Alice no país dos disparates. (II)

Uma leitora acha uma imbecilidade completa a minha crítica ao suplemento de ordenado a que o Dr. Teixeira dos Santos tem direito por tecnicamente não residir no Porto, está no seu direito. Esquece é que na CMVM o Dr. Teixeira dos Santos não exercia um cargo político, e que, na CMVM, era pago pelos tais valores de mercado. Se a CMVM, como qualquer outro empregador, pagava como extra a casa , ou carro ou o piriquito, ou não, é irrelevante. O actual Ministro das Finanças teria todo direito ao subsídio, penso eu de que, se fosse há um, dois, 20 anos, deputado ou secretário de estado, i.e. titular de cargos políticos (mal pagos), mas não, ele era trabalhador dependente, e muito bem pago, se nesses 10 anos, em que morava em Lisboa, exercendo funções não políticas, não amealhou para a dieta que implica o sonho, e não sacríficio (até porque foi dos que intrigou, e muito, para correr com Campos e Cunha) de ser ministro, o problema é estritamente dele, ponto final. Entendidos ?

Publicado por Manuel 16:06:00  

7 Comments:

  1. Teófilo M. said...
    Eu ainda não entendi, porque é que o senhor se fosse deputado, tivesse um cargo político ou secretário de estado, teria, segundo o Manel, todo o direito ao subsídio, mas como é apenas ministro já não terá direito porque trabalhava num local onde se ganha muito bem, e era trabalhador dependente do estado!

    Mas se calhar sou eu que não estou a ver bem o assunto!
    Manuel said...
    porque se antes "fosse deputado, tivesse um cargo político ou secretário de estado" transitava de "sacrificio" para "sacrificio"... Claro agora ?
    Teófilo M. said...
    Assim transita de "sacrifício" para sacrifício.

    Não acho mal.
    Anónimo said...
    Sr. Manuel, desculpe mas continua a dizer imbecilidades ou a não querer entender. Em seu benefício, vou mais por esta última hipótese:-)

    Teixeira dos Santos podia ser despedido de um dia para o outro quando presidia à CMVM, logo por prudência não comprou casa, e nem sabemos se teria dinheiro para comprar. Líquido como água, certo?

    Faça de conta que o PM o despedia primeiro de presidente da CMVM e que Teixeira dos Santos regressava à universidade do Porto. E que passados alguns dias ou semanas o PM o convidava para ministro das Finanças. Nesta situação, acharia lógico que Teixeira dos Santos abdicasse de certas regalias inerentes ao cargo de ministro das Finanças, se dessas regalias constar um suplemento para alojamento pela razão de que a sua morada oficial e habitual é no Porto?

    Se um director-geral das Florestas, ou da Energia, ou da Saúde, no Estado é, segundo a nova lei que vem aí (julgo que consensual entre várias forças políticas), um cargo de nomeação política, o que será o presidente da CMVM?

    O sr. faz-me rir...:-)
    Anónimo said...
    Não tenho vontade nenhuma de me rir. A verdade é que me estão a meter a mão no bolso, se o snr anónimo tem carcalhol para gozar a vida e não acha importante que um sujeito se abasteça mais ou menos convenientemente do orçamento do Estado, está no seu direito, mas não se esqueça que há muita FOME por esse país fora e são sujeitos como o snr que facilitam estas manigâncias. Percebeu? Acho que não.
    Anónimo said...
    sr. ADR:

    Se você tem a fórmula na mão para evitar que portugueses passem fome, porque não se filia num partido político e concorre para ministro das Finanças?

    Não, você não concorre para ministro das Finanças porque não é capaz de desempenhar o cargo, e como não é capaz nem faz nem deixa fazer. E deixar ou obrigar outros a fazer ao preço que você se atribui a si mesmo é a prova da sua mediocridade. Tanto no que não é capaz de fazer como no que diz.
    Anónimo said...
    Snr. Anonymous diz, 11:35 AM
    Os meus conhecimentos sobre Finanças foram adquiridos quando me "licenciei" na faculdade da 4ª Classe do antigamente com o Velho e já falecido Prof. Andrade, (bons tempos em que a 4ª Classe dava e chegava para os experts de hoje).
    Mas depois as coisas foram andando e um individuo vai-se Doutorando na Universidade do Empírico, sabe o que é? Não sabe; já calculava; e aí um gajo aprende mesmo a sério, é o chamado MBA Empírico, 8 a 12 horas por dia, -sim meu amigo- 12 horas por dia e ás vezes mais e ao fim de semana revia-se a matéria. Claro, hoje estou "Jubilado" mas ainda não desaprendi nada.
    E o que não desaprendi é que uma boa parte dos que estão na política estão lá porque só sabem fazer "sexo" com palavras. Basta ligar as TVs e aí está o Espectáculo da asneira e claro, ainda há muito Português que vai na manipulação, é Sexo oral puro!

Post a Comment