Spice people

Edição impressa do Público de hoje:



Edição online do Público de hoje:


A maioria dos eleitores venezuelanos, votou não no referendo às propostas de alteração constitucional de Hugo Chávez.

Os título do Público, por vezes, têm um teor ligeiramente discrepante que irritam o mais fleumático dos leitores. Hoje, mas ontem à noite, um responsável no jornal, escreveu que a Venezuela teria dito "sim" no referendo proposto por Chávez, para revolucionar o regime político do país.
Hoje, escrito também no Público, já com resultados conhecidos, já se sabe que a Venezuela disse "não".
O Público, amanhã, deve escrever na primeira página: "desculpem". E explique como é e quem é, que faz estes e outros títulos, de igual modo, enganadoramente irritantes.

A Atlantic deste mês, tem um pequeno artigo assinado por Michael Hirschorn, em que trata o problema do jornalismo que está a ficar sem leitores, por causa das novidades que se conhecem de antemão, em vários lugares, com destaque para a Rede. E acrescenta que não adianta nada, os jornais impressos, porem-se a competir, com a velocidade das notícias que circulam na Rede.
De facto, nunca ganharão a corrida, porque é o mesmo que pôr um caracol, ao lado de uma lebre na corrida dos cem metros. E a fábula aqui, nem conta.
Hirschorn, aponta ainda a vantagem competitiva dos jornais impressos: dar aos leitores temas de interesse, baseados nos interesses dos leitores e não exclusivamente no interesse dos editores que pressupõem o putativo interesse daqueles.
E aponta o caminho: o valor acrescentado às notícias, com reportagem de fundo, narrativas sólidas, pontos de vista distintos e análise apurada.
É nisso, porventura que o Público deveria apostar.
Se tivesse tempo para fazer um cartoon, era assim que mostraria a situação: a edição online do Público, a rir-se da impressa...
ADITAMENTO, em 4.12.2007:
Uma entidade colectiva no Público, A Direcção Editorial, assina hoje, na edição impressa do jornal, um pedido de desculpas aos leitores, pelo erro do título de ontem. A Nota da Direcção, não tergiversa e vai ao ponto certo: o título deveria ter atribuído o "sim", às sondagens.
Por mim, aceito as desculpas. Mas sabe-me a pouco. Gostaria de ter lido uma explicação um pouco mais detalhada sobre o modo como se compõem certos títulos e se de facto, vão a sufrágio colectivo da tal direcção, ou se serão como certos acórdãos dos tribunais, em que um juiz relata e os outros assinam...de cruz.
Por outro lado, percorrendo as páginas do jornal, não se vislumbra indicação da tal "direcção editorial", a não ser a quem vem no fronstespício do título do jornal. Aí, figuram três nomes: José Manuel Fernandes, Nuno Pacheco e Manuel Carvalho. São estes os nomes da tal direcção editorial?

Publicado por josé 18:33:00  

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