Se os filhos são a maior riqueza à face da terra, devem ser taxados como artigos de luxo
sexta-feira, setembro 30, 2005
O Governo estimula a natalidade em Portugal. Enquanto alija o preço de produtos afrodisíacos como o vinho e o livro do Kamasutra com uma taxa mínima de IVA de 5%, penaliza os pais que abandonam os filhos nos infantários pela bitola máxima de 21%. Bem, alguns merecem uma atenção especial.
Publicado por Nino 21:10:00
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Nessa sondagem o PS aparece com 42,4% das intenções de voto. Desceu ligeiramente relativamente a idêntica sondagem feita um mês antes pela mesm empresa e segundo os mesmos critérios.
O PSD aparece com 33% das intenções de voto, embora o seu líder ainda continue com nota negativa. O PSD subiu também ligeiramente.
Houve uma descida do BE e uma subida do CDS, que ultrapassou o BE.
Ora sabemos bem que uma grande parte do eleitorado que vota no PSD concorda com todas as reformas de fundo que Sócrates está a levar a cabo. Concorda mas já se sabe também que quando no poder não teve coragem para as fazer. Compreende-se se virmos que a base social de apoio do PSD não conseguiria impor estas reformas de fundo de Sócrates.
Portanto, além dos 42,4% do PS nesta sondagem pode-se somar à vontade mais 10 ou 20% do eleitorado do PSD e quase todo o eleitorado do CDS, no apoio às reformas de Sócrates, com excepção na questão do aborto. Este eleitorado é fiel ao PSD e ao CDS, mas claramente apoia as reformas de Sócrates. Quem não apoia de certeza são os eleitores do PCP e BE.
Pode-se dizer portanto que, face ao ruído sobre as reformas de fundo de Sócrates, uma confortável maioria do povo português o apoia.
Isto é de uma lógica cristalina.
Pedidos de aborto atendidos no prazo de duas semanas
Se hospitais disserem não ter capacidade, intervenção será paga pelo Estado no privado.
Legalidade. Ministro Correia de Campos quer que a lei do aborto seja cumprida de modo "célere e imediato"
O ministério da saúde decidiu integrar as interrupções de gravidez na lista das cirurgias prioritárias, determinando que a resposta a qualquer pedido seja efectivada no prazo máximo de duas semanas. "Se o hospital disser que não tem condições para fazer o aborto, a mulher é enviada para o sector convencionado", explica o ministro Correia e Campos, que reserva aos médicos de família e aos centros de Saúde um papel fundamental.
Para o ministro, os médicos dos centros de Saúde podem e devem ser o ponto de partida deste processo, contribuindo para que "tudo se passe em tempo útil, dentro do período legalmente previsto para a intervenção". Assim, competirá a estes clínicos "atestar a necessidade ou não do recurso a uma interrupção da gravidez", referenciando a paciente para os hospitais.
Tendo reconhecido ao DN, em Junho, que "o incumprimento da lei da interrupção da gravidez assume sérias proporções no país", a opção do ministro, escudado em "estudos técnicos encomendados há mais de quatro meses" e numa resolução parlamentar aprovada pela maioria de direita, foi "utilizar aquilo de que já dispomos, ou seja, o sistema de gestão da actividade cirúrgica do Serviço Nacional de Saúde (SNS)". Este sistema permite "a regulação da procura e oferta de cuidados de saúde na área da cirurgia e, nos casos de incapacidade da rede pública, recorrer ao sector privado convencionado".
Consciente do momento político, o ministro admite que "pode haver quem diga que estamos a perturbar o debate sobre o referendo surgindo com uma solução socialmente menos complicada", mas garante "O nosso calendário é independente. Tenho um mandato que a lei e a resolução 28/2004 da Assembleia da República me conferem para tratar dentro ou fora do SNS as interrupções de gravidez previstas na lei. É do que se trata."
Enquanto os camaradas LHO enfiam por ali acima ele vai assobiando para o ar!
PS:Este anónimo dava uma boa caricatura
Ainda não pensou que, caso fosse eleito Presidente da CML, poia criar uma creche-modelo para quem de direito...!