Atolados

Ainda cheguei a pensar que num assomo de vergonha, o mentor do causa-nossa, tivesse hibernado para não escrever sobre coisas tristes. Que nenni!
Aí está novamente o nosso prelado laico, núncio da ortodoxia governamental, a colocar os pontos nos ii da correcção política.
A questão de Sócrates continua a ser um mero purismo de linguagem a que só espíritos mesquinhos se dignam conceder importância.

E o resto é...lama. Também concordo.

Publicado por josé 12:26:00  

5 Comments:

  1. Carlos Medina Ribeiro said...
    O PRIMEIRO

    JÁ SE PREVIA que José Sócrates, na sua entrevista à RTP e à RDP, iria alegar que «não foi o primeiro, nem será certamente o último, a ser tratado por engenheiro indevidamente».

    Que esse sofisma tenha sido engolido por dois taxistas do Aeroporto da Portela e pela porteira do prédio onde moro... vá lá. Mas que o tenha sido por pessoas lúcidas, responsáveis e bem informadas...!

    De facto, durante dezenas de anos, houve "agentes-técnicos" e "engenheiros" - a que correspondiam profissões, escolas e habilitações diferentes. No entanto, a seguir ao 25 de Abril, houve uma alteração de DESIGNAÇÃO, passando os primeiros a serem referidos por "engenheiros-técnicos", o que levou a que, por simplificação e em termos informais, alguns passassem a SER TRATADOS, por vezes, por "engenheiros".

    Até aqui, nada de grave; mas será que essa gente não sabe que uma coisa é SER-SE TRATADO POR, e outra é DIZER-SE QUE SE É, não se sendo - como foi o caso de José Sócrates?!

    Conheço inúmeros engenheiros-técnicos, e sei que são poucos os que corrigem quando os tratam por "engenheiros". Contudo, nunca tinha ouvido falar de um único que escarrapachasse esse título no seu curriculum - nem sequer nos cartões-de-visita!
    Mas, como sucede com muitas coisas na vida, algum dia havia de aparecer o "primeiro"...
    acilina said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    acilina said...
    Exactamente!
    E não contente com isso, vá de afixar por todo o lado que era Licenciado em Engenharia Civil com uma posterior pós-graduação em Engenharia Sanitária. Isto, quando nem sequer era ainda licenciado! E a chamada pós-graduação, explicaram mais tarde, foi um cursosinho de 5 dias. Isto esteve nos sites do PS, da Assembleia, no Portal do Governo, etc. Agora, só porque foi apanhado, já corrigiram nalguns, dizendo que foi um engano, senão continuávamos todos enganados…
    Nos currículos de José Sócrates existentes no Partido Socialista no blogue pessoal do candidato a primeiro-ministro (de Janeiro e Fevereiro de 2005) e no sítio pessoal do candidato do PS aparece a expressão seguinte: "licenciado em Engenharia Civil, concluíu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária, pela Escola Nacional de Saúde Pública"O gabinete do primeiro-ministro esclareceu (DN de domingo, 8-7-2005): "O currículo de José Sócrates no site oficial do Governo está errado: não inclui o MBA feito no ISCTE e fala de uma pós-graduação em Engenharia Sanitária que não existe. Um erro em que o gabinete não reparou e que promete que será em breve corrigido. …”

    Além disso, também num site do PS foi escrito que “Entre 1981 e 1987 exerceu a sua actividade profissional como Engenheiro Civil na Câmara Municipal da Covilhã”. A ser verdade isto, temos aqui outro problema, talvez ainda pior…
    Carlos Medina Ribeiro said...
    O princípio de que «a distinção entre Engenheiro-técnico e Engenheiro é uma questão de pormenor e de purismo de linguagem», permite chegar a outras conclusões curiosas:

    Enfermeiro=Médico
    Empregado da SECURITAS=agente da PJ
    Guarda-nocturno=agente da PSP
    Arrumador de automóveis=Polícia Municipal

    Não sei se é ignorância, se é má-fé, ou se se trata apenas de rigor à la carte
    Xico Burro said...
    O que não deixa de ter a sua graça é o facto de ainda há poucos dias (1 2 semanas) o farol da Lusa-Atenas ter escrito no "causa-nossa", ser estranho e dever merecer aturada investigação, que as Univ. Privadas acolham em elevado número pessoal polticos e dos médias, sobretudo em situação de "defeso". As palavras não foram exactamente estas mas não andavam longe.

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