" Se não sabem, porque é que perguntam?!"

A pressa em noticiar assuntos melindrosos e escandalosos, às vezes, leva directamente... à asneira noticiosa; à incorrecção; à desinformação. E, contudo, quem é que chama os jornalistas, publicamente, à responsabilidade por essa desinformação e por essa forma sofisticada de autêntico vilipêndio de pessoas e instituições?! A resposta fica para a consciência de cada um.

Esta introdução serve apenas para fazer o mais recente update das notítias sobre os arguidos presos e soltos, no caso do Vale do Sousa.

Hoje, o Jornal de Notícias, esclarece mais uns pequenos pormenores que afinal revelam o que desde logo poderia ter sido esclarecido e ...informado.

O último parágrado da notícia assinada por José Mota, com vontade aparente de lobrigar um qualquer bode para expiação do escândalo, reza assim:

"Os mandados emitidos terça-feira foram uma manobra arriscada do Ministério Público que todos sabiam não dever surtir qualquer efeito. Aliás, a própria procuradora do TIC do Porto defendeu que os mandados eram ilegais porque os arguidos já tinham cumprido prisão preventiva pelo mesmo crime e não havia qualquer facto novo para poderem ser ouvidos para primeiro interrogatório"

Só isto, devia obrigar o jornal e a jornalista que assinou a notícia, a um pedido de desculpas público, aos visados nas notícias de ontem e anteontem. E o problema é que poderia ter sido facilmente esclarecido, caso houvesse vontade efectiva de perceber o que eventualmente se passou.

No entanto, não aprendem, nem esquecem. Na notícia de hoje, o "escândalo" é a falta de notificação da acusação! Sabem os jornalistas como se fazem notificações em processo penal?! E , principalmente, saberão qual é a prática corrente e legalmente instituida?!

Parafraseando o falecido João César Monteiro, "se não sabem, porque é que perguntam"?!
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Publicado por josé 11:42:00  

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