princípios
quarta-feira, setembro 14, 2005
O que diriam as esquerdas, os colunistas, e até o PR, se nos idos do barrosismo e do santanismo, a então maioria ousasse nomear para o Tribunal de Contas, um, até aí, vice presidente da bancada parlamentar do PSD, ainda que independente ? Louvariam a competência ? Louvariam a idoneadade ? Louvariam o perfil ? Não, a primeira coisa que diriam é que ele - independente ou não - era, escândalo, vice do do grupo parlamentar da bancada desuporte do governo. É o problema da mulher de César, só e apenas. Não está em causa a qualidade do trabalho que Guilherme Oliveira Martins possa vir a fazer mas, só e apenas, a mensagem, péssima, que este governo passou. E essa mensagem tem pouco ou nada a ver com a qualidade dos actores da vida pública e política, tem a ver com a incapacidade de chamar e atraír novos nomes, novos valores, que não tenham feito um percurso na esfera dos partidos, é que se é legítimo criticar a crucificação de que Oliveira Martins estará a ser alvo por... ser do PS, também não é menos legítimo recordar que fora da esfera de (todos) os partidos, ou pelo menos da política activa, existiriam rodos de personalidades tão ou mais qualificadas para exercer a presidência do tribunal de contas, sem o onús de, no momento da tomada de posse, aparecerem como coladas a estes ou aqueles. É um mau sinal, péssimo, para a democracia, quando já nem sequer se discutem os princípios (abstractos e gerais) mas apenas as personbalidades, numa base casuística e conjuntural. Em política não pode ser tudo 'relativo'.
Publicado por Manuel 12:06:00
É tudo pessoal alinhado lá com a malta da rosa.
Se eu fosse a si começava a pôr o Blog de molho por alguma réstea de desalinhamento, senão o Sócrates ainda lhe faz um take-over.
Não se pode pedir aos sabedores que se façam de inocentes.
Julgas que o Mestre Armindo, excelso homem de mão da Dr.ª Manuela Ferreira Leite foi parar a Juiz COnselheiro do Tribunal de Contas porquê?
E que dizer do Amável Raposo, que desde adjunto a chefe de gabinete, passando por director-geral fez de tudo um pouco na vida política?
O bom do António Mira Crespor também lá fez os seus fretes políticos, como sub-director-geral, como adjunto, como gestor da massa comunitária, nos tempos do PSD, etc.
Também o Manuel de Freitas Pereira foi Subinspector-Geral da Inspecção-Geral de Finanças e Director do Centro de Estudos Fiscais.
Quem também não resistiu aos encantos dos Gabinetes foi o José Fernandes Farinha Tavares.
Até há um que foi Secretário de Estado do Orçamento num dos Governos Provisórios.
E outra que suspendeu a actividade, foi dar umas voltas pela máquina administrativa e retomou o seu lugar.
Tudo isto está, claro, clarinho, na página de Internet do próprio TContas.