O quadrado de Manuel Alegre

(...) Não sei tão pouco quem são os meus, nem por que país ou causa estou a combater, se é que combato pelo que quer que seja. Defendo este reduto. É o meu quadrado. Talvez não tenha sentido estar aqui a defefendê-lo, mas se o perdesse eu próprio me perderia. O único sentido, que talvez não tenha grande sentido, é defender este quadrado. Até à última gota de sangue, como há muito, na recruta, me ensinaram. Por isso, não me rendo. Por mais que me intimem e intimidem continuarei a resistir. Não propriamente por razões militares ou morais. Digamos que por razões estéticas. Um homem não se rende


Publicado por Carlos 18:11:00  

13 Comments:

  1. Anónimo said...
    Chão em xadrez. Percebi a mensagem. E penso que o Carlos também percebeu o texto do Alegre. É uma possível interpretação, sim senhor.
    Anónimo said...
    E que tal desertar como fez quando cumpria o serviço militar obrigatório?
    Que vá para Argel e por lá fique.
    Anónimo said...
    E que continue, pela rádio, a dar os parabéns ao PAIGC, sempre que tenha exito no ataque a uma coluna de soldados Portugueses...
    AF
    Anónimo said...
    Mas então...?
    Paulo Portas Ministro da Defesa, sem ter ido à tropa - escandalo.
    Neste, a ser assim, já não importa se foi Herói ou se desertou.
    Este (desertor)até pode servir de mais valia. Até já foi condecorado no 10 de Junho.
    Anónimo said...
    Multiplicou-se e ficou feito num oito
    Diogo said...
    Alegre ainda resiste mas Pacheco Pereira já passou ao ataque - no blog Abrupto e no Público de 28-7-2005:

    ...ainda mais o motiva (Mários Soares) poder pôr na ordem o PS e encaminha-lo para uma esquerda mais radical, “social” no sentido anti-capitalista, anti-globalizadora, anti-americana e gaullista-europeista extremada, que é o núcleo duro do seu pensamento actual. Ironicamente, para quem meteu o socialismo na “gaveta”, o seu pensamento económico, ou melhor, a sua ideologia económica, é hoje claramente anti-capitalista e o apoio que dá aos movimentos anti-globalização, simbolizados no fórum de Porto Alegre, e que representam hoje o “socialismo terceiro-mundista” que combateu no passado, tem poucas nuances. Soares é hostil às políticas de liberalização da OMC, combateria aquilo a que chama “capitalismo selvagem” e a “dominação” do globo pelo “pensamento único”, pelo “neo-liberalismo”, ou seja, a mundialização da economia de mercado que o fim do “socialismo real” permitiu.

    Soares apoiaria um eixo Paris-Berlim-Moscovo e deseja uma Europa federada, uns Estados Unidos da Europa mesmo que sem este nome, uma Europa que se dotasse dos meios de defesa e intervenção que lhe dessem capacidade para se medir com a super potência americana. O seu ideal seria uma Europa armada que substituiria o lugar da URSS como a outra super potência, e com uma política externa essencialmente de contenção anti-americana. Faria tudo para combater o “império”, ou seja os EUA, e para o isolar e condenar sob todas as formas nas instituições internacionais, apoiaria a retirada imediata ou quase das tropas da coligação e da NATO do Afeganistão e no Iraque. Por aí adiante.

    Ora, quem tem este programa em Portugal é o Bloco de Esquerda e não o PS e se isso não soa o alarme no governo, é porque perderam qualquer capacidade analítica e não têm ouvido e lido Mário Soares nos últimos anos.



    Comentário:

    Quem diria que Soares, com ar de quem não faz mal a uma mosca, era um anti-democrata desta envergadura?
    josé said...
    Tirado deste sítio :


    "Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um activo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi fundador do CITAC — Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC — Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. Dirigiu o jornal A Briosa, foi redactor da revista Vértice e colaborador de Via Latina.
    A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961, sendo colocado nos Açores, onde tenta uma ocupação com Melo Antunes. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde dirige uma tentativa pioneira de revolta militar. É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em 1964.
    Passa dez anos exilado em Argel, onde é dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional."

    Não gosto lá muito do tipo Alegre, pelas posições políticas que toma, graniticamente imutáveis e principalmente pelo ar de senador inquestionável da democracia que assume como se fosse coisa dele(s) e o povo, um mero adereço.
    Porém, falar de deserção ou de refracção, no caso dele, é um pouco forçado. Alegre tinha 25 anos quando começou a guerra em 1961 e como é sabido não se vai para a tropa aos 25 anos, se não se estiver já incorporado nela. Não sei se foi o caso.
    Não obstante, há muitos refractários entre os nossos estimados artistas revolucionários e se alguns deles comungaram do ideal de Brassens- Le déserteur( procurar no google), outros terão fugido por...motivos bem mais prosaicos, em que se inclui a cobardia pura e simples.
    É humano e compreensível que assim tenha sido, mas precisamente por isso é que não deveria haver lá muito orgulho nessa fuga ao fassismo...
    Por outro lado, ser patriota em caso de guerra, implica o alistamento e a participação no esforço colectivo militar. Quem foge, pode ser muita coisa, mas patriota é que não será de certeza.
    josé said...
    E já agora que falamos do Alegre poeta, como não simpatizar com um tipo que se descreve assim?
    Entre o geronte Soares e o quase geronte Alegre, a diferença é de tomo e percebe-se prefeitamente a razão profunda e obscura por que é que o Alegre não será apoiado pelo PS: o tipo é demasiado sério para o PS. Pelo menos, na aparência.
    Anónimo said...
    Manuel Alegre candidato a Presidente da Republica, é um insulto aos 9.000 mortos e 25.000 extropiados nas 3 frentes da guerra que o nosso Paìs travou contra o Terrorismo em Africa, como
    tambem é um insulto a milhares de expoliados vitimas da exemplar descolonização levada a cabo pelos "herois" que regressaram a Portugal no dia 28 de Abril de 1974.
    Anónimo said...
    O Manel é um grande profissional da política.
    Subiu a pulso desde simples militante de base a deputado depois a conselheiro e agora naturalmente queria concorrer ao mais alto cargo que há.

    Afinal são 30 anos de experiência e terminava com uma boa reforma.

    Vamos ajudá-lo a terminar em beleza?
    Anónimo said...
    Caro Daniel Tecelão.
    O colar de orelhas..., é verdade.
    Mas sabe porquê? Isso teve uma razão e motivo. Procure informar-se e depois, aí sim, fale do que parece ignorar.
    Anónimo said...
    A ignorância até se aceita.
    Comodismo é que não. Vá recolher a informação, onde recolheu sobre o colar. De mim não a leva.
    Dica: procure no inicio do terrorismo e não venha dizer que era outra coisa, porque não era.
    A luta pela independencia tem, tanto quanto sei, 3 fases: 1-terrorismo; 2-guerrilha e 3-movimento armado. Informe-se e ponha os neurónios a funcionar.
    Anónimo said...
    Caro D. Tecelão.
    Informação:tropa em Africa de 1964 a 1968.
    Desculpas:confundir ignorância com estupidez.
    Sugestão (grátis): vá-se catar.

Post a Comment