Justiça à portuguesa (III)
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Procuradores do DIAP Porto querem vir a público contar a sua versão sobre o arquivamento do processo de Ricaro Bexiga: Requerimento a Pinto Monteiro está no SOL
EX.MO SENHOR
CONSELHEIRO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
LISBOA
EXCELÊNCIA
A Directora do DIAP do Porto e os Magistrados do Ministério Público, em serviço neste Departamento, abaixo identificados, vêm solicitar, nos termos do disposto 84º, n.º 1 do Estatuto do Ministério Público, se digne autorizá-los a emitir uma comunicação para a Imprensa, para defesa da sua honra e reposição da verdade dos factos, face às últimas notícias veiculadas nos diversos órgãos de comunicação social, quer escrita quer falada, e pelas declarações prestadas a tais órgãos pelo DR. RICARDO MANUEL DA SILVA MONTEIRO BEXIGA.
Esta solicitação é efectuada após um ano de insistentes afrontas à dignidade e honra profissional de todos estes Magistrados, propaladas pelos diversos órgãos de comunicação social, a respeito de vários inquéritos que correram termos neste Departamento e que, pelo dever de reserva, que deve ser apanágio dos Magistrados, os têm forçado ao silêncio que, neste momento, se tornou intolerável.
Cientes da compreensão de V.EX.ª, esperam deferimento.
Publicado por Carlos 22:35:00
Que seja por bem.
É certo e sabido que antes de se disparar temos de ter a certeza que do outro lado não nos vêem e/ou não podem retaliar, mas o frenesim tolhe por vezes os sentidos...
Eu, por mim, gostava de perceber.
Melhor era fazerem isso e informar em conformidade, do que continuarmos neste jogo de insinuações! (ou continuarmos à espera da conclusão do inquérito dirigido pelo ex- vice PGR Agostinho Homem...)
O MP não é, nem nunca foi uma tropa. Nem sob Salazar o foi.
Não entender isto, releva de um défice de formação cívica e até democrática.
É grave, mas é generalizado.
Só adianto uma razão para que o MP não seja uma tropa em que o general dá ordens e os sargentos baixam as orelhas: os assuntos sob alçada do MP são demasiado sérios para os cidadãos em geral, para se permitir que um general possa fazer o que bem entende, mesmo dentro dos limites da lei ( que o mesmo passaria a interpretar...).
É uma garantia para os cidadãos que o MP não seja uma tropa.
Como o governo também não é. Ou os deputados na AR...