obituário

José Luís Saldanha Sanches
Ouvi ontem o Doutor José Luís Saldanha Sanches na SIC Notícias.
A propósito do assunto não vou entrar no «diz tu direi eu», nem usar os blogs a que estou ligado para discutir o caso. Já o disse.
Só quero deixar aqui três breves apontamentos para quem quiser saber, a bem da verdade.
Primeira: antes de se doutorar pela mão do Professor Soares Martinez, Saldanha Sanches foi meu aluno na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, onde lhe fiz exame de Processo Penal, tendo a elevada nota premiado o apreço que tive pelas suas provas. O facto de quer agora, quer em anterior entrevista à RTP-2, uma das muitas que tem dado sobre a matéria, forçar a ideia de que nem do meu nome se recorda, deve ser interpretado a esta luz. Cada um que conclua.
Segunda: tentando apoucar a minha iniciativa, o Doutor Saldanha Sanches declara que eu pretendia que parasse tudo e todo o MP fosse constituído arguido. Na denúncia criminal que apresentei contra incertos, pedi, entre outras diligências, que fossem tomadas «declarações, a todos os magistrados do Ministério Público visados pelas afirmações produzidas pelo Doutor Saldanha Sanches, para que se possam defender, como arguidos [ante a imputação outro estatuto não é processualmente possível!] e com os direitos respectivos, de tão graves imputações, ou perseguidos criminalmente, se incursos em responsabilidade penal». Notem-se as diferenças.
No mais, são opiniões dele sobre o que disse e sobre o que queria dizer e mais opiniões sobre política, políticos e sobre a sua pessoa e a pessoa de sua mulher. Nada tenho a ver com isso.
Saldanha Sanches disse não querer comentar a investigação instaurada contra João Soares «por ser amigo». Se uma pessoa se resume numa frase, está dita.

por José António Barreiros

Publicado por Manuel 17:25:00  

19 Comments:

  1. zazie said...
    "Saldanha Sanches disse não querer comentar a investigação instaurada contra João Soares «por ser amigo». Se uma pessoa se resume numa frase, está dita."

    Pois resume. Infelizmente é assim.
    PA said...
    Senhor Manuel, este Senhor - Dr. José M. Barreiros - é aquele que aparece em todos casos mediáticos de crime, não é ?

    Ah, pronto estou esclarecida !

    Eu se fosse advogada, também não gostaria de ouvir, algumas coisas que SS disse.

    Eu percebo, é um problema de "receitas" ...

    Será bom que SS diga mais verdades inconvenientes, para que esse Senhor e outros, apareçam (também) mais vezes nos "mídia". É de facto uma publicidade muito generosa, aquela que SS proporciona.

    Estou sentada na 1ª fila ...
    zazie said...
    Eu também acho que se devem dizer todas as verdades inconvenientes. Por isso mesmo é que ainda estou à espera que ele concretize.

    Falar de boca cheia e não dizer nada até um taxista é capaz de fazer.

    Ou será que há muito tuga que gosta é mesmo disto- que não se apontem nomes nem casos, nem se concretize nada mas se "dê um ar de até ser capaz de o fazer"?
    zazie said...
    Quando alguém atira com casos, nomes, questões concretas é um "ai jesus, que horror, que exagero".

    É sempre assim. Quando há nomes e pensamento racional os irracionais ficam que nem baratas tontas. Preferem sempre os desabafos velados que não dizem nada mas dão a ideia de atingir alguém que, esse sim, "teria algo a esconder".


    É um dos vícios da poltranice tuga. Gostam de floreados.
    PA said...
    Ó minha cara senhora zazie, SS não é um magistrado do MP, é apenas um cidadão deste país, a que assiste o direito de liberdade de expressão.

    Para "apontar" nomes e concretizar, estão os magistrados do MP, que são muito bem pagos (por nós, já agora !)para isso.

    Não me diga que há "p'ráí" algum saudosismo do tempo da "bufaria" ?? Não acredito.

    Estamos num Estado de Direito.

    Por favor...

    Está a ser muito superficial, na sua análise, do "polvo" que se desenvolveu na Democracia Portuguesa.
    zazie said...
    Pois que se exprima. Foi isso mesmo que eu disse. E um cidadão que está em campanha política exprime-se.

    Não pode é fingir que é chofer de taxi e atirar com bocas para o ar sem concretizar.

    Mas há mulherio com gosto para tudo. E para desabafos que não concretizam, ainda mais.


    Que é que v. percebeu do que ele disse?

    É capaz de explicar ao povo?
    Ele disse alguma coisa que v. ou eu ou a sua mulher-a-dias não fossem capazes de dizer?

    Acha que a sua mulher-a-dias tem as mesmas responsabilidades públicas que ele?
    zazie said...
    Não me diga que já prá aí compromissos com a pedofilia

    Gostou da frase?

    Acha que é legítima?

    Foi precisamente o mesmo que v. fez. Atirou logo com uma suspeição por não ser capaz de responder ao que foi dito.

    Que ele falou de boca cheia.

    E v. também .Falou de boca cheia e logo com insinuações que eu devo ser "facista".


    E eu, para seguir a sua lógica, só podia responder que v., se calhar, há-de ser pedófila, ou comprometida com corrupção de esquerda.
    zazie said...
    E vou-me já embora que temos por aqui mais lagartas à solta...

    Não há pachorra para estupidez.
    zazie said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    zazie said...
    Há uma questão muito simples: quem é independente e combate a corrupção tem mesmo de ser absolutamente independente. E esta palavra não significa apenas não pagar quotas de partido. Significa não ter compromissos político-partidários.

    Não há coisas por metade neste aspecto. Ninguém pode estar a atacar com uma mão e a receber com a outra.

    Tudo tem um preço. Ele foi convivendo com o cinismo e foi-se comprometendo cada vez mais com isso.
    Possivelmente para deixar de ser "revolucionário" ou para largar essa marca do pêlo.

    Torna-se desagradável observar estes casos.

    A meia dúzia que ainda tinha salto fora a tempo vem agora apanhar, de novo, o comboio.
    PA said...
    Remeto-me ao silêncio, pela sua atitude desrespeitosa para comigo.

    Se a cortina da virtualidade lhe serve, para injuriar, comigo não conta.

    Estava apenas a conversar, expondo os meus pontos de vista, a partir dos seus.

    Se o saudosismo a que aludi a ofendeu, apresento o meu pedido de desculpas. Repare que no fim disse "Não acredito".

    Cada coisa no seu lugar.
    Não pode impender sobre o comum cidadão, a tarefa de denunciar (até porque poucos estarão para isso !). Existem orgãos judiciais e policiais, para o efeito.
    Foi isso que pretendi dizer.

    Por último, qualquer tentativa de me identificar com PS, ou qualquer outro partido, bate na parede.

    Sou uma não alinhada.
    Justamente, pelo que se passa em Portugal.

    E veja lá se consegue ser mais educadinha, para podermos voltar a
    conversar.

    Certo ?
    zazie said...
    Não vim para aqui para conversar com ninguém.

    Limitei-me a comentar o post porque também me fez pensar.

    São questões históricas que nos tocam a todos. É um exemplo,podia ser outro. Mas é um exemplo particularmente triste.

    Como diria o diácono Remédios: "não havia nezzezzecidade"
    Anónimo said...
    Finalmente começo a ver este povo a reagir. Posso não concordar com algumas coisas que dizem mas, vale a pena sentir que o sangue começa a correr de novo. Dá-me a impressão que é a única coisa para a qual o Sócrates serve.
    Dr. Assur said...
    Caro Pézinhos n' Areia

    O "Dr. José M. Barreiros - é aquele que aparece em todos casos mediáticos de crime, não é ?"

    Pior. O Dr. Barreiros é o advogado que, pelas suas qualidades, consegue atenuar o devido castigo penal a muita "boa gente". Ou seja, apresenta mais resultados que aparições televisivas.

    O que nos tempos que correm é raro...
    naoseiquenome usar said...
    hoje em dia, toda gente denuncia toda a gente, nem que seja por absoluta incapacidade em se afirmar sem "denunciar", mesmo que a denúncia seja completamente destituída de fundamento, puramente inventada.
    A des(propósito) deixo o testemunho do que se passou recentemente comigo, e deixo-o em forma de comentário, também aqui, porque tenho mais que fazer do que enveredar por outras vias.

    Antes disso, quero, publicamente, fazer um elogio à capacidade de entendimento da "zazie", sem contudo, deixar de expressar aqui a minha opinião de que o seu discurso inflexível, o rumo invariável do mesmo e o tom empregue, nos conduzam a uma "sensação" de "flata de "educação".

    ___________

    "Pois é...
    Está tudo sem tino.
    O tempo também.
    A (des)propósito de tino e porque não me entendo na vida senão com a verdade, deixo aqui um comentário-resposta, a um comentário do "xavier", que não foi publicado, no "sítio", mas coloquei no meu "sítio" (é que parece que todos temos "sítiuos" :) ):

    Não posso deixar em branco este comentário publicado no Saude SA, pelo próprio autor do blog, o que eu considero uma calúnia, atento o facto de nas entrelinhas se ler que algum dia eu tenha feito comentários inultuosos ou que contendessem com o bom nome de alguém. O bluff é do pior que existe no mundo. E posto ao serviço de alguém que de nada parecia precisar disso, muito, mas muito pior!
    Trata-se de alguém supostamente idóneo, que não sabendo como manter audiências a partir de uma certa intelectualite de esquerda, ataca, por atacar.
    Aqui fica:

    "xavier said...

    Da NSQNU há vários que não foram publicados.

    Tenho gravado todos os comentários que, pelas razões referidas, não são publicados.

    Talvez um dia faça um ranking dos very best.""
    zazie said...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    zazie said...
    é a flatuência. Anda tudo com flatuência na blogosfera...

    Foi a invasão da piroseira de mindinho esticado a beber pela chícara...

    Não há pachorra
    Um país de grunhos, que se matam na estrada, a julgar que vêm para o mundo virtual dar lições de boas-maneiras
    naoseiquenome usar said...
    O comentário aqui "denunciado" e considerado por mim, sendo-o de facto e de direito, ofensivo, foi retirado durante a amnhã seguinte (de 5ª feira). Prevaleceu algum bom-senso.
    Quanto à cara zazie e sua "flautulência" atribuível, aparaz-me dizer apenas que o "verbo" é demonstrativo de carácter (até na literatura, o que não é o caso).
    Assim sendo, reitero que à inteligência deve andar asssociada a educação (diferente de instrução).
    zazie said...
    ó toina, foste tu quem escreveu flata em vez de falta. Limitei-me a brincar com a gralha- que tu és.

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