Contra os fundamentalismos

Portugal está numa situação sui generis em que o Governo defende o investimento em grande obras públicas independentemente da sua racionalidade económica, que se recusa a discutir e em que toma como dogma e em que os que se opõem a tais projectos defendem, igualmente independentemente da sua racionalidade económica, que qualquer grande projecto é má ideia.

Sendo, como sou, há anos, constestatário da solução Ota, custa-me ver o projecto do TGV metido, sem mais nem ontem, no mesmo saco.

Temos de ter presente que a actual rede ferroviária tem quase 150 anos, que tem uma característica física (a bitola, que representa a distância entre os carris) que nos torna incompatíveis com a Europa - uma decisão tomada após as invasões francesas para blindar a península - e, a prazo, com a própria Espanha, que está a fazer o que deve, usar a nova rede de alta velocidade, compatível com a Europa, para criar uma nova rede de caminhos-de-ferro que possa sustentar a mobilidade interna de pessoas e mercadorias e o tráfego internacional de mercadorias para o centro da Europa.

Os custos de ficarmos confinados, já não à península, mas ao território nacional, têm de ser incluidos na equação.

Publicado por irreflexoes 12:23:00  

3 Comments:

  1. irreflexoes said...
    Estudos da Ota não coneço nada de substancial.

    Estudos do TGV li-os todos. Todinhos!
    Anónimo said...
    Não faz sentido nenhum o TGV ainda menos que a OTA. Alguém se queixa de como as coisas estão? Não. Mas todos se queixam da paupérrima educação lentidão da justiça e asneiras na saúde, de resto quantas pessoas se movem entre Madrid e Lisboa para justificar um grande projecto?

    lucklucky
    Anónimo said...
    Caro IRREFLEXÕES
    Sobre a Ota e Rio Frio sugiro a leitura de
    http:/www.naer.pt

    Presumo que lhe será util .

Post a Comment