um jornal à medida

No auge do cavaquismo, e quando o Indy já fazia mossa, apareceu um projecto 'inovador', revolucionário, etcetera e tal, para (re)pôr tudo no seu devido lugar. Chamava-se 'O Liberal', começou por ser dirigido por Maria João Avillez, e durou pouco tempo. O fim foi inglório. Décadas depois o filme repete-se, o discurso também, os erros de avaliação idem. José António Saraiva, encostado no Expresso, vai fazer um novo jornal, com fundos d'A Bola, e do... BCP. Foi preciso ser corrido do Expresso para descobrir que afinal tudo estava mal na Imprensa indígena. Tudo prevísivel, tudo expectável, excepto talvez a ingénua candura de Paulo Teixeira Pinto, o CEO do BCP, de quem se esperaria um pouco mais de lucidez. Não aprendeu, ao que parece, rigorosamente nada com o flop da ONIway, muito menos percebeu que a melhor maneira de lidar com o BES, e com o Dr. Balsemão, e com os outros que não é preciso citar, não é meter-se numa aventura cara, muito cara, e de êxito mais que duvidoso. O mundo, e as regras, está a mudar, muito e depressa. José António Saraiva não mudou nem um bocadinho. O facto de os ouytos terem mudado, para pior, não chega, ou se calhar até chega, nesta amostra de país (desculpem, mas ainda tou na ressaca deste 'match point')

Publicado por Manuel 18:29:00  

1 Comment:

  1. André Moura e Cunha said...
    Caro Manuel,
    Creio estar certo se afirmar que o director do saudoso "O Liberal" era, o também saudoso, Francisco Sousa Tavares. Mas realmente, recordo-me da colaboração de Maria João Avillez...
    Um abraço,
    AMC

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