Marinho entre os advogados

Pegando numa crónica de Manuel António Pina que há muito não citava:

Foi conhecido um estudo realizado pela Gallup para o Fórum Económico Mundial que revela que quase metade (48%) dos portugueses considera os políticos desonestos. Abra-se também um inquérito aos portugueses.

Repescando ainda as declarações de Marinho e Pinto, sobre o assunto do costume e particularmente as avenças do Estado a escritórios de advocacia, trazemos na mesma rede as do antigo bastonário José Miguel Júdice que comentou hoje aquelas, em modo altamente depreciativo, dizendo que este bastonário vai ser a desgraça da classe...

Seja ou não, importaria voltar a perguntar ao antigo bastonário Júdice, que faz parte de uma notória sociedade de advogados, a PLMJ, relativamente à qual já defendeu dever ser uma das três avençadas permanentes do Estado ( e por isso levou com um processo na Ordem), o seguinte:

Será possível saber quanto é que o Estado português pagou, concretamente àquela sociedade de advogados, desde finais de 2003, através da Parpública, para acompanhar o processo negocial de uma privatização da Galp que nunca chegou a concretizar-se?

O requerimento do deputadodo PS, António Galamba, efectuado no Parlamento, dirigido ao governo de então, jamais obteve resposta pública. Mencionava honorários àquela sociedade da ordem do milhão de dólares de quinze em quinze dias… como é que foi isto?

E para não cingir estas coisas apenas a um lado, mesmo que esteja no centro, importaria também saber como é que em finais de 2005 entrou no sector, na Galp Energia que contratou a sociedade de advogados de António Vitorino,- a Sociedade Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados (GPCB), para assessoria nas conversações em curso, sobre a reestruturação da Empresa.

Quanto é que o Estado gastou com estas assessorias?

Perguntas fáceis para respostas ainda mais fáceis. Haja vontade de as dar ou coragem de as exigir. No Parlamento, pois claro.

Publicado por josé 19:19:00  

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