preto no branco

a propósito de problemas de comunicação e enquanto na RTP1, no Prós e Contras, se debate a perene Crise, o Paulo Gorjão, mais papista que o Papa, sugere candidamente que Sócrates aceite a demissão imediata de Campos e Cunha. Por muito infeliz e deprimente que seja o episódio de hoje, mais até pelos malabarismos justificativos encontrados para o contextualizar que pela matéria em si - só o célebre anexo estava mal, não a documentação que, e em que se, suportava- , não me parece que haja motivos que sustentem a demissão do ministro das finananças, por agora. Bem ou mal, e condicionado pelas directivas de Sócrates, Campos e Cunha é dos poucos que no governo tem tentado fazer de facto alguma coisa, e estou à vontade porque não concordo com a maioria das decisões tomadas. Demitir agora Campos e Cunha seria um acto de refinada hipocrisia e ainda maior irresponsabilidade, porque não só não antevê ninguém disponível (Vitorino não quer...) como seria um prémio aos parasitas deste Governo que não mexem uma palha para não se queimarem - troupe à cabeça da qual aparecem o mirabolante Manuel Pinho e o inenarrável Ministro das Obras Públicas. Despachar Campos e Cunha agora é deitar mais um ano fora, preto no branco.

Publicado por Manuel 23:26:00  

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