'o caminho mais fácil', segundo João Pedro Henriques
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Ontem, o João Pedro Henriques assinou um curioso ensaio, entitulado "O 'duplo' erro do 24 Horas". Um ensaio que merece ser lido, quanto mais não seja para se perceber melhor como 'pensa' de facto alguma inteligentzia deste país. A tese do JPH é simples - "o duplo "erro" do 24 Horas é ser tablóide e não estar do lado da polícia." (sic) "Em vez de fazer o jogo populista e justicialista das catalinas pestanas e dos pedros namoras deste mundo, o jornal escolheu apostar no escrutínio não dos arguidos mas sim da investigação - ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com o Correio da Manhã ou com a TVI." (sic)
É uma tese simples, popularucha, e absolutamente demagógica, ao nível do melhor do 24 Horas, porque absolutamente contraditada pelos factos. E os factos são simples, dolorosamente simples. O 24 Horas não está num patamar muito diferente do Correio da Manhã ou sequer do da TVI (se bem que neste último caso seja mais uma questão de estilo que de substância), está - quanto muito - ao mesmo nível. A única diferença é que o 'sinal' é contrário. Calhou. Onde uns farão 'copy & paste' de um lado, o 24 faz do outro, sem contraditório. É pois da mais atroz ingenuidade escrever coisas como ...
é complicado - e arriscado - para um tablóide alinhar no escrutínio da investigação judicial em vez de fazer o jogo popularucho das "crianças" e da condenação dos "poderosos", mil vezes mais rentável, em termos de audiência. E não só mil vezes mais rentável como também mil vezes mais fácil, porque, como é óbvio, dá mil vezes menos chatices ter ao nosso dispôr o aparelho de Estado policial e os respectivos meios.
... porque é falso. O que o 24 Horas faz é o mais fácil, o infinitamente mais fácil - malhar num Estado e numa justiça que ninguém respeita e leva a sério, lançar a confusão, porque sim. É mais fácil colocar o Bibi na capa uma e outra vez e dizer que ele é um 'monstro' - porque sim, porque é limitado e até não terá os parafusos todos. Como o Bibi não frequentou nunca os nossos círculos sociais, até porque tem um advogado, no mínimo, 'extravagante' já não é merecedor, por parte do 24, de um 'escrutínio' à investigação - esse já pode ser pedófilo, e ponto final. Isso é que é infinitamente mais fácil!
Mas, num ponto o João Pedro Henriques tem carradas de razão. Os jornalistas portugueses não fazem, nem sabem fazer, investigação (há obviamente honrosas excepções) e compram quase sempre tudo feito. Limitam-se a ser caixas de ressonância de tudo quanto é corporação e interesse instalado. Não tem memória, não sabem contextualizar e adoram raciocínios simplistas, e depois, claro, coitadinhos, não tem culpa nenhuma do actual estado de coisas. Um estado que ajudaram a construir e que dia a dia também legitimam por acção e por omissão.
Escolhem sempre o caminho mais fácil. Pedir-lhes outro, estou consciente, é claramente pedir o céu. As coisas são como são.
Publicado por Manuel 16:32:00
Quanto dinheiro é que o país já gastou com esse processo, quanto dinheiro já ganharam à custa disso, com o confessa nao confessa, o show-off dos advogados, quanto protagonismo! E as vitimas?
Uma palhaçada
Manuel, como José e outros anónimos da «venerável Loja», está enfurecido, porque sabe que tudo vai acabar mal, seja com Sampaio seja com Cavaco! Não percebem. Julgam que falam para fora, embora se babem!
A maioria das pessoas de boa fé, sem vinculação a interesses politico-partidários e objectivamente independente, lê a informação e percebe instantaneamente que ficam por responder muitas perguntas e outras são colocadas de forma enviesada e manipuladora.
Algumas delas são aquelas que colocou- e muito bem.
Há outras que só o MP e quem investiga pode responder cabalmente.
A (des)informação de jornais como o 24 Horas ( mas não só, pois também o Público tem sido pródigo nessa pecha)é altamente nociva para a opinião pública em geral que não consegue ler criticamente o que se lhe dá como informação.
Logo, é inteiramente manipulada se para além disso, também tem as suas preferências clubísticas. Assim se gera a opinião pública através do que vam sendo publicado.
Aqui neste blog, tenho a preocupação de pegar em certos casos que se me afiguram evidentemente manipuladores e desinformadores, e tentar mostrar o logro.
O que escrevo fica à consideração geral.
Até agora, nunca me vieram argumentar de forma a me convencer de algum erro de análise que tenha cometido.
No entanto, começo a ter feed back de insultadores e caluniadores anónimos.
Espero que não sejam jornalistas, mas se forem, podem sempre pedir informação por mail...