"Activos extravagantes"
sexta-feira, setembro 12, 2008
Vindo do Correio da Manhã e tirado daqui, este texto curto e de significado estonteante, assinado por um Eduardo Dâmaso que não quis ser outro Cerejo, como precisávamos e continuamos a precisar, como de pão para a boca da nossa democracia:
O Banco Português de Negócios anunciou que vai vender aquilo a que chama "activos extravagantes". O que o BPN quis dizer, através do seu presidente Miguel Cadilhe, foi que tem para lá uma ‘tralha’ - dezenas de milhões de euros em quadros, jóias faraónicas e moedas comemorativas do Euro’2004, que o BPN não vendeu - que exprime negócios duvidosos, no mínimo, e que agora de nada lhe serve a menos que seja convertida em dinheiro.
Ora, estes "activos extravagantes" – belo eufemismo no mais puro economês – mereciam um pouco mais de esclarecimento. As moedas do Euro’2004 que o Banco de Portugal se dispõe voltar a receber vão ser pagas pelo erário público? Presumindo que será uma operação financeira, a que título é que oEstado vai encaixar um prejuízo do BPN? E porquê do BPN e não de outro banco ou instituição qualquer?
É uma operação de apoio por baixo da mesa a um banco em dificuldades? Nada acontece aos responsáveis por tão ruinosas operações de gestão? Foi uma operação encoberta de financiamento do Euro’2004? Será, agora, conveniente ajudar um dos mais obscuros e opacos bancos portugueses porque nele estão ou estiveram algumas figuras da política e da justiça?
Tratando-se de dinheiros públicos, convinha que alguém da vetusta instituição explicasse alguma coisa sobre estes "activos extravagantes".
EDUARDO DÂMASO CORREIO DA MANHÃ 12.09.2008
Ora, estes "activos extravagantes" – belo eufemismo no mais puro economês – mereciam um pouco mais de esclarecimento. As moedas do Euro’2004 que o Banco de Portugal se dispõe voltar a receber vão ser pagas pelo erário público? Presumindo que será uma operação financeira, a que título é que oEstado vai encaixar um prejuízo do BPN? E porquê do BPN e não de outro banco ou instituição qualquer?
É uma operação de apoio por baixo da mesa a um banco em dificuldades? Nada acontece aos responsáveis por tão ruinosas operações de gestão? Foi uma operação encoberta de financiamento do Euro’2004? Será, agora, conveniente ajudar um dos mais obscuros e opacos bancos portugueses porque nele estão ou estiveram algumas figuras da política e da justiça?
Tratando-se de dinheiros públicos, convinha que alguém da vetusta instituição explicasse alguma coisa sobre estes "activos extravagantes".
EDUARDO DÂMASO CORREIO DA MANHÃ 12.09.2008
As perguntas que se impõem, neste como noutros casos, é o que fazem as instâncias de Supervisão oficiais e as oficiosas, mormente os media televisivos, perante um escândalo deste calibre.
Além do mais, o referido Miguel Cadilhe, é apontado como uma das reservas do PSD. E o Vítor Constâncio já sabemos quem é. Em parte, pelo menos. Desde o caso curioso do BCP.
Publicado por josé 14:56:00
2 Comments:
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O Zé até nisso étem sido explorado indecentemente.Compre e guarde que amanhã terá um tesouro de "fazer de conta"...