A ratoeira

Aditamento ao postal anterior, em 17.10.08, às 18h, em modo de oportunidade, sobre este assunto que versa a transparência nos negócios do Estado e ainda a tempo, uma notícia do Sol
Os incomodados do costume, escusam de vir aqui, olhar de soslaio e reprovar a putativa insinuação, porque não há insinuação. Há apenas uma notícia que dá conta de que um ministério deste governo, contratou uma empresa de computadores, em detrimento de outra e por um preço, superior em vários milhões de euros.
Perante a notícia, será preciso verificar se há fogo por baixo deste fumo. Até lá, todos são inocentes da piromania. Inclusivé os mensageiros da notícia. Neste caso os jornalistas do Sol.
Mas tomando a preceito o aviso de MJM, é preciso ver agora, já, o que se passou, para que não fique a suspeita de corrupção, neste contrato. Só isso. E nada mais do que isso. Muito menos a insinuação que houve. Perguntar destas coisas, ao Governo, nos jornais e blogs, não deve merecer qualquer censura preventiva, porque o silêncio, neste caso, não será de ouro.
É bom que se repisem estas noções, com o cuidado de quem caminha em cima de ovos, para que não venham pressurosos, os do costume, gritar aqui d´el rei, que no submundo, andam a agitar difamações e maledicências caluniosas.
Basta! Essa conversa, não tem sentido, quando os jornais publicam coisas destas.
A indignação da Acer, pode ter apenas o fundamento do despeito, de um concursante que perdeu um negócio. Tal como acontece noutros casos.
Porém, quando o fundamento da indignação, passa por um diferencial de 15 milhões de euros, torna-se imperioso perceber o que aconteceu e que justificação dará o ministério para tal. Só isso também.
Nota, ainda a tempo: na notícia do Sol, admitem-se comentários. Nalguns deles, referee-se explicitamente, problemas de eventual corrupção. Outros, justificam oi negócio, com base no péssimo serviço da Acer. É assim, nos blogs. Uma vergonha, às vezes. Mas lugares onde as pessoas se podem exprimir. Com alguma liberdade, ainda. Por enquanto.
Assim, o lead da notícia:


A 16 de Outubro, o Ministro da Educação adjudicou o contrato para o fornecimento de computadores desktop e serviços relacionados à Hewlett Packard.«Para os requisitos técnicos exigidos, o Governo teve opções significativamente menos onerosas, a saber, a Acer Computadores's, que apresentou uma proposta de menos 15 milhões de euros do que a HP», afirma a Acer em comunicado.A Acer interroga até que ponto é «aceitável que, neste momento de crise, o Governo Português gaste fundos públicos quando existe uma solução que satisfaz todos os requisitos técnicos por um custo significativamente menor».Em consequência da decisão tomada pelo executivo nacional, a Acer está a ponderar adoptar medidas judiciais contra o Governo Português, em Portugal e em Bruxelas.

Publicado por josé 18:11:00  

2 Comments:

  1. Ritinha said...
    Não sei de haverá ratice, mas lá que cheira a queijo, cheira.
    Serão as novas tecnologias, os ratos destes computadores gastarão energias alternativas...
    Fernando Martins said...
    Caro José:

    Já que está a comentar as negociatas do nosso Governo, não quer inteirar-se e comentar aqui outra muito divertida?

    Explicada em poucas palavras, a Avaliação dos Docentes implicava delegação de competências, que eram reguladas pelo artigo 37.º do Código do Procedimento Administrativo. Como o DR não dava vazão aos pedidos de publicação (que seriam dezenas de milhares...) o nosso Governo e as suas mentes iluminadas vão retirar essa exigência (com retroactividade...) no ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO de 2009...!

    Pode ler sobre o assunto em:

    http://educar.wordpress.com/2008/10/17/olhem-me-como-querem-contornar-a-delegacao-de-competencias-no-dr/

    http://www.profblog.org/2008/10/ao-que-eles-chegaram-o-medo-que-eles-tm.html

    http://www.profblog.org/2008/10/so-diablicos-pensam-em-tudo-para-tramar.html

    http://www.profblog.org/2008/10/e-esta-hem-objectivo-superado-conseguir.html

    http://ciencias-correiamateus.blogspot.com/2008/10/avaliao-de-docentes-delegao-de.html

    Depois, se quiser pode apagar este comentário... e continue a ser a voz crítica que não se cala neste monde de imundice em que querem transformar o nosso país.

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