auto-contratação e outras práticas

A Mário Lino e a Ana Paulo Vitorino, respectivamente Ministro e Secretária de Estado com a tutela dos transportes, é devido um elogio pela coragem demonstrada em chamar os bois pelos nomes, e falar em rescisão com justa causa nos casos de gestores da REFER, E.P. e da CP, E.P. que (se) contrataram de forma cruzada para as respectivas empresas. As reacções histéricas de alguns dos visados demonstram bem o tipo de pessoas de quem se fala.

Mas, e é importante dizê-lo, convinha não circunscrever politicamente a investigação às actuais administrações e às chamadas auto-contratações cruzadas. A invocada falta de possibilidade de assacar responsabilidades a administrações cujos mandatos já cessaram (que não é liquida, pelo menos do ponto de vista financeiro e criminal) não é mais do que um pretexto. Porque os esqueletos no armário das gestões PS serão mais que muitos.

Para quem quiser e puder, e o MOPTC pode, bem como à classe jornalística, deixo ainda duas outras linhas de investigação...

  • Contratações de responsáveis políticos (Ministros, Secretários de Estado, Chefes de Gabinete, Adjuntos e quejandos) para as empresas por eles tuteladas, concretamente no sector dos transportes;
  • Política de arrendamento de espaços em Lisboa, mais concretamente ali à beira-rio, pela REFER, E.P., com desaproveitamento do património que tem (é um dos maiores gestores de imobiliário do país), e quem é que ganha com esse negócio.

Publicado por irreflexoes 10:30:00  

1 Comment:

  1. Anónimo said...
    Falta apenas outra averiguação:
    contratos celebrados por ministros, secretários de estado e outros ( chefe de gabinete) com empresas onde trabalharam ?

    Quem foi a chefe de Gabinete - que agora trabalha na CM Lisboa- que celebrou um contrato de prestação de serviços de informática com uma empresa para a qual tinha trabalhado?

Post a Comment