os abusadores
sábado, junho 16, 2007
Nos primeiros meses de 1970, o presidente Nixon, decidiu enviar tropas para o Cambodja, no âmbito da guerra no Vietname.
O anúncio da decisão provocou largos protestos entre os estudantes universitários e no dia 4 de Maio de 1970, no campus da universidade de Kent State, a manifestação de estudantes, espontânea, redundou em violência. A polícia, a Guarda Nacional, interveio e eventualmente em pânico, disparou, matando quatro estudantes.
O acontecimento provocou a indignação de milhares, entre os quais, o músico Neil Young que escreveu logo uma canção a propósito da tragédia e o fotógrafo John Filo ganhou o prémio Pulitzer com a foto supra.
Neil Young, músico canadiano e que integrava o grupo Crosby Stills, Nash & Young, compôs imediatamente, Ohio, logo gravada pelo grupo , então em alta musical.
A canção de protesto, saída poucos dias depois do acontecimento, começou a passar na rádio e tornou-se um êxito imediato.
Nessa altura, o poema da canção citava o nome do presidente Nixon, explicitamente, como um responsável pela chacina. Uma infâmia! Pensaram e disseram os políticos do momento de então. E do pensamento à acção, nessa altura, mediava apenas a distância de um disparo. O disco foi imediatamente proibido de passar nas rádios do Estado de Ohio, pelo governador, com o pretexto louvável de evitar mais violência.
Há sempre um pretexto recomendável, para estas filantropias.
Apesar da recomendação censória, o disco vendeu mais do que seria de esperar e os compradores do single original ficaram ainda com uma cópia do artigo Primeiro do Bill of Rights: aquele que garantia a liberdade de expressão. Não consta que Neil Young ou os CSNY tenham sido alvo de acções cíveis ou criminais, pela ousadia, no entanto.
Dois anos depois, aparecia o caso Watergate, já por aqui glosado algumas vezes e que tem a ver com o mesmo tema: a liberdade de expressão, neste caso, na imprensa.
Também nessa altura, os jornalistas foram tidos como caluniadores, reles mentirosos e abusadores da liberdade de expressão. Nixon, aliás, tinha ganho substancialmente as eleições, em Novembro de 1973, com uma maioria absolutamente confortável que apenas durou até 8 de Agosto de 1974. Nesse dia, confessou-se como mentiroso e abandonou o cargo…
O anúncio da decisão provocou largos protestos entre os estudantes universitários e no dia 4 de Maio de 1970, no campus da universidade de Kent State, a manifestação de estudantes, espontânea, redundou em violência. A polícia, a Guarda Nacional, interveio e eventualmente em pânico, disparou, matando quatro estudantes.
O acontecimento provocou a indignação de milhares, entre os quais, o músico Neil Young que escreveu logo uma canção a propósito da tragédia e o fotógrafo John Filo ganhou o prémio Pulitzer com a foto supra.
Neil Young, músico canadiano e que integrava o grupo Crosby Stills, Nash & Young, compôs imediatamente, Ohio, logo gravada pelo grupo , então em alta musical.
A canção de protesto, saída poucos dias depois do acontecimento, começou a passar na rádio e tornou-se um êxito imediato.
Nessa altura, o poema da canção citava o nome do presidente Nixon, explicitamente, como um responsável pela chacina. Uma infâmia! Pensaram e disseram os políticos do momento de então. E do pensamento à acção, nessa altura, mediava apenas a distância de um disparo. O disco foi imediatamente proibido de passar nas rádios do Estado de Ohio, pelo governador, com o pretexto louvável de evitar mais violência.
Há sempre um pretexto recomendável, para estas filantropias.
Apesar da recomendação censória, o disco vendeu mais do que seria de esperar e os compradores do single original ficaram ainda com uma cópia do artigo Primeiro do Bill of Rights: aquele que garantia a liberdade de expressão. Não consta que Neil Young ou os CSNY tenham sido alvo de acções cíveis ou criminais, pela ousadia, no entanto.
Dois anos depois, aparecia o caso Watergate, já por aqui glosado algumas vezes e que tem a ver com o mesmo tema: a liberdade de expressão, neste caso, na imprensa.
Também nessa altura, os jornalistas foram tidos como caluniadores, reles mentirosos e abusadores da liberdade de expressão. Nixon, aliás, tinha ganho substancialmente as eleições, em Novembro de 1973, com uma maioria absolutamente confortável que apenas durou até 8 de Agosto de 1974. Nesse dia, confessou-se como mentiroso e abandonou o cargo…
Publicado por josé 19:27:00
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