a insustentável leveza do silêncio
sexta-feira, setembro 30, 2005
José António Barreiros, em comentário a ele próprio... Discurso directo e na primeira pessoa!
Um comentário meu ao meu próprio postal. Há quem veja nesta minha afirmação três coisas: uma insinuação, uma vontade de emporcalhar, um desejo de ser mediático. Li isto mesmo em outros blogs que tiveram a gentileza de divulgarem este postal.Ora
Em suma, talvez em vez de perderem tempo comigo, que interesso pouco, preocupem-se mais com a questão: nós, os cidadãos, os que alimentamos com o nosso voto esta gente que se diz querer ser poder e o é à nossa conta, sabemos qual a razão pela qual tudo isto aconteceu e continua a acontecer? E sabem porque é que António Guterres disse que não queria conviver com «o pântano», quando largou o Governo à sua sorte? A que pântano se referia?
- (i) não se trata de uma insinuação, antes de uma pergunta, pois de há muito que estamos todos à espera de uma explicação que dê racionalidade ao comportamento de quem antes tudo ambicionava e em parte com motivos para tal e agora nada quer, sejam quais forem os motivos
- (ii) não se trata de vontade de emporcalhar, pois até podem existir razões nobres, legítimas e pessoais a justificarem o insólito de ter o reiterado desistente gerado expectativas responsáveis e ter deixado todos boquiabertos ao defraudá-las, e sem ao menos o favor de uma explicação
- (iii) não há nisto vontade de me exibir, porque, façam ao menos o favor de pensar que, se o quisesse, fazia o que todos fazem, que não perdem oportunidade de aparecer em tudo quanto é social e comunicação social, para que saibamos onde andam e com quem e o que pensam.
Quem souber que o diga! Eu não sei, por isso pergunto. Começamos a ter desistentes a mais e silêncios a mais!
Publicado por Manuel 17:14:00
7 Comments:
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A falta de tomates no nosso país é um problema grave.
Nessa sondagem o PS aparece com 42,4% das intenções de voto. Desceu ligeiramente relativamente a idêntica sondagem feita um mês antes pela mesm empresa e segundo os mesmos critérios.
O PSD aparece com 33% das intenções de voto, embora o seu líder ainda continue com nota negativa. O PSD subiu também ligeiramente.
Houve uma descida do BE e uma subida do CDS, que ultrapassou o BE.
Ora sabemos bem que uma grande parte do eleitorado que vota no PSD concorda com todas as reformas de fundo que Sócrates está a levar a cabo. Concorda mas já se sabe também que quando no poder não teve coragem para as fazer. Compreende-se se virmos que a base social de apoio do PSD não conseguiria impor estas reformas de fundo de Sócrates.
Portanto, além dos 42,4% do PS nesta sondagem pode-se somar à vontade mais 10 ou 20% do eleitorado do PSD e quase todo o eleitorado do CDS, no apoio às reformas de Sócrates, com excepção na questão do aborto. Este eleitorado é fiel ao PSD e ao CDS, mas claramente apoia as reformas de Sócrates. Quem não apoia de certeza são os eleitores do PCP e BE.
Pode-se dizer portanto que, face ao ruído sobre as reformas de fundo de Sócrates, uma confortável maioria do povo português o apoia.
Isto é de uma lógica cristalina.
Então sobre Macau... E sobre lojas...
1. Não foi uma pergunta, pois as perguntas fazem-se de maneira diversa. Não se começa uma pergunta com 'Há quem diga' ou 'O que mais parece...';
2. Trata-se de vontade de emporcalhar, porque se fala de perseguir objectivos escondidos, alguma coisa escondida que o persegue (ao Vitorino) e se desconfia que é a tranquilidade que nem o dinheiro compra;
3. quanto à vontade de exibição, foi o que de mais inocente me veio à ideia, e para não lhe copiar o estilo e desatar a dizer que com a sua opinião me parecia isto ou aquilo. Frontalmente afirmei que se porventura sabia de alguma coisa o dissesse claramente e fugisse das insunuações.
Já agora, e em tempo:
Parecer:
verbo intransitivo
1. ter parecença com; ser semelhante a; ser parecido com;
2. ter determinada aparência;
3. dar mostras de; patentear; evidenciar;
4. tornar-se crível ou provável;
5. afigurar-se;
6. constar;
7. ser verosímil;
verbo reflexo
assemelhar-se (a); ser parecido (com);
substantivo masculino
1. voto;
2. juízo;
3. opinião;
4. aspecto; aparência; presença;
5. opinião jurídica;
6. doutrina;
7. interpretação fundamentada de um professor de Direito, de um causídico, de um juiz;
(Do lat. *parescère, de parére, «aparecer»)
in Dicionário da Porto Editora.