A qualidade do ensino tipo ISCTE

Depois do vídeo de ontem, sobre uma anormalidade, numa sala de aula de uma escola pública ( bem classificada nos rankings) , já peroraram os técnicos.
Na Tv, um deles, circunspecto, achava a coisa imperdoável. Uma falta de respeito geral, não só da aluna em questão, mas dos restantes, incluindo o cineasta amador.

Com estas coisas tecnológicas, dos telemóveis para esta geração que nem é rasca, mas apenas à rasca de valores e referências, podem ver-se outros vídeos, ainda mais interessantes e que demonstram à saciedade, o que os técnicos da 5 de Outubro e das comissões do ISCTE não vêem: o ensino está de rastos, a começar pela disciplina na sala de aula. Pode ser que a compilação de legislação, laboriosamente recolhida ou a recolher, por um Pedroso, sirva para perceber o que não presta.
O primeiro dos requisitos para alguém, seja quem for, poder ensinar seja o que for, pode ver-se por aqui, nestes dois vídeos bem exemplares.

Até agora, o discurso ministerial, de seriedade e firmeza, convencia apenas os acólitos. Suponho que depois de se verem estas coisas, afinal corriqueiras e que todos os professores conhecem de ginjeira, nem esses. Ficarão apenas os Pedrosos e Lurdes que nos calharam nesta malfadada rifa.

Publicado por josé 11:46:00  

18 Comments:

  1. lusitânea said...
    Temos portanto a educação a acompanhar o normal "desenvolvimento" do país...
    Professor Indignado said...
    Está aberto um novo blogue, em forma de Forum, aberto aos professores que queiram fazer as suas denúncias sobre o estado do actual sistema educativo.

    http://indignidade.blogspot.com/

    Durante alguns minutos ou horas a participação será experimental e livre.

    Depois passará a ser moderada, para evitar abusos e desrespeito de direitos e interesses alheios.

    Ao enviar um e-mail para o endereço

    professor.indignado@gmail.com

    ficará publicada a sua denúncia.

    Como é de esperar, surgirão sabotadores ao projecto, que a moderação resolverá oportunamente.

    Pede-se elevação e qualidade aos intervenientes.

    http://indignidade.blogspot.com/
    Laoconte said...
    Penso que o problema nas escolas transcende o combate político contra a actual ministra, porque, com certeza, a indisciplina e a falta de autoridade dos professores não é de hoje. E nisto, tanto o PSD como o PS tiveram muita culpa ao longo desses 30 anos.
    Afinal, o PGR tem muita razão quando alertou sobre os problemas de violência e criminalidade nas nossas escolas.
    Brotero said...
    Mas o que vale é que o Estatuto do Aluno vai resolver todos estes problemas, como acabou de referir o Valter Lemos à TSF. Não há mais pachorra.
    Unknown said...
    Relatório sobre a satisfação dos clientes do ISCTE:

    http://unibomber.wordpress.com/2008/01/22/a-indispensabilidade-da-irrealidade/
    Unknown said...
    Volto a comentar o mesmo.

    Muito haveria SEGURAMENTE a comentar sobre esta "selvajada", são os erros da Prof. por se ter exposto a uma situação destas (situação que ao que li nos comentários, já não é nova!!!)é o da aluna, que cometeu mais que uma falta de educação, para mim cometeu um crime, é o dos contínuos, que não percebo onde andavam, tal os gritos e a duração da "tourada" não apareceram, enfim são muitas as situações erradas com este video... Fico curioso, o que teria a mensagem ou as mensagens do telemóvel para levarem uma aluna a tamanho desespero!

    De qualquer forma, parece-me absolutamente errado, porque se está num momento de discussão de avaliação dos Profs. que se faça um aproveitamento politíco deste vídeo.

    Entendam, isto aconteceu na década de oitenta quando eu estava no liceu, aconteceu na de Noventa, aconteceu agora, e vai SEGURAMENTE continuar a acontecer em decadas futuras. Por muito bons que estejam o nosso sistema e a nossa educação. Alguem ainda falou no sistema Ingles, por favor, que se cale, que fale apenas do que sabe, acontecem situações destas raramente, mas quando acontecem lá são 100 vezes piores que aqui.

    Quanto á protecção dos Profs. num gabinete, considero isso uma medida terapêutica, quanto a mim, deveria apostar-se na prevenção.

    Formação, formação e mais formação, que andam aí, ainda muitos Profs. que não sabem o que é pedagogia.
    zazie said...
    ó anormalzinho. Foi precisamente o que eu disse. Em Inglaterra é mil vezes pior e por cá caminha-se a gosto para o mesmo.

    Deixei no outro post documentos oficiais de apoio a professores agredidos em Inglaterra.

    Precisamente por estar a par é que informei. Se v. lê as tudo às avessas é problema seu.

    E outra coisa- a porcaria dos pedagogos e dos psicos é que também são os grandes responsáveis pelo descalabro geral.

    Fora isso, toda a gente sabe que em França a Linha verde para professores espancados tem décadas.
    zazie said...
    E isto não é aproveitamento político mas vem bem em cima de mais imbecilidades governamentais a querem dar poder a estes grunhos malcriadões para avaliarem os professores.

    Se um simples video que nem retrata nada, já que a siuação é mil vezes mais grave, servir para abrirem os olhos, óptimo.
    A agit prop governamental é obrigatória e usa os media para vender tudo impunemente.
    zazie said...
    E a formação é que devia ser fechada, assim como todos os pedagogos mandados para a rua; escolas de Educação a cadeado, e psicos internados.

    Só assim é que se poderia repor um niquinho da normalidade perdida.

    Só mesmo quem nunca conheceu essa fraude da formação é que ainda pode andar com a boca cheia de mais circo.
    Xico Burro said...
    Ainda não percebi bem porquê esta referência recorrente ao ISCTE. TE quer dizer Trabalho e Empresa. Clara que nas psis e socias andam por lá umas quantas luminárias, incluindo a que actualmente responde pelo título de ministra da educação. Mas, os "cientistas da educação" não se confinam ao ISCTE bem pelo contrário!! Ainda há pouco perorava na TV um alto (altíssimo!!!!) responsável da educação e que eu saiba não tem qualquer ligação ao ISCTE. O problema é o "caldo". Em certas épocas e meios aqueles selvagens (bonzinhos coitadinhos, é preciso é compreendê-los!), quando os pais soubessem, levavam com o cinto em casa, e agora? Todos sabemos como é . A culpa é evidentemente da corja que tem passado pelo chamado ministério da educação, aliás, muito influenciada pelos ditos cientistas, é dos sindicatos, enfim,do império do "politicamente correcto".
    sempratento said...
    Fora as culpas que são, desde sempre, de quem tem mandado (mal!!!), um dos grandes problemas (não o principal, pois esse é profundamente socio-cultural) é a sensação de impunidade que estes (inúmeros) episódios que desde há décadas existem mas que têm vindo a aumentar (em frequência e gravidade)geram nos alunos, senão vejamos:

    Uma aluna do 9.º Ano de Escolaridade, com 14 anos de idade (considerada dentro da escolaridade obrigatória) comete uma atrocidade, como a que temos estado a ver.
    A professora coloca por escrito o sucedido através de uma Participação disciplinar.
    Tirando as penalizações disciplinares mais leves, como uma repreensão registada (que irá acompanhar o processo individual do aluno sem grande consequência), o máximo que poderá acontecer a aluna é ser suspensa das actividades lectivas por um tempo determinado. Muitas vezes resultam em 3 dias "em casa". Que dirá a aluna? "Fantástico!!! Tiro umas férias e até elevo o meu estatuto entre os meus pares". É claro que a linguagem não seria esta...
    Outra forma de penalização é o cumprimento de serviço cívico dentro da escola. Medida que exige a autorização do encarregado de educação e que, na maior parte das vezes, não a dá ("Coitado do meu filhinho... Ninguém o compreende... Ainda por cima pô-lo a fazer tarefas de empregado?!?!"). Nesta última, tendo o encarregado de educação autorizado, quem é que iria controlar/obrigar o aluno ao cumprimento correcto da medida disciplinar? Os funcionários? Coitados deles. E onde estão? Não os há para ouvir e acudir os gritos das professoras, quanto mais.

    De qualquer forma, no fim de uma pena, de uma maneira ou de outra “divertida”, lá voltaria o aluno como um “Rei” para as aulas e voltaria também, como efectivamente voltam, a reincidir.

    Não só se faz com que estes se sintam impunes, como se incita a que outros arrisquem uma primeira vez.

    O Professor… esse suspira de desilusão, de impotência, de desmotivação, de desalento, de desorientação, de depressão, de, de e de… OU NÃO! Muitos continuam esta batalha sabendo que serão derrotados (pelo menos quase sempre).

    Formação??? Por amor de deus!!! Formação aos pais!!! Formação Cívica e Social aos País e aos ultra-iluminados governantes das últimas 3 décadas!!!
    Não fazem mesmo ideia!!!
    Até do decréscimo da qualidade dos docentes se deve culpar os governos. Eles é que promoveram a abertura de largas dezenas de Escolas Superiores, sem saberem (ou sabendo. O que é pior) se o mercado absorveria tal quantidade de recursos humanos para a docência, sem cuidar da qualidade da formação.
    Pois é. Agora há de tudo no Ensino. Bons, médios e maus, das ESEs ou sem ser.

    A culpa é de quem tem mandado. De quem fez as reformas, as reformas das reformas, as reformas das reformas das reformas, etc, copiando o que já deixou de ser e de contextos sociais completamente distintos. Uma planta de uma casa não se dá, forçosamente, em outra casa, com outra “iluminação”. Sistemas que funcionam nos Países Nórdicos, a funcionar em Portugal??? Só não vê quem não quer.

    Eu faço este exercício algumas vezes e por isso é que apelo a que se faça. Imaginem que são vocês no lugar da professora, nesta história do telemóvel. Imaginem que é a vossa amada mulher. Imaginem que é a vossa querida irmã. Imaginem que é a vossa filha.

    Há coisas com as quais é impreterível gastar dinheiro, o que for necessário, para que uma sociedade evolua. Uma delas é a Justiça, outra é a Educação. Uma é o Garante a outra é o Suporte, a Base, as Fundações. Nesta última os efeitos só se fazem sentir décadas depois portanto… Já temos muitas gerações hipotecadas.
    sempratento said...
    Pronto. Ok. Afinal parece que vão ser 10 dias "em casa" e terá que mudar de escola.

    Por acaso, no Porto, é geograficamente fácil mudar de escola. Noutras localidades não será assim.

    Será que esta pena, a ter lugar, não se deverá, em parte, à mediatização do caso? Hum...
    Unknown said...
    Oh Sra. Zazie,
    Eu não ofendi ninguém...

    A sua baixa tolerancia á critíca ou ao comentário em sentido contrário, deixa transparecer uma pessoa com um aspecto muito respeitoso mas que quando estala o verniz deixa sair a sobranceria, a arrogancia e a falta de educação que afinal tanto criticou na atitude da aluna.

    Patética, escusada e perfeitamente acefala a forma como insulta.

    Aceite um conselho, deite fora esses tiques macrocefálicos fascizóides!

    No mais mantenho o meu comentário...

    Boa Páscoa
    zazie said...
    V. é maluquito, não é?

    Trocou tudo o que eu disse, andou a saltitar de post em post dizendo que eu estava a dizer que em Inglaterra é um paraíso e ainda vem com tretas?

    Enfie lá o faszidóide onde mais falta lhe faz. Que é bem capaz de ser nesse QI negativo

    ":OP
    zazie said...
    Além do mais v. não fez crítica nenhuma para eu ter de aceitar.

    V. trocou o que eu disse. Entendeu?

    E ninguém tem de aceitar que andem por aí a dizerem que somos responsáveis pelo que nunca dissémos.

    V. lia e seguia em frente depois de reparar que tinha metido água. Agora os tiques e pancadas guarde-os para os seus.
    zazie said...
    E eu até levei na boa. Limitei-me a fazer o reparo num único post.

    Porque v. foi tão toino que parecia uma k7 rachada a repetir para eu me calar e não falar do que não sabia.

    Quando caladinho devia estar v. depois de ter confirmado o disparate

    ":O)))
    zazie said...
    Retribui-lho a Pascoela e volte lá a ler o que eu escrevi para não insistir em estropiar tudo.

    foi isto que escrevi:

    «O que me continua a espantar é este efeito mediático de uma banalíssima tourada que nem para exemplo da realidade serve.

    Palavra. Ou estão a fingir ou então vivem noutro planeta.

    E até penso mais- que muitos meninos e meninas que conhecem farão pior.

    Ou será que acordou tudo agora por uma mera reactiva política?

    Eu já tinha dito- nem os porfessores têm grande qualidade, quanto mais a gandulagem que é obrigada a andar em escolaridade obrigatória até tão tarde?

    Vou-lhes deixar aqui um link das normas de defesa de professores das escolas públicas inglesas para terem uma ideia do que é a boa da modernidade.

    É que este até é mero exemplo de miuda mal educada e professora descabelada. Há-os de autênticos bandidos.
    »

    Depois deixei link com normas de defesa inglesas. Para que se percebesse por onde pode ir o caminho, já que por cá, em comparação, ainda se vive num paraíso.
    zazie said...
    Por lá até já têm detectores de metal à entrada das escolas...

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