Os amanhãs ainda cantam?
sábado, maio 12, 2007
"Mas , com o fim da URSS, com o desaparecimento de Álvaro Cunhal, que era um estrratego e um teórico, deixou de haver no PCP um horizonte compatível com a actual realidade. Continuar a falar no comunismo como se falava antes, na sociedade socialista como se visionava, no marxismo-leninismo como cartilha que se usou durante tanto tempo, no centralismo democrático sem um upgrade muito grande é, de facto, um comunismo de sociedade recreativa".
Raimundo Narciso( ex-dirigente do PCP, expulso em 1991) , em entrevista ao Sol , de hoje.
Publicado por josé 11:56:00
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Antes de 25 de Abril de 1974, toda a gente por aqui, em Portugal, e que quisesse saber, estava alertada para o que o comunismo significava.
Sabia que os regimes comunistas perseguiam quem não pensasse como eles; sabia que nos países comunistas não havia partidos, para além do comunista; que não existia direito de as pessoas se reunirem livremente e que havia polícia política e censura nos órgãos de informação e ainda que não se entrava nos países comunistas à vontade, nem de lá se saia também.
O panorama era exactamente como por cá, em Portugal, com uma diferença: por cá havia liberdade de empreendimento e as relações de trabalho eram próprias do capitalismo temperado pela doutrina social da igreja.
Espanta-me sempre quando penso de que modo foi possível ao partido comunista, nos anos setenta, convencer e ludibriar tanta gente durante tanto tempo.
Já sabemos que continua a ludibriar alguma gente este tempo todo, mas tanta, durante muitos anos, para mim, parece-me incrível.
É por isso que vou tenta comparar os regimes, quando tiver tempo, com exemplos práticos ilustrados.