o funeral de um Principe ...
sexta-feira, janeiro 30, 2004
Ao fazer regressar Cunha Rodrigues a casa, por uma vez na vida O Independente faz hoje verdadeiro serviço público.
Ao revelar que o ex Procurador Geral da República Cunha Rodrigues é equacionado em determinados círculos como candidato presidencial, o que diga-se além de inchar ainda mais o ego ao Príncipe, é simplesmente ridículo, patético e insustentável, O Independente mostra à saciedade em que tabuleiros está quem, hoje como ontem...
A prosa lancinante de Inês Serra Lopes, hoje alter ego do ex Procurador, diz tudo...
Cunha Rodrigues e a Casa Pia
"Se Cunha Rodrigues fosse procurador-geral da República, o processo Casa Pia não era isto." A frase foi ouvida dezenas de vezes no último ano a diversas pessoas ligadas à justiça e à política.
O próprio José Narciso Cunha Rodrigues não se pronunciou nunca, em público, sobre o processo que tem posto o país e a Procuradoria Geral da República numa tensão permanente e que tem servido, para o bem e para o mal, para mostrar a verdadeira face da justiça portuguesa.
Actualmente juiz do Tribunal Europeu de Justiça, Cunha Rodrigues evita declarações públicas sobre o processo Casa Pia. No início de Janeiro, em Penafiel, limitou-se a dizer aos jornalistas o seguinte: "O momento é, obviamente, muito complexo. Não esperariam de mim que dissesse coisas inócuas sobre ele.Teria de dizer coisas com conteúdo. Mas, isso é-me vedado pelo meu estatuto. Vocês têm hoje outro procurador-geral da República, peçam-lhe que ele se pronuncie." Para bom entendedor...
Entre alguns amigos são conhecidas as preocupações e algumas amargas reflexões do antigo procurador-geral. Cunha Rodrigues considera que este processo é muito perigoso. Porque a democracia portuguesa é ainda frágil e porque, como uma tempestade, as suspeições varrem a confiança dos cidadãos nas instituições do Estado, inclusive nos tribunais.
O antigo procurador-geral, preocupado com o rumo do processo, entende que há casos em que é melhor não fazer justiça do que fazer mal a justiça. No entender de Cunha Rodrigues, o próprio Ministério Público que tem por função defender o Estado estará a causar mais danos ao Estado num ano do que toda a morosidade da justiça causou em 30 anos. Os temores de Cunha Rodrigues, expressos, com muita reserva, ao longo de largos meses, confirmaram-se com os episódios das revelações de nomes e peças processuais, com a junção ao processo e com a divulgação da carta anónima que procurava envolver no caso o próprio Jorge Sampaio e outras figuras públicas. Não será fácil ao antigo procurador-geral assumir, nesta altura, uma candidatura a Belém. Cunha Rodrigues já foi convidado, na década passada, a ser candidato a deputado, ministro, e mesmo candidato a Presidente da República, praticamente por todos os partidos com representação parlamentar. Nunca aceitou. ISL
"Se Cunha Rodrigues fosse procurador-geral da República, o processo Casa Pia não era isto." A frase foi ouvida dezenas de vezes no último ano a diversas pessoas ligadas à justiça e à política.
O próprio José Narciso Cunha Rodrigues não se pronunciou nunca, em público, sobre o processo que tem posto o país e a Procuradoria Geral da República numa tensão permanente e que tem servido, para o bem e para o mal, para mostrar a verdadeira face da justiça portuguesa.
Actualmente juiz do Tribunal Europeu de Justiça, Cunha Rodrigues evita declarações públicas sobre o processo Casa Pia. No início de Janeiro, em Penafiel, limitou-se a dizer aos jornalistas o seguinte: "O momento é, obviamente, muito complexo. Não esperariam de mim que dissesse coisas inócuas sobre ele.Teria de dizer coisas com conteúdo. Mas, isso é-me vedado pelo meu estatuto. Vocês têm hoje outro procurador-geral da República, peçam-lhe que ele se pronuncie." Para bom entendedor...
Entre alguns amigos são conhecidas as preocupações e algumas amargas reflexões do antigo procurador-geral. Cunha Rodrigues considera que este processo é muito perigoso. Porque a democracia portuguesa é ainda frágil e porque, como uma tempestade, as suspeições varrem a confiança dos cidadãos nas instituições do Estado, inclusive nos tribunais.
O antigo procurador-geral, preocupado com o rumo do processo, entende que há casos em que é melhor não fazer justiça do que fazer mal a justiça. No entender de Cunha Rodrigues, o próprio Ministério Público que tem por função defender o Estado estará a causar mais danos ao Estado num ano do que toda a morosidade da justiça causou em 30 anos. Os temores de Cunha Rodrigues, expressos, com muita reserva, ao longo de largos meses, confirmaram-se com os episódios das revelações de nomes e peças processuais, com a junção ao processo e com a divulgação da carta anónima que procurava envolver no caso o próprio Jorge Sampaio e outras figuras públicas. Não será fácil ao antigo procurador-geral assumir, nesta altura, uma candidatura a Belém. Cunha Rodrigues já foi convidado, na década passada, a ser candidato a deputado, ministro, e mesmo candidato a Presidente da República, praticamente por todos os partidos com representação parlamentar. Nunca aceitou. ISL
A esta hora o gato constipado só tem razões para estar a sorrir. Cunha Rodrigues, o mito, acabou, vítima, única e exclusivamente, de si próprio.
Ah, e de facto com Cunha Rodrigues no Processo Casa Pia tudo seria diferente mas, alguma vez alguém teve dúvidas disso mesmo ?
Publicado por Manuel 00:19:00
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