A urdidura misteriosa
terça-feira, setembro 02, 2008
Sobre o caso do dia, nos telejornais da noite, o regabofe noticioso do costume.
Na Sic, Paulo Pedroso falou em discurso directo, para dizer o expectável; o seu advogado ,em diferido, tal como o próprio primeiro-ministro, com ar notoriamente satisfeito.
São citados em discurso diferido, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues e outros.
Todos comentam alegremente, a justiça da decisão e reafirmam a inocência absoluta e indubitável do visado, a indecência da acusação e o "erro grosseiro", da prisão.
A justiça funcionou, para gáudeo geral!
E as vítimas da Casa Pia? E quem as defendeu? E quem investigou? E quem apreciou os depoimentos?
Bem, esses não são notícia, no dia de hoje. Parece, aliás, que nunca o foram, para determinados media.
As vitimas, neste caso, nunca existiram. Por isso, não interessa nada ouvir quem não existe.
O juiz Rui Teixeira, apanhado como de costume, esquiva-se a respostas para além da escusa em comentar. O avogado das vítimas, esclarece que a sentença não confere atestado de inocência ou culpabilidade, como se fosse preciso realçar tal facto.
E mais nada e mais ninguém.
A mensagem que fica?
Um sucesso político, contra a urdidura misteriosa que não tardará em desmontar-se.
Misteriosamente, toda a gente aceita que um político , de partido de poder executivo, tem direito irrenunciável a um estatuto público de atenção diferenciada. Um poder que lhe confere o direito à igualdade entre os pares, separada dos demais cidadãos.
Um direito a um emprego público ou a vários; a atenções variadas de cargos de poder e influência e de carreira assegurada, apenas porque merece e a solidariedade político-partidária assim o confere e o grupo assim o exije.
No Portugal político do séc XXI, ainda se vive assim.
Na Sic, Paulo Pedroso falou em discurso directo, para dizer o expectável; o seu advogado ,em diferido, tal como o próprio primeiro-ministro, com ar notoriamente satisfeito.
São citados em discurso diferido, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues e outros.
Todos comentam alegremente, a justiça da decisão e reafirmam a inocência absoluta e indubitável do visado, a indecência da acusação e o "erro grosseiro", da prisão.
A justiça funcionou, para gáudeo geral!
E as vítimas da Casa Pia? E quem as defendeu? E quem investigou? E quem apreciou os depoimentos?
Bem, esses não são notícia, no dia de hoje. Parece, aliás, que nunca o foram, para determinados media.
As vitimas, neste caso, nunca existiram. Por isso, não interessa nada ouvir quem não existe.
O juiz Rui Teixeira, apanhado como de costume, esquiva-se a respostas para além da escusa em comentar. O avogado das vítimas, esclarece que a sentença não confere atestado de inocência ou culpabilidade, como se fosse preciso realçar tal facto.
E mais nada e mais ninguém.
A mensagem que fica?
Um sucesso político, contra a urdidura misteriosa que não tardará em desmontar-se.
Misteriosamente, toda a gente aceita que um político , de partido de poder executivo, tem direito irrenunciável a um estatuto público de atenção diferenciada. Um poder que lhe confere o direito à igualdade entre os pares, separada dos demais cidadãos.
Um direito a um emprego público ou a vários; a atenções variadas de cargos de poder e influência e de carreira assegurada, apenas porque merece e a solidariedade político-partidária assim o confere e o grupo assim o exije.
No Portugal político do séc XXI, ainda se vive assim.
Publicado por josé 20:15:00
17 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bem, esses não são notícia, no dia de hoje. Parece, aliás, que nunca o foram, para determinados media." Que eu saiba, lendo os "erros grosseiros" cometidos, e já se percebiam/intuíam pela má acusação do MP/PJ, que PPedroso foi vítima de uma péssima investigação do MP/PJ. Custa ao MP/PJ e à Grande Loja? Parece que sim. Repetimos: não houve indícios para levar PPedroso a julgamento, esteve detido quatro meses, o Estado vai ressarci-lo (se o recurso vergonhoso do MP - como era no caso do Aquaparque, sem que ninguém aí estivesse detido - não for aceite). Isto é um facto: esperemos que o MP/PJ nunca "vejam" ou ouçam pessoas a dizer que o josé se portou mal, sem qualquer fundamento (leu a acusação sobre PPedroso e Herman? Leu pois...). Nesse dia, deixa de ter direito a protestar. Só deve perguntar pelas vítimas. Tanta sanha contra PPedroso é intrigante...
Ou o Marujo sabe quem foi o abusador?
Se fosse assim tão simples, tão plano e tão maniqueista, era uma maravilha. Mas não é.
Há vários indivíduos que acusaram o dito cujo de malfeitorias sexuais.
O depoimento dessas pessoas, vale ou não vale alguma credibilidade?
Não é uma nem duas. São várias.
Não discuto se os elementos indiciários recolhidos são prova suficiente para uma condenação. ALiás, a decisão da Relação ( com um voto de vencido, é bom que se diga), foi no sentido de que não eram suficientes.
Aceito juridicamente essa decisão.
O que não aceito é o branqueamento completo que se faz a partir daqui, como se os ofendidos não existissem, o que eles dizem fosse completamente falso e que o caso fosse uma enorme urdidura política, como agora nos querem fazer crer.
Isso, não aceito, porque tenho também confiança nas dezenas de pessoas que acreditaram nas vítimas e não acreditaram no arguido.
Mesmo que este não seja julgado por insuficiência de indícios, o que se conhece, é mais do que suficiente, para que politicamente uma pessoa assim, desapareça da cena política, para sempre.
A política não tem que ser uma obrigação ou uma teimosia de quem a ela se quer dedicar por achar que tem um direito inalienável a mandar nos outros. E um partido político, deve expurgar do seu seio todos aqueles que não preenchem os requisitos mínimos para o exercício da função.
E um indivíduo, por muito importante que seja, que tenha sido apontado como abusador sexual, mesmo que de facto o não seja, mas que não tem forma de comprovar a sua completa inocência ( como os de Outreau comprovaram), deve afastar-se ou ser afastado da política.
A política não suporta estas dúvidas que se levantaram- mesmo de modo injusto.
A política não é um emprego para a vida. Por isso, aquilo a que assisto mete-me nojo.
Principalmente, porque vejo que à volta do tal indivíduo rodopiam outros que não têm estes critérios de ética política e a entendem como uma ocupação permanente e de direito próprio e inalienável.
É só essa a minha opinião.
Mas, igualmente têm de preocupar-se se decidirem não prender, à cautela ...
A verdade é que parece ter caído na rua a aplicação da lei ...
Importando definir à luz desta nova realidade o que é o princípio da independência da magistratura e o que é o princípio da imparcialidade.
Perdoar-me-ão a extensão deste comentário, mas gostaria de partilhar uma situação que pelos seus contornos é elucidativa do que pretendo expressar .
-- Uma Força Policial alertada por uma Comissão de Protecção de Crianças leva a um Tribunal esta situação - Paulo Pedreiro supostamente abusaria sexualmente da sua enteada de 11 anos e esta engravidara.
A menina aparentava sinais exteriores de gravidez. Porém não lhe foram feitos exames.
Não havia testemunhos presenciais dos abusos.
A mãe da menina diz que seu marido Paulo Pedreiro é homem de honra impoluta incapaz de tal acto.
Paulo Pedreiro "desaparece" com a menina. Anda a monte, incerto e sem contacto. Várias entidades o procuram .
As técnicas sociais temem que ele force a enteada a um aborto ou ocorra um parto não assistido e quem sabe a morte de ambas as crianças.
Pede-se um mandado de detenção ao Magistrado.
Que fazer ?
Será que Paulo Pedreiro é afinal um homem honrado e os mandados devem ser " vestidos ao Magistrado"?
E se o Magistrado não mandar deter e a criança morrer, quem é responsabilizado ?
Talvez isto sirva para reflectir pelo menos que é fundamental, imprescindível a um Estado de Direito que um Magistrado decida em consciência com os dados e as necessidades que tem, à margem de pressões de qualquer outra natureza que não os critérios legais e a sua consciência.
A liberdade é cara sempre, porém a liberdade de decidir com independência e em consciência , caríssima , sendo que o seu inverso pode ter custos muitos elevados e imprevisíveis.
Já agora, para quem tenha a curiosidade, este Paulo simplesmente Pedreiro foi condenado com trânsito em julgado.
E nasceu outra menina que até quis perfilhar...
Enfim...
Algo positivo, ao fim ao cabo...
Com os meus cumprimentos e um muito obrigado ao José por abordar este assunto aqui neste Espaço...
Todavia, não me oponho que divulgue todos os processos do Paulo Pedroso para podemos aquilatar da bondade das duas decisões opostas, demais a mais, seríamos nós a pagar a indemnização, não é verdade?
E deste facto tenho a certeza. Agora os marujos pedem certezas de aos outros, acerca da credibilidade dos abusados, quando preferem acreditar no menos recomendavel.
Será que o caso foi abordado com o acusado despojado da sua carga política?
ahhahaha
vem par aqui com tretas a defender porcarias e ainda bufa
Isto 'e sempre assim. Fala-se em porcairas e aparecem todos.
Tambem es avatar do Muito Mentiroso, 'o palerma? 'e que tu no ,meu blogue 'e que j'a nao cagas mais que te apanhei o IP.
E no do Dragao tambem ja te lixaste com o haloscan
Toda a gente que por ca anda ha mais tempo sabe que andei pelo pastilhas e depois pela Janela Indiscreta e Radicais Pela 'Etica. S'o depois fiz o Cocacnha.
De que 'e que me tinha de envergonhar na particiapacao nestes blgogues, 'o meu analfabruto?
Para alem de assainares com varios nicks e seres sempre o mongo do parroto a largar pevide, que cartao de visita 'e que apresentas? ora mostra l'a as habilidades, para todos aferirmos os talentos do Parroto