A nova Coppola
sábado, janeiro 31, 2004
Previsão confirmada!
Depois das promessas lançadas com o filme de estreia «As Virgens Suicidas», Sofia Coppola conquistou mesmo um lugar no restrito clube dos realizadores de referência.
Os elogios obtidos no Festival de Veneza já tinham aberto o apetite, mas a consagração surgiu nos últimos dias, dois Globos de Ouro (melhor argumento e melhor actor de comédia) e quatro nomeações para os óscares (e logo para temas como melhor filme, melhor realizador, melhor argumento e melhor actor principal).
Há uns dias, a Grande Loja tinha falado na importância das segundas obras, neste caso, a conclusão é fácil. Sofia Coppola promete seguir as pisadas do pai (Francis Ford Coppola), que realizou obras-primas como a trilogia de «O Padrinho», «Apocalipse Now» ou «Peggy Sue Casou-se» (com uma fantástica interpretação de Kathleen Turner, que também participa no primeiro filme de Sofia).
«Lost in Translation» (traduzido para o circuito português como «O Amor é um Lugar Estranho») é um filme bem diferente de «As Virgens Suicidas». Muito mais leve, consegue ter o rótulo de comédia, mas é muito mais profundo do que um simples filme para fazer sorrir.
O tema é completamente distinto do suicídio colectivo das irmãs Lisbon, mas o espectador mais atento consegue identificar algumas semelhanças nas marcas pessoais da realizadora, um certo olhar feminino como núcleo central da narrativa, a escolha criteriosa dos actores, o papel semelhante que desempenham as actrizes Kirsten Dunst («As Virgens Suicidas») e Scarlett Johanssen («Lost in Translation»), sendo ambas a função pendular para decifrar a mensagem que Sofia Coppola pretende fazer passar.
Bill Murray prova que também sabe fazer papéis de maior complexidade, mas Scarlett é mesmo a aposta ganha, tem apenas 19 anos, mas os olhos de Hollywood já estão postos nela.
Publicado por André 18:48:00
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