Um serviço ao público

No editorial do Público de hoje, José Manuel Fernandes, escreve a dado passo, sobre o Inspector-Geral da ASAE e a sua prestação televisiva do dia anterior, no Parlamento.

Notemos, por exemplo, no que disse sobre os restaurantes e cafés deste país: ´Para se cumprirem hoje os regulamentos comunitários como estão na lei, 50 por cento dos restaurantes e cafés não estão aptos` disse, acrescentando que Portugal tem ´três vezes mais restaurantes por habitante do que a média europeia`, logo estabelecimentos sem ´viabilidade económica`. O que significa que, depois de terem desaparecido as tabernas e de ser impossível pedir em Mogadouro um jarro de vinho como os que servem em qualquer restaurante de Paris, o polícia dos costumes que gosta de fumar nos casinos ( seria interessante saber se foi ele a pagar o bilhete ou se estava lá a convite…) ainda perora sobre a viabilidade dos pequenos estabelecimentos de restauração.”

A referência aparentemente anódina, ao facto desconhecido do (P)público, no sentido de o Inspector-geral da ASAE, em veste privada e, portanto, o senhor António Nunes, ter sido convidade de alguém para frequentar o Casino Estoril na noite de passagem de ano, não é assunto menor, neste caso.

O director ou responsável pelo Casino, Assis Ferreira, chegou a dizer em público, na tv, que o referido senhor Nunes, não tinha sido convidado pelo Casino do senhor Stanley.Ho. Mas referiu também que o referido senhor Nunes, tinha entrado, num grupo de outras pessoas, à semelhança do que ocorrera em anos anteriores. Nesse grupo, era notória a presença de alguns socialistas de renome e também o sub-inspector da ASAE, cujo nome foi relegado para trás do cargo público.

Esta circunstância agora aduzida pelo director do Público, na nota en passant, do seu editorial de hoje, precisa obviamente de ser esclarecida. Até porque a tv SIC, passou na altura uma notícia, algo equívoca a esse respeito.

E ninguém melhor colocado para tal do que ...o director de um jornal (P)público. Que tal uma investigação jornalística que nem sequer precisa de grandes meios, bastando meia dúzia de telefonemas?

O Público não é capaz disso? O serviço é público...

Publicado por josé 22:37:00  

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