Um comentário político
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Segundo o blog Do Portugal Profundo, Paulo Pedroso, pelos vistos, apresentou uma queixa crime, no DIAP de Lisboa, contra este blog, porque aqui , alguém ou alguns, “ haviam escrito posts e feito comentários (…) em que o alvo seria o queixoso por causa dos factos investigados no chamado processo Casa Pia”.
A queixa crime apresentada, foi depois acompanhada ( com procuração nos autos) pelos advogados João Pedroso ( reforçada e recentemente celebrizado, por causa de um estudo encomendado pelo ministério da Educação, em função do qual terá recebido milhares de euros) e Celso Cruzeiro ( advogado, também, de Ferro Rodrigues) tendo sido dirigida, pelos vistos, “ contra os autores do crime de difamação, nomeadamente os responsáveis do blog "Grande Loja do Queijo Limiano", cujas declarações atentatórias da sua consideração e honra, foram sendo publicadas no blog mencionado ao longo dos nos de 2003 e
Pelos vistos também, enganaram-se na identificação dos destinatário da queixa, confundindo os autores dos tais “posts e comentários” com um outro blogger, de um outro blog, precisamente o Do Portugal Profundo, cujo autor, António Balbino Caldeira, os accionou civilmente, ganhando a acção, como agora se verifica.
Duas ou três notas, a este propósito:
Em 2003 e 2004, foram escritos centenas ou mesmo milhares de textos, a propósito do tal processo Casa Pia e dos arguidos nele envolvidos, nos diversos meios de comunicação social. Neste blog, naturalmente, escreveu-se sobre esse assunto .
Desafio quem quer que seja, a encontrar em textos escritos, aqui neste blog e da responsabilidade dos seus autores, algo que denote inequivocamente, a opinião definitiva, acerca da culpabilidade de qualquer um dos arguidos do referido processo. Escrevi “inequivocamente”, “definitiva” e “culpabilidade”.
Desafio ainda quem quer que seja, mormente os tais queixosos, a demonstrar que neste blog se avançou mais, em termos de texto de postal e de comentário, do que a acusação deduzida pelo Ministério Público avançou em termos indiciários. E ainda nos termos do recurso interposto pelo Ministério Público de Portugal, contra o referido arguido, ou outros, sustentando a sua submissão a julgamento, tal como outros o foram. E ainda, nos termos do voto de vencido , no acórdão que determinou a sua não submissão a julgamento.
Foi esso o limite do comentário e dos factos apresentados por escrito neste blog, ao longo de 2004, altura das ocorrências. Entender outra coisa, dá nisto que agora se vê.
Se os visados não aceitam textos que veiculem opiniões e factos - que obviamente lhes não agradam- definidos pelas instâncias judiciárias, em modo indiciário e o relato que delas fizeram, muitos órgãos de comunicação social, num sentido ou noutro, então, têm um caminho: retirem-se das actividades políticas, definitivamente. Para sempre. Tornem-se anónimos.
O país agradece o contributo desinteressado e podem sempre dar lugar a outros que não têm problemas deste teor. Em política, o que parece é. E não é uma carreira profissional de carácter obrigatório.
Publicado por josé 21:49:00
Pois não; mas torna-se uma forma de vida que dela não prescindir...
Feio e profundamente lamentável.
Provável erro estratégico. Não ?!...
Por outro lado , isto dá uma imagem da dimensão e da importância da GLQL enquanto instituição que "forma opinião".
É sem dúvida o reconhecimento desta ideia, já que falar sobre este tema todos falámos ...
Depois é isso mesmo : quando alguém tem visibilidade pública corre o risco de lhe serem vistas coisas que não gosta. E ainda que o defeito possa estar eventualmente nos olhos de quem vê,esse é sempre um risco assumido por quem se expõe à opinião pública.
Calar as pessoas ou tentá-lo, não amordaçará neurónios a ninguém.
As pessoas esquecem que a imagem se forma na mente, não na língua que apenas a veicula, eventualmente ...
Saudações amigas
Maria