'a máscara'

Relativamente à palestra, sobre o aborto em que participou, a grande sorte da Dr.a Morgado, foi mesmo ter sido o Dr. Portas, numa de picar a direcção em exercício do PP, o primeiro a 'bater' nela, como que para (se) dar ares de virilidade (e vitalidade) política, tudo a reboque da exumação de Nuno Melo da liderança do grupo parlamentar do PP. Leia-se, o que diz o José António Barreiros, a propósito (e medite-se)...

O argumento é, como agora se diz, recorrente: «falar na qualidade». Uma pessoa sai-se em público com uma afirmação polémica, discutível, errónea. Há duas formas de se ver livre do embaraço. A primeira é o «não foi isso que eu disse». Tal expediente está muito gasto, sobretudo quando está muita gente a ouvir e alguns a gravar. Então há o: «falei sim, mas foi nesta ou naquela qualidade». Normalmente é «falou, sim, mas na qualidade de cidadão!».

No caso da Dra. Maria José Morgado, que se meteu por estes atalhos, hás três coisas fantásticas. Primeiro, ela foi convidada para falar com etiqueta, a de «Procuradora-Geral Adjunta», que era o que vinha no convite. Segundo, ela não disse, estou aqui, neste encontro partidário, como cidadã, de toga despida. Terceira, teve que ser a Procuradoria-Geral a, desautorizando-a, dizer que a boca que falou não era boca de magistrado. Pois pudera!
Tudo isto é caricatural. Já nem é o terem as pessoas duas caras, conforme as conveniências, é já nem terem cara com que se apresentem e serem outros a enfiarem-lhes a máscara, conforme as conveniências!

Desculpem meter-me nisto, já francamente, há um limite para tudo, para a exibição e para o rebaixamento.

José António Barreiros
Há, em suma, algo que resume e sintetiza tudo, de Portas a Morgado - A vaidade!, sim, o meu pecado favorito...

Publicado por Manuel 21:02:00  

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