tratar da vidinha e cada um de si

Exceptuando o David Dinis e o Conselho de Redação da agência Lusa não vi, por essa blogosfera fora, grande indignação acerca do hiperbólico parecer da deontologia do sindicato dos jornalistas acerca das alegadas pressões governamentais no seio da Agência Lusa. Em contrapartida, a visitinha, desnecesária e mal amanhada, à redação do 24 Horas, local sagrado segundo o seu director, mereceu linhas e linhas. É pena. Sendo dois casos menores, são dois casos emblemáticos. Desde que se 'seja' jornalista, desde que se tenha 'carteira' profissional e se pague a cota ao sindicato, vale tudo, mesmo tudo. Insultar e rasteirar colegas, violar as regras deontológicas mais básicas, como a de não publicar o nome de vítimas de crimes sexuais, fazer assessoria política de imprensa para a... mãe, enquanto se está de 'baixa', vale tudo desde que se seja 'jornalista'. Há por aí uns crentes que acham que a criação de uma Ordem (dos jornalistas) ia resolver tudo. Pura crendice, se, enquanto 'classe', são incapazes de se levar a sério, e de se auto-regular, por que hão-de esperar que enquanto 'corporação' sejam levados realmente a sério. Na hora da verdade, é tratar da vidinha e cada um de si. É pena.

Publicado por Manuel 16:38:00  

1 Comment:

  1. Imperial said...
    Essa corja dos jornalistas... alguns nem sabem escrever português.

    Por exemplo, não sabem que se deverá escrever "desnecesária" e também "redação".

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