a Portas o que é de Portas

Anda muita gente entusiasmada com a mudança de mãos do Indy, mas, até ver, tal é um episódio secundário. O único acontecimento relevante ocorrido nos últimos tempos, para além do shift no Expresso, e da nova ordem no DN, é o regresso de Paulo Portas às lides jornalísticas. Sim, Paulo Portas regressou. A tomada de controlo da Atlântico, cujo novo director é Paulo Pinto Mascarenhas, motor d' O Acidental, e das 'Noites Liberais', não deixa margem para dúvidas. O ticket 'liberal' é estratégico demais, nestes tempos de falta de ideologias, para ser deixado ao cuidado de 'amadores', ou de wild cards, daí Portas aproveitar para, por entrepostas pessoas, marcar bem o terreno para o futuro, para o que der e vier. Absolutamente prevísivel. Curiosamente, ou talvez não, quem mais perde com estas movimentações é António Pires de Lima Jr., cujo crescente protagonismo, e alinhamento discursivo, tem incomodado, e muito, Portas. Afinal, ao controlar a Atlântico, e marcar a agenda da sua cartilha 'liberal', Portas baliza e contextualiza o discurso de Pires de Lima, 'maior' e mais abrangente que o do PP, 'reduzindo-o' à sua 'verdadeira' dimensão, um mero satélite seu, e não mais do que isso. As coisas são o que são.

Publicado por Manuel 18:39:00  

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