Só por não ser na capital ...

Porque razão não teve a semana de inauguração da Casa da Música no Porto o mesmo impacto mediático que a Festa da Música do CCB está a ter, com directos televisivos a todas a horas e dias seguidos de primeiras páginas nos jornais?
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Publicado por contra-baixo 12:04:00  

9 Comments:

  1. Anónimo said...
    Até com uma coisa tão insignificante como esta as pessoas dão-se ao trabalho de contar minutos de cobertura televisiva???
    Tenho cada vez menos pachorra para este bairrismo que existe num país que no fundo mais não é que uma pequenissima faixa costeira.
    contra-baixo said...
    Caro anónimo,

    Ao contrário do que pensa, ninguém esteve a contar os - merecidos - minutos de destaque que a FM teve.
    O que se pôs em evidência foi apenas o facto de, praticamente, a cobertura à CM não ter ido para além da notícia da existência do edifício, com destaque "0" para os acontecimentos musicais que, durante uma semana, por lá aconteceram.
    Resta é apurar a razão de tal não ter acontecido.
    Anónimo said...
    Talvez os importantes do Porto, não
    quizessem, ser vistos, ou não poseram ali os pès?
    Claro que se criou o mito de uma grande apetencia musical, no Porto, e assim vários disparates de organização tem por ali decorrido, o bairrismo, não chega para fazer espectaculos de grande nivel.
    Continuamos com a ausencia de um orçamento e de uma contratação
    para 3 anos, o que garantia um a
    determinada continuidade.
    Onde estão os profissionais para fazer isso?
    os memso do futebol, do metro,
    e de outras parvoices parecidas?
    Anónimo said...
    E de Freixo de Espada à Cinta ninguém fala, essa é que é essa!
    Anónimo said...
    O cubo é lindo, Lou Reed é velho, Abrunhoso repetitivo, enquanto Ludwig von é sempre bom.

    That's all folks
    contra-baixo said...
    Diria aos anónimos que comentaram depois de mim:
    quase, quase lá ...
    Anónimo said...
    Por uma vez as televisões fizeram bem: a inauguração da CM foi uma chachada, não houve música; na FM ouve-se música, e sublime. O problema é que o Porto não se leva a sério: põe o Lou Reed e o Abrunhosa (?!) a inaugurar a CM.
    Anónimo said...
    A festa da Música é um evento concentrado de música de autores clássicos a baixo preços. Que atrai muita gente. E dá-lhe todo um ar de feira, de exposição (havia gente que falava na Expo ). Note-se que são concertos em 4 salas em simultâneo,de manhã à noite. É bom material para um directo não?

    Da abertura da casa da Música, para além de boa parte dos concertos não ser acessível à maioria do público (Lou Reed, quantos bilhetes estiveram disponíveis?) , estendeu-se ao longo de uma semana, vários géneros vários públicos e faltou-lhe essa concentração. Mas notei que houve várias reportagens aquando a abertura de bilheteiras, a noite da inauguração (aliás com directo na SIC Notícias ), muito ênfase no dinheiro que se desbaratou. Se calhar tudo isto contado por minutos televisivos vai dar ao mesmo ...
    contra-baixo said...
    Sofia,

    Não está(va) em causa os “minutos” concedidos à FM.
    O que está(va) foi somente um observação, empírica, sobre a cobertura global dada a um e a outro evento. Provavelmente, enganei-me na análise, até porque, hoje, leio nos jornais as declarações do engº Couto dos Santos a destacar positivamente as “horas” de cobertura televisiva dadas ao evento. E se ele está satisfeito com os resultados, quem sou eu, consumidor, para estar a levantar o problema.
    Veremos mais lá para a frente, como é que a coisa corre em termos de cobertura mediática à actividade musical da CdM, dado que muita da que houve foi por causa da inauguração. Por esta, sublinho, não entendo somente a notícia com assinatura nas páginas e programas de cultura dos jornais e das TV(s) mas sim a notícia de acontecimento (musical) relevante para a cidade e para o País, tal e qual como, e bem, aconteceu com a FM do CCB.

    PS: O título da posta não é uma afirmação bairrista, antes pelo contrário, pretende, sim, interrogar o argumento fácil de a ocorrência não ser na capital o que, apesar de ser um facto com consequências, leva-me a pensar que preciso fazer algo mais, de preferência também melhor do que os outros, para atrair as atenções e captar novos públicos e aqui inclui-se o interesse dos media para a notícia da ocorrência, aspecto fundamental para o financiamento do edifício. Tal e qual como no mercado.

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