Escritores, há muitos!
sábado, novembro 24, 2007
Do Expresso publicitário, de algumas semanas atrás, ao Público crítico de hoje, a distância da razão crítica.
Para VPV, Sousa Tavares, nem estilo de escrita tem. "Escreve como quem escreve um relatório: directamente, com a mesma luz branca e monótona para tudo". "Resumos do que sucedeu em Portugal e no mundo (...) são de um primarismo, de uma banalidade e de uma ignorância que não permitem o mais vago entendimento do que se passou." " Sousa Tavares precisa de "encher" o romance, de o "enchumaçar". (...) Há passagens que quem se deu ao trabalho de ler a bibliografia percebe muitas vezes donde foram "tiradas".
Mas há mais, muito mais na escrítica de VPV, no Público de hoje, ao longo das quatro páginas da P2 que lhe são consagradas. Para guardar, claro. Com a advertência final, que se subscreve: "discuti neste artigo um livro e um autor, não estou disposto a discutir a minha pessoa ou a pessoa de Sousa Tavares".
Sobre esta última frase, é que já não tenho bem a certeza. A reacção, aposto, não vai ser à escrítica. Veremos, no entanto.
Seu Tavares, não vai gostar disto e a brigada do marketing vai atacar de novo. O dinheiro, é a questão. Como dizia Frank Zappa, há quarenta anos, [They] "are only in it for the money"
Para VPV, Sousa Tavares, nem estilo de escrita tem. "Escreve como quem escreve um relatório: directamente, com a mesma luz branca e monótona para tudo". "Resumos do que sucedeu em Portugal e no mundo (...) são de um primarismo, de uma banalidade e de uma ignorância que não permitem o mais vago entendimento do que se passou." " Sousa Tavares precisa de "encher" o romance, de o "enchumaçar". (...) Há passagens que quem se deu ao trabalho de ler a bibliografia percebe muitas vezes donde foram "tiradas".
Mas há mais, muito mais na escrítica de VPV, no Público de hoje, ao longo das quatro páginas da P2 que lhe são consagradas. Para guardar, claro. Com a advertência final, que se subscreve: "discuti neste artigo um livro e um autor, não estou disposto a discutir a minha pessoa ou a pessoa de Sousa Tavares".
Sobre esta última frase, é que já não tenho bem a certeza. A reacção, aposto, não vai ser à escrítica. Veremos, no entanto.
Seu Tavares, não vai gostar disto e a brigada do marketing vai atacar de novo. O dinheiro, é a questão. Como dizia Frank Zappa, há quarenta anos, [They] "are only in it for the money"
Publicado por josé 12:45:00
9 Comments:
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O problema não é o de os MST darem às pessoas o que elas eventualmente querem. É o dos MST não saberem dar melhor do que o que dão.
MST vende livros pela imagem pública que tem, de aparecer na TVI ( devia ser ele a pagar a intervenção semanal, em vez de ser a TVI a pagar-lhe a ele).
Se MST não interviesse no espaço público com a visibilidade que lhe deram, não vendia nada de especial, tenho a certeza absoluta disso.
Isto vale para o José Rodrigues dos Santos e outros mediáticos como o Pacheco Pereira por exemplo.
É esse oo segredo de polichinelo: o domínio do espaço de visibilidade pública traz rendimentos a quem dele usufrui e é por isso que cada vez mais aparecem estes escitores de meia tigela.
Aliás, eles limitam-se a aproveitar a publicidade gratuita de que dispõem.
Por isso, torna-se obrigatório desconstruir estes mitos e denunciar a aldrabice do que escrevem, apontando-lhes os defeitos visíveis.
Para que não passe gato por lebre.
o facto, é que há quem dê às pessoas muito melhor do que aquilo que dão o MST e todos os MSTs, e as pessoas não querem esse melhor. As edições de literatura a sério, de música a sério, têm tiragens reduzidíssimas. Os seus criadores, têm de fazer outras coisas para sobreviverem, literalmente. O mal não está nos escritores nem nos compositores e músicos. Sempre houve e sempre haverá, bons, maus e péssimos, escritores, compositores e músicos. O mal está em quem consome, que geralmente opta pelo mau em detrimento do bom.
Não creio que seja assim. Citando outra vez Frank Zappa, nos anos oitenta ( morreu no início dos 90), numa entrevista à revista Musician, dizia que o problema reside da exposição pública, no marketing exagerado em relação a uns certos e determinados e na redução de anúncios em relação a outros.
O problema aqui, reside singularmente num fenómeno: MST é um escritor medíocre, sem dúvida alguma. Mas tem a exposição publicitária que lhe advém da imagem que soube cultivar ou teve a sorte de usufruir. Isso é tudo, em relação aos MST e outros apresentadores de tv que vendem livros, como quem vende sabonetes.
Estou a ler um livro sobre o mesmo período que MST trata, escrito por um desconhecido. As primeiras páginas chegam para dar a entender que há quem escreva muito melhor do que MST e não tenha a mínima exposição mediática.
Os livros estão nas livrarias, são cada vez mais os autores publicados, mas ao mesmo tempo, as editoras dão atenção a certos nomes, para vender. Simplesmente vender.
Diz-se que o livro de MST já esgotou a primeira edição de 100 mil exemplares. Pudera! Nos primeiros dias, a Bertrand, por exemplo, colocou nas montras pilhas e pilhas do tal Rio das FLores desancado sem dó nem piedade por VPV. Claro que vende.
Ia dizer: ainda bem que vende, porque isso é essencial para que as editoras possam sobreviver e publicar outros autores.
O problema, depois, como dizia Zappa, é que não se publicitam nem se dá espaço de amostragem, pelo que tudo se transforma num círculo vicioso: o público consome o que lhe dão, porque não lhe dão outra coisa, nem lha mostram sequer. E os críticos, entrevistadores de tv e publicistas entram no jogo da cabra cega.