mas a consagração surgiu nos últimos dias, dois Globos de Ouro (melhor argumento e melhor actor de comédia) e quatro nomeações para os óscares (e logo para temas como melhor filme, melhor realizador, melhor argumento e melhor actor principal).

Há uns dias, a Grande Loja tinha falado na importância das segundas obras, neste caso, a conclusão é fácil. Sofia Coppola promete seguir as pisadas do pai (Francis Ford Coppola), que realizou obras-primas como a trilogia de «O Padrinho», «Apocalipse Now» ou «Peggy Sue Casou-se» (com uma fantástica interpretação de Kathleen Turner, que também participa no primeiro filme de Sofia).

«Lost in Translation» (traduzido para o circuito português como «O Amor é um Lugar Estranho») é um filme bem diferente de «As Virgens Suicidas». Muito mais leve, consegue ter o rótulo de comédia, mas é muito mais profundo do que um simples filme para fazer sorrir.

O tema é completamente distinto do suicídio colectivo das irmãs Lisbon, mas o espectador mais atento consegue identificar algumas semelhanças nas marcas pessoais da realizadora, um certo olhar feminino como núcleo central da narrativa, a escolha criteriosa dos actores, o papel semelhante que desempenham as actrizes Kirsten DunstAs Virgens Suicidas») e Scarlett Johanssen Lost in Translation»), sendo ambas a função pendular para decifrar a mensagem que Sofia Coppola pretende fazer passar.



Bill Murray prova que também sabe fazer papéis de maior complexidade, mas Scarlett é mesmo a aposta ganha, tem apenas 19 anos, mas os olhos de Hollywood já estão postos nela.



Publicado por André 18:48:00 0 comentários  



"Minha Fé"

«Me pergunto
Onde é que foi parar
A minha fé, a fé, a fé

Voltou pra casa a pé
E ainda não chegou
Espero na janela
Tento não me preocupar
Com ela
Mas a fé
Sabe como é que é?

Acredita em qualquer um
Tudo pra ela é comum
Tudo com ela é viável
E eu aqui um tanto instável
Meio no claro,Meio no escuro
Enquanto procuro acreditar



Na leveza,
Na cidade
Na beleza que me invade

Na bondade dos automóveis
Enquanto imóveis
Em suas garagens

Me pergunto
Onde é que foi parar
A minha fé, a fé, a fé

Nos tratados
Nas palavras
Nos portões da tua casa
Nos transportes colectivos
Na pureza das torcidas
Gritando seus adjetivos

Me quebro
Tropeço no escuro
E ainda procuro

A minha fé

Me pergunto
onde é que foi parar minha fé
a fé não costuma falhar...»

«Minha Fé», in Intimidade, 1994

Música: Lucina
Letra e intepretação de Zélia Duncan

Publicado por André 21:13:00 0 comentários  



A cópia do dia

Do Diário Digital...

"Na sessão de abertura do X Congresso da Intersindical, em Lisboa, Carvalho da Silva referiu que o Governo quer «fazer o acerto de contas com o 25 de Abril e com a democracia e, numa clara perspectiva de classe, ganhar posições para o poder económico e financeiro». «A conjugação desta estratégia, com o facto de estarmos debaixo de uma onda neo-liberal, avassaladora, que nos entra em força pela porta dentro, produz um autêntico cocktail explosivo perigosíssimo para a nossa democracia», prosseguiu.
Soares concordou com o dirigente sindical, no que respeita aos perigos que a democracia enfrenta. «Não há dúvida nenhuma. Vem das cadeiras do poder essa mesma sugestão, quando se fala do colonialismo e do neo-colonialismo, quando se insinua que antigamente é que era bom, agora já não é, por parte de algumas forças políticas de extrema direita, alguns com assentos no poder», sublinhou."

No post do dia 25 de Janeiro, foi, nesta loja, mencionado um desses perigosos extremistas de direita que dá pelo nome de... António Barreto.

Cuidado com ele, que costuma atacar aos Domingos, no Público!

Publicado por josé 16:55:00 0 comentários  



The Show Must Go On.....

Ó gente da minha terra agora é que eu percebi esta tristeza que trago foi de vós que a recebi ...

"No discurso que abre o primeiro debate mensal do primeiro-ministro na Assembleia

da República, Durão Barroso deixou uma promessa: «Aumentar o poder de compra

dos funcionários públicos já em 2005»"


Publicado por Carlos 16:11:00 0 comentários  



O que é o Código?

“Se Cunha Rodrigues fosse procurador- geral da República, o processo Casa Pia não era isto.”A frase foi ouvida dezenas de vezes no último ano a diversas pessoas ligadas à justiça e à política."

O Independente


As mesmas fontes podiam acrescentar que o tal processo era isto ...


Publicado por Carlos 13:02:00 0 comentários  



O Estatuto estulto

Cunha Rodrigues está de novo na berlinda!

As afirmações que lhe são imputadas pela directora d' O Independente são estarrecedoras, se forem verdadeiras!

Aqui na loja já se delineou em tempos, uma radiografia de declarações que o mesmo foi prestando ao longo do seu consulado na PGR, sob uma perspectiva eminentemente política, no sentido mais amplo da expressão.

Consultado o Tribunal de Justiça das Comunidades, para onde foi indicado pelo governo socialista, pode ler-se o seu perfil ...


“Nascido em 1940; diferentes funções judiciais (1964-1977); encarregado do Governo em diversas missões com vista à realização e coordenação de estudos sobre a reforma do sistema judicial; agente governamental junto da Comissão Europeia dos Direitos do Homem e do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (1980-1984); perito junto do Comité dos Direitos do Homem do Conselho da Europa (1980-1985); membro da comissão de revisão do Código Penal e do Código do Processo Penal; Procurador-Geral da República (1984-2000); membro do Comité de Fiscalização do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) (1999-2000); juiz do Tribunal de Justiça a partir 7 de Outubro de 2000.”

Hoje, a directora d' O Independente põe na boca de Cunha Rodrigues,  quanto ao processo da Casa Pia, que ele considera que ...

este processo é muito perigoso”.

Porque a democracia ainda é frágil e porque como uma tempestade, as suas suspeições varrem a confiança dos cidadãos nas instituições do Estado inclusivé nos tribunais.

Cunha Rodrigues estará preocupado com o rumo do processo e entende que ...

há casos em que é melhor não fazer justiça do que fazer mal justiça


Segundo a directora do Independente, Cunha Rodrigues ainda terá dito que ...

O Ministério Público estará a causar mais danos ao Estado num ano do que toda a morosidade da justiça causou em 30 anos.”

Percebendo o percurso de Cunha Rodrigues, reapreciando as declarações que ao longo dos anos foi deixando nos jornais, algumas já copiadas nesta loja, é fácil de perceber que Cunha Rodrigues não poderia ter dito estas enormidades que a directora d 'O Independente lhe imputa!

Ou disse mesmo?!

Quanto ao perigo e aos cuidados a ter com a democracia, nota-se que as declarações parecem verosímeis, porque Cunha Rodrigues também aparece, desde sempre, alinhado na velha escola de que fazem parte Mário Soares e Almeida Santosa democracia, sendo jovem, precisa de tutores e eles julgam-se sempre aptos para o papel.

Foi por isso que como chefe da corporação dos deputados, Almeida Santos, no caso das viagens-fantasma, das festas na sala do Senado e passando pelo regime "part-time" de muitos deputados, preferiu sempre a contemporização à moralização. Mário Soares, por seu lado, também não é muito de espaventar escândalos, a não ser que apanhem, por exemplo, um Duarte Lima.

Quanto aos danos que o MP tem provocado ao Estado, neste último anoesclarecimentos precisam-se, com urgência!
 
E já agora, se Cunha Rodrigues se dignar falar, que diga também o que pensa do PS que se manifestou em S. Bento ao acolher o presumível inocente, e que diga o que pensa do papel desempenhado pelos advogados do processo, que aproveitam gulosamente todas as regalias de defesa que ajudou a construir no processo penal.

Por outro lado, a leitura do Estatuto do Tribunal de Justiça das Comunidades não impede, no modesto ver de copista, que o próprio Cunha Rodrigues se pronuncie sobre estas matérias e sobre outras...

Não colhe aquele exercício de fuga ao comentário, sob a capa do Estatuto. A qualidade de juiz das comunidades parece restringir-se aos processos comunitários.

As opiniões de Cunha Rodrigues enquanto tal, correm por isso e segundo um copista, por conta e risco do próprio, que neste caso não quis arriscar.



Porém, o problema agora, é outro, o que fica mesmo em causa é que não querendo dizer coisas com conteúdo, acabou por ver alguém fazer de porta-voz.

Malgré lui.

O povo leitor de blogs e de jornais, tem o direito de saber se as declarações são genuínas, se provém da fonte ou se são apócrifas.

Cunha Rodrigues, desta vez, não deveria refugiar-se no Estatuto...

... porque a gravidade das imputações exige a sua voz e porque haverá pelo menos mil magistrados do MP que esperam explicações...

... Urgentes!


Publicado por josé 11:45:00 0 comentários  



o funeral de um Principe ...

Ao fazer regressar Cunha Rodrigues a casa, por uma vez na vida O Independente faz  hoje verdadeiro serviço público.

Ao revelar que o ex Procurador Geral da República Cunha Rodrigues é equacionado em determinados círculos como candidato presidencial, o que diga-se além de  inchar ainda mais o ego ao Príncipe, é simplesmente ridículo, patético e insustentável, O Independente mostra à saciedade em que tabuleiros está quem, hoje como ontem...

A prosa lancinante de Inês Serra Lopeshoje alter ego do ex Procurador, diz tudo...

Cunha Rodrigues e a Casa Pia

"Se Cunha Rodrigues fosse procurador-geral da República, o processo Casa Pia não era isto." A frase foi ouvida dezenas de vezes no último ano a diversas pessoas ligadas à justiça e à política.

O próprio José Narciso Cunha Rodrigues não se pronunciou nunca, em público, sobre o processo que tem posto o país e a Procuradoria Geral da República numa tensão permanente e que tem servido, para o bem e para o mal, para mostrar a verdadeira face da justiça portuguesa.

Actualmente juiz do Tribunal Europeu de Justiça, Cunha Rodrigues evita declarações públicas sobre o processo Casa Pia. No início de Janeiro, em Penafiel, limitou-se a dizer aos jornalistas o seguinte: "O momento é, obviamente, muito complexo. Não esperariam de mim que dissesse coisas inócuas sobre ele.Teria de dizer coisas com conteúdo. Mas, isso é-me vedado pelo meu estatuto. Vocês têm hoje outro procurador-geral da República, peçam-lhe que ele se pronuncie." Para bom entendedor...

Entre alguns amigos são conhecidas as preocupações e algumas amargas reflexões do antigo procurador-geral. Cunha Rodrigues considera que este processo é muito perigoso. Porque a democracia portuguesa é ainda frágil e porque, como uma tempestade, as suspeições varrem a confiança dos cidadãos nas instituições do Estado, inclusive nos tribunais.

O antigo procurador-geral, preocupado com o rumo do processo, entende que há casos em que é melhor não fazer justiça do que fazer mal a justiça. No entender de Cunha Rodrigues, o próprio Ministério Público ­ que tem por função defender o Estado ­ estará a causar mais danos ao Estado num ano do que toda a morosidade da justiça causou em 30 anos. Os temores de Cunha Rodrigues, expressos, com muita reserva, ao longo de largos meses, confirmaram-se com os episódios das revelações de nomes e peças processuais, com a junção ao processo e com a divulgação da carta anónima que procurava envolver no caso o próprio Jorge Sampaio e outras figuras públicas. Não será fácil ao antigo procurador-geral assumir, nesta altura, uma candidatura a Belém. Cunha Rodrigues já foi convidado, na década passada, a ser candidato a deputado, ministro, e mesmo candidato a Presidente da República, praticamente por todos os partidos com representação parlamentar. Nunca aceitou. ISL

A esta hora o gato constipado só tem razões para estar a sorrir. Cunha Rodrigues, o mito, acabou, vítima, única e exclusivamente, de si próprio.

Ah, e de facto com Cunha Rodrigues no Processo Casa Pia tudo seria diferente mas, alguma vez alguém teve dúvidas disso mesmo ?

Publicado por Manuel 00:19:00 0 comentários  

  • No Caso Lusófona, o qual recorde-se foi a verdadeira origem do Caso Casa Pia, a PJ concluiu as investigações afirmando que "não houve crime, mas sim consolidação de activos e património".

    É assim mesmo, Rei Artur ...



  • No Jornal de Notícias, na capa tínhamos que o PS quer, outra vez, mexer na lei das escutas, e no interior que afinal parece que há mais peixe graúdo indiciado e a ser investigado no âmbito do Processo Casa Pia.

    Naturalmente que as duas notícias, conjugadas com a vontade do PS em rever o Código de Processo Penal não tem nada a ver umas com as outras...

  • No PSD o inimitável, e impagável, Guilherme Silva anunciou "liberdade de voto" dos deputados laranja depois de garantir que estes se auto regulavam ...

    é o chamado votus interruptus
    ...

  • Na Madeira, quando um dos notáveis do regime se mete em apuros, em regra contrata Guilherme Silva para Advogado e pelos vistos quando as coisas começam a parecer ficar mesmo negras suicida-se... Em Itália chamavam a isto Omertá.  Lá ninguém tira ilações, a não ser pedir a cabeça do PGR... , cá, aparte o Público ninguém liga.

  • O PP veio exigir (!) "desculpas públicas" de Cadilhe acusando-o entre outras coisas de promover ou defender o tráfico de droga por este ser contra a aquisição de novos submarinos. Só podem estar pedrados...



    Aparte o óbvio ressabianço do PP contra Cadilhe, que vem desde o tempo em que não conseguiu por na API um dos seus, falava-se muito no Lobo Xavier, esta atitude patética e descabida só diverte Cadilhe.

    Se ficar, é mais uma desfeita para o PP, se sair, sai por cima e com obra feita e quem vier a seguir que se amanhe. Quem como habitualmente fica entalado é Barroso, mas isso já é normal...

  • Um leitor amigo informa-nos que ontem às 23h15 a publicidade que se podia encontrar no já lendário blog que alegadamente não se sabe se é, ou não, da Anabela Mota Ribeiro, era a que se segue ...

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    e remata sabiamente "O grego para a Odisseia e o Guia para tudo o mais..."

  • Paulo Gorjão interroga-se ...

    "Tal como acontece com a taxa televisiva, quando e como será que o Governo vai colocar os blogonautas a pagar impostos pelos seus blogues?"

  • Sobre a tropa, uma confissão : Não fui.

    Fui considerado inapto. Questões de segurança nacional, toda a gente concordava que a tropa me faria "bem", mas todos diziam que eu ia fazer mal à "tropa"...

  • No Portugal Diário a não perder uma entrevista com um 'camaleão", ou melhor um agente secreto, trabalhador independente.

    Obviamente que num País normal se abria imediatamente um inquérito, mas...


Publicado por Manuel 21:02:00 0 comentários  



Contra factos...

Eduardo Cintra Torres escreveu no Público uma crónica sobre um tema que sabia ser melindroso.
 
Escreveu sobre pessoas que trabalham na SIC e estão ligadas por motivos estritamente familiares a uma alegadaelite política” que por sua vez se viu envolvida no escândalo da Casa Pia. O melindre é óbvio!



O que escreveu de substancial ECT?

Copiam-se as frases-chave ...

“O que chama a atenção é a quantidade em contraponto com a pequenez numérica da redacção conjunta da SIC e SIC Notícias”

“ ...com pessoas que estão ou foram directa ou indirectamente relacionadas com o caso da Casa Pia”

“As elites portuguesas são pequenas”

“As elites são endogámicas, casam entre si para controlarem a sua população e reproduzirem o seu poder.”

Fala em coincidências que são tantas que merecem reflexão e conclui que a partir da altura em que o processo envolve membros das elites política e mediática, a informação da SIC distanciou-se do ponto de vista das vítimas e aproximou-se da dos arguidos.


Hoje, no Público, o director de informação da SIC e alguns dos visados escrevem em sua defesa, atacando o “crítico”!

Alcides Vieira, o director, diz, além do mais ...

“Em vez de escrever sobre o que vê na TV, ECT decidiu tratar um tema melindroso. E fê-lo numa perspectiva psico-sociológica que esqueceu os factos e a razão”-“.

"Prossegue o raciocínio do crítico: se esse meio é a uma estação de televisão, como a SIC, e está pejada de jornalistas casados, com famílias e amigos importantes, então a coisa, de séria, poderá atingir dimensões gravíssimas, como alterar, a favor de alguém, toda a linha editorial da estação, isto é, pôr, em última instância e no plano teórico, claro, um meio poderosíssimo ao serviço de interesses inconfessáveis. Bravo! ““

A tese de ECT é notável: constrangidos no refeitório e nos corredores da estação, devido à presença de amigos e familiares dos advogados de arguidos, os jornalistas da SIC abandonaram o jornalismo e passaram a dar as notícias que servem, não as vítimas, mas os tais membros das elites.”

“Se não fosse tão ofensiva para os jornalistas da SIC, esta delirante crónica de ECT até tinha piada.”


E termina...

“Afinal, a quem servem as crónicas de ECT?”


Acabada a cópia, comenta-se já ...

servem a muita gente que precisa de saber quem é quem na formatação das notícias que entram pela casa dentro de milhões de pessoas! Só por isso, a crónica é serviço público.

A escolha de notícias, o critério de abertura dos noticiários e o modo como se discutem em redacção, as imagens que se colocam no ar, os temas que se abordam e os convidados que aparecem a comentar ou a esclarecer...

... tudo isso é matéria reservada em que o senhor Alcides pontifica.

E não dá explicações ao público.

Dará a alguém?! Também sobre isso gostaríamos de saber mais. Sem qualquer processo intencional, só para saber.


Os senhores Alcides das televisões possuem assim e desse modo um poder que muitos associam a um quarto poder do Estado, o da informação!

E que todos reconhecem ter um peso incomensurável na formação da opinião pública, na marcação de agenda de políticos e na influência, em último caso, no voto.

Só um ingénuo que não se chame Alcides Vieira é que supõe que as televisões e particularmente as redacções de televisão, obedecem a critérios jornalísticos bacteriologicamente puros e sem interferências do mundo exterior, subtis ou à martelada.

Havia um político cujo nome não quero lembrar, e que se estava a cagar para o segredo de justiça, que disse há pouco tempo que Isto só lá vai à canelada!

Daí que o ECT tenha prestado serviço à comunidade ao escrever e apontar as coincidências.

A releitura da crónica, aliás, permite que se possa dizer que não há insinuações maldosas ou enviesadas. Para além dos factos – relações familiares entre membros das redacções das SIC e certa elite política identificada, há uma afirmação ...

"a partir de certa altura, precisamente aquela em que se tornou público o envolvimento de membros da elite política e mediática, a SIC passou a dar mais importância a teses de defesa do que o contrário."

A afirmação é eventualmente comprovável e demonstrável e a meu ver, até será humanamente compreensível, precisamente pelos motivos expostos e é por isso que a identificação das relações familiares tem importância e não constituem qualquer processo tenebroso de intenção dirigido àqueles profissionais.

Se fossem verdadeiros profissionais, as reacções, a meu ver poderiam e deveriam ser de outro teor, o esclarecimento de como chegaram onde estão, para que não restassem dúvidas acerca da sua real competência e não da presumida, a demonstração da isenção e imparcialidade com que tratam assuntos que envolvem familiares directos. Esperava ver a demonstração de uma classe que não se belisca com o apontar de factos e não vê insinuação maldosa onde apenas se levantam questões que qualquer pessoa pode e deve colocar.



Nas respostas ao Público, apenas a jornalista Sofia Pinto Coelho o faz com essa classe. E bem!

Mas não deve, a meu ver ,enfiar qualquer carapuça, porque o ECT, na minha leitura de copista, também não o procurou fazer.

E deveria pensar que contra factos não pode haver argumentos, só justificações. Que aliás, ela deu e pela minha parte aceito. Sem fazer mais perguntas.

Sobre os outros dois, nem vale a pena comentar muito, recorrem ao insulto pessoal que neste caso, mesmo que antes não existissem, infunde as mais sérias reservas sobre a isenção que alguma vez possam ter sobre o assunto e acrescentam sérias preocupações de que o ECT possa ter razão quanto às coincidências apontadas. Contra factos...

Adenda

O insulto pessoal, é o que se faz ... à inteligência de quem lê, bem entendido!

Publicado por josé 11:36:00 0 comentários  

Este fim de semana a imprensa do costume informou as massas de que um douto acordão da Relação tinha dado razão em toda a linha a esse herói nacional, o Juiz Rui Teixeira, acerca da controversa libertação por este último de Hugo Marçal, que recorde-se é defendido por João Nabais (tal como Ferreira Dinis), o tal que é patrono da amiga do, bem, adiante ...



Na linha de serviço público que tem regido esta Venerável Loja, e porque o tal acordão rivaliza em profundidade com aquele que libertou Pedroso, é justo partilhar com os nossos leitores um pouco do curriculum da douta Relatora do mesmo, é que  antes de atingir o Olimpo com este acordão a senhora já era célebre por, equanto estava na Boa Hora, ter aplicado uma sentença baseada num ante-projecto de diploma da Lei da Amnistia, publicado ... no Jornal "A Capital"...

Como diz o outro, o sistema continua a funcionar.

P.S. 1. Sabemos que não tem nada a ver, mas a Marluce continua há um mês no Brasil. Porque será ? Decerto que não tem nada a ver com a defunta LCI (Liga Comunista Internacional), ou tem ?

P.S 2. É bom ver o rosto dócil e humano de Ana Gomes para variar ...

Publicado por Manuel 00:02:00 0 comentários  



Serviço Público



A RTP juntou, esta terça-feira à noite, um conjunto de personalidades para discutir a questão dos jornalistas e do segredo de justiça.

Convidados do programa ...
  • Alfredo Maia
    Presidente Sindicato Jornalistas
  • Rui Pereira - Jurista
  • Eduardo Maia Costa
    Procurador-Geral Adjunto no Supremo Tribunal de Justiça
  • José Miguel Júdice
    Bastonário Ordem (dos 7) Advogados
  • Proença de Carvalho
    Advogado
  • Paulo Rangel
    Professor Universitário
  • Inês Serra Lopes
    Directora do «O Independente»
  • Pedro Tadeu
    Director do «24 Horas»
  • Cáceres Monteiro
    Director da «Visão»

O que posso dizer é que aquilo foi muito bom. Fartei-me de rir. Houve mesmo uma altura em que me engasguei com a «Coca Cola». Hoje, quarta-feira, ainda não parei de rir.

Qual «senhor do Bolo» qual quê! Então quando o José Miguel disse... E a Inês Serra Lopes acrescentou... Não consigo mais!! Vou parar de escrever. (Ai, meu Deus!)

Publicado por Carlos 23:00:00 0 comentários  

No lado do Governo temos um Ministro da Saúde que pede emprestado à banca para pagar dívidas do seu Ministério ao Ministério ... das Finanças. Na Justiça temos uma ministra que acha mais prático recorrer a chicoespertices (de legalidade dúbia) do que convencer a sua colega das Finanças a resolver definitiva e legalmente problemas concretos. Felgueiras é o que se sabe, e a procissão ainda vai no adro, mas como seria de esperar parece que o PSD lá do sítio não é tão inocente e angélico como queria fazer crer... Ao lado, Avelino Ferreira Torres (o expoente máximo do estrito cumprimento da Lei e colaboração com a Justiça em Portugal) avança para Amarante e ninguém no PSD, PP e até PS (Assis já deveria ter falado) se parece incomodar. O velho Mello rende-nos a Espanha, enquanto se põe à venda, e escreve prefácios no livro de um Rato, não do Rodrigo, super-ministro espanhol, mas do Vasco Rato. Soares, Pai, vai dizer amanhã à plebe, via Visão, que o patriotismo está em crise, ele que nunca queimou a bandeira Portuguesa, e Margarida Blasco se calhar não vai chegar a aquecer o lugar no SIS (um dia Eduardo Cintra Torres depois explica...). Durão esse resistirá, não sabe até quando, a mais remodelações, enquanto Santana afia facas irritado agora que sabe estar confinado a Lisboa...



Entretanto, depois de Carrapatoso, já há algum tempo, no DN,e  Cavaco doucement , é agora Cadilhe que, tendo trabalho e serviço na API para mostrar, apesar de todas as campanhas ignóbeis nomeadamente das bandas do Semanário, vem dizer que estando solidário com o Governo, não é este o seu Governo. Em suma, e no interior do PSD, começam a ser dados metodicamente todos os passos para acabar com aquilo que Pacheco designaria por masturbação da incompetência e irresponsabilidade.

Durão vai cair, ainda não sei quando!

P.S. 1. Quanto ao PS, a Sampaio e à Oposição em geral não há nada a dizer, não é polido dissertar sobre fantasmas ...
P.S. 2. Cadilhe é um regionalista, a sério, não um malabarista como Vital Moreira que tal como um bom PC, da velha guarda, tolera esta descentralização apesar de não ser a ideal...
P.S. 3. Um deste dias ainda vamos assistir à morte em directo deste governo ...

Publicado por Manuel 19:41:00 0 comentários  



no comments ...




Vamos apoiar o Avelino ...

Hinno

FERREIRA TORRES ÉS O MAIOR
PARA AMARANTE TU ÉS O MELHOR
FERREIRA TORRES TU VAIS GANHAR
NA TUA EQUIPA VAMOS CONFIAR


HOMEM DE GRANDE VALOR
DE TRABALHO COMPROVADO
ÉS UM FILHO DE AMARANTE
POR NÓS HÁ MUITO ESPERADO


RIO TÂMEGA JÁ CANTA
MUITO FELIZ E CONTENTE
A ESPERANÇA RENASCEU
COM TORRES A PRESIDENTE


AS QUARENTA FREGUESIAS
QUE O TORRES VAI APOIAR
COM MUITO ESFORÇO E CARINHO
POR ELAS VAI TRABALHAR


S. GONÇALO O MEU SANTO
VOU-TE FAZER UM PEDIDO
TRAZ O TORRES P´RA AMARANTE
EU TE FICO AGRADECIDO


Ó CIDADE DE AMARANTE
MINHA PRECIOSA TELA
COM TORRES A PRESIDENTE
TU VAIS FICAR LINDA E BELA


O POVO TEM A CERTEZA
QUE O TORRES É UM VENCEDOR
AMARANTE É UM BERÇO
POR ELA TEM MUITO AMOR




Curriculum

Carreira Profissional e Empresaria

  • Funcionário dos Serviços Florestais, até aos 15 anos;
  • Empregado de Armazém, aos 15;
  • Gerente Comercial, aos 18;
  • Industrial de serração de madeiras, aos 24.

Habilitações Literárias

  • Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas. (assim vai o Ensino Superior em Portugal...)

Publicado por Carlos 18:14:00 0 comentários  



as solidariedades do costume ...

do Diário Digital ...

Cunhado de Guterres começa a ser julgado no dia 4

Moura dos Santos, cunhado do ex-primeiro-ministro António Guterres, começa a ser julgado no próximo dia 4, no Tribunal da Boa Hora em Lisboa. Segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias (JN), em causa está uma alegada burla de cerca de um milhão de euros. Personalidades ligadas ao PSD, como Mira Amaral e António Mocho foram arroladas como testemunhas de defesa do arguido.


O JN escreve que Moura dos Santos vai sentar-se no tribunal devido a uma suposta burla de quase um milhão de euros em 1993, num negócio formalizado após o empresário ter-se deslocado à Rússia integrado numa comitiva ministerial.

O cunhado do ex-PM, cuja participação em importantes negócios ao mais alto nível do Estado sempre levantou suspeitas ao longo dos últimos anos, arrolou para testemunhas nomes como o então ministro da Indústria e Energia; Alípio Dias, administrador do BCP; Fernando Carvalho Rodrigues, professor universitário e director do programa científico da OTAN; ou António Mocho, ex-assessor da Galp, actualmente chefe de gabinete do ministro da Saúde.

De acordo com o jornal tudo se terá passado em 1993, quando o PSD estava no governo. Moura dos Santos foi convidado para integrar uma delegação do Governo à Rússia e terá feito um contacto com uma empresa local (alegadamente com base num documento falsificado).


O JN revela que o Tribunal de Instrução Criminal entende que o comportamento do empresário e, sobretudo, a sua influência ao mais alto nível, deixa muitas dúvidas, expressas ao longo das centenas de páginas do processo.

Também a afinidade com António Guterres vem referida na investigação. De acordo com o jornal, para a PJ, Moura dos Santos classificado como um homem «influente» e «poderoso» em todos os quadrantes da política, sempre usou o facto de ser cunhado do secretário-geral do PS (na altura ainda não primeiro-ministro), para conseguir os seus intentos.

No despacho de pronúncia, o juiz defendeu que o arguido se apoderou de 900 mil dólares (820 mil euros), depois de falsificar diversos documentos que lhe permitiram cobrar indevidamente uma dívida. O dinheiro foi depositado numa conta suíça e transferido para um banco espanhol, acrescenta o JN.

é também isto o fantasma do Bloco Central ...

Publicado por Manuel 16:21:00 0 comentários  



"Amor e Sexo"

«Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema


Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é padrão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão

Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois



Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal
E tal e coisa...

Ah, o amor
hmmm, o sexo...»



«Amor e Sexo», Rita Lee

Publicado por André 13:15:00 0 comentários  



Quousque tandem... abutere?

Em 1989 e 1990, no governo de Cavaco Silva, com os ministros Miguel Cadilhe e Fernando Nogueira, foi aprovada legislação para se estabelecer o Regime Jurídico das Infracções Fiscais Não Aduaneiras (Dec. Lei 20-A/90 de 15 de Janeiro).

Um dos comportamentos típicos aí previstos como sendo crime de abuso de confiança fiscal era o que se descrevia no artigo 24º ...

“Quem , com intenção de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial indevida, e estando legalmente obrigado a entregar ao credor tributário a prestação tributária que nos termos da lei deduziu, não efectuar tal entrega total ou parcialmente será punido com pena de multa até 1000 dias.”

Mencionou-se no nº 3 desse artigo que era aplicável tal regime “ainda que a prestação deduzida tenha natureza parafiscal”.

Em 1993, o governo (Cavaco Silva, Braga de Macedo e Laborinho Lúcio) aprovou legislação nova e através do D.L. 394/93 de 24 de Novembro, decidiu que o assunto da fraude e abuso de confiança fiscal não ia lá só com multas e chimpou-lhe com pena de prisão até cinco anos, para tais condutas.

Nos anos que se seguiram foram muitas as empresas que em Portugal deixaram de entregar à Segurança Social, como era devido, as contribuições de 11% que descontavam aos trabalhadores.

Muitos milhões de contos ficaram mal parados e o facto era perfeitamente conhecido dos serviços e direcção da Segurança Social, centrais e regionais.

Nesses anos, porém, apenas uma ínfima parte desses devedores relapsos foram denunciados ao Ministério Público e só esse facto, de per si, deveria constituir escândalo em qualquer país civilizado, como parece estar a acontecer agora com o facto político do momento e que envolve o Ministério da Justiça. Ainda bem que assim é porque só denota evolução da consciência ético-política.

Contudo, de 1990 a 1995, os relapsos que não entregavam as contribuições à Segurança Social (os tais 11% que descontavam na fonte aos trabalhadores) tiveram ainda assim um aliado de peso nessa manobra delapidadora, a própria lei!

O tal RJIFNA de 1990 aparentemente não incluía as contribuições para a Segurança Social, apesar de falar expressamente nas tais prestações de “natureza parafiscal”.

Como é moeda corrente em Portugal, todas as leis são sujeitas ao escrutínio apertado e ao crivo miudinho do intérprete, seja o MP , seja o juiz, seja a doutrina, seja a jurisprudência. E começou a haver muito boa gente que pura e simplesmente entendeu, fundamentando em doutos pareceres e decisões de fundo, cheios de referências alemãs, que a lei não se aplicava às dívidas dos patrões à Segurança Social.

Vivemos neste estado deletério durante cinco anos! Com conhecimento óbvio dos governantes da época:

Em Junho de 1995, os governantes da ocasião – Cavaco Silva, Eduardo Catroga, laborinho Lúcio e Falcão e Cunha viram em Conselho de Ministros e assinaram o Decreto Lei nº 140/95 de 14 de Junho. Que dizia o diploma?!

Começava por ...

“O quadro sancionatório dos regimes de segurança social tem-se mostrado incapaz de prevenir a violação dos preceitos legais relativos ao cumprimento das obrigações dos contribuintes perante o sistema de segurança social.”

Passados cinco anos, descobriram a pólvora!

E o rastilho foi o alargamento do tal RJIFNA às infracções no âmbito da Segurança Social. E então aditaram o artigo 27º -A e 28º-B que diz ...

“ As entidades empregadoras que, tendo deduzido do valor das remunerações pagas aos trabalhadores o montante das contribuições, por estes legalmente devidas, não o entregarem, total ou parcialmente, às instituições de segurança social(...) serão punidas com as penas do artigo 24º”

Só nesta altura se definiu, com o rigor devido e inequívoco, que a conduta desviante apontada era crime! Cinco anos depois!

Relativamente ao escândalo que envolve o Ministério da Justiça actualmente temos que já veio a terreiro o impagável José Luis Saldanha Sanches, faroleiro de mérito, dizer alto e bom som, há crime!

Porém, um outro jurista e mediaticamente nomeado fiscalista, de seu nome Lobo Xavier, também veio defender a sua dama, Que nenni! Nem pensar!

Tirando alguns milhares de pessoas formadas em Direito em Portugal e reduzindo drasticamente tal número para algumas centenas (poucas) que perceberão realmente de direito fiscal, quem se atreve a cortar cerce e a dizer quem tem razão?! E os penalistas não terão uma palavra a dizer?! Perguntem-lhes e vão ver...

Tendo em conta a natureza da disciplina e a possibilidade plástica de a letra da lei poder dizer uma coisa e às vezes o seu contrário, já por algumas vezes ficou aqui copiada o célebre desabafo do prof. Orlando de Carvalho: “o Direito é uma aldrabice secante”. Ou será que a aldrabice não está no Direito, mas nos aplicadores?! E quem são eles e o que os move?! O interesse do jogo da cópia reside aí...

Cópia adenda ...

Em 29 de Março de 2001, sem preâmbulos explicativos ou paliativos, a Assembleia da República (et pour cause), aprova um regime totalmente novo das infracções tributárias - Lei 15/2001 de 5.6.01 - o chamado RGIT.

O artigo 107º diz assim:

"As entidades empregadoras que, tendo deduzido do valor das remunerações devidas a trabalhadores e membros dos órgãos sociais o montante das contribuições por estes legalmente devidas, não o entreguem, total ou parcialmente, às insituições de segurança social, são punidas com as penas previstas nos nº 1 e 5 do artº 105" (prisão até três ou multa; ou até cinco anos, se o valor da prestação exceder 50 000 euros . )

Estamos nisto.

Publicado por josé 12:09:00 0 comentários