"Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios." Niccolo Maquiavel

Ou de como é mais fácil retirar crucifixos que dotar as escolas de meios materiais e humanos.

Publicado por Nino 10:10:00  

21 Comments:

  1. av said...
    nao concordam com a retirada dos crucifixos, se alguém se queixa deles?
    Luís Bonifácio said...
    Ora nem mais

    "Têm apoio 5 alunos. Infelizmente, esta medida não abrange as reais necessidades da turma, agravadas pelo encerramento de 1 lugar docente, o que obriga à leccionação dos 4 anos de escolaridade, subdivididos em vários grupos, numa heterogeneidade que bastante dificulta o trabalho diário.
    Faremos o possível (e tentaremos o impossível!) rumo ao sucesso pessoal e educativo de todos e de cada um!"

    mais triste do que isto é que este texto constante na página web da escola primária de Valhelhas (Distrito da Guarda) tem como sub-título "informação não facultada pela professora", numa clara alusão sub-liminar a um clima de medo e perseguição.
    A escola de Valhelhas tem um crucifixo na sala de aulas e espero que por lá continue, pois quem não dá condições não pode fazer exigências.

    http://www.eb1-valhelhas.rcts.pt/Valhelhas/actividades%20da%20escola.htm
    Olindo Iglesias said...
    E o que dizem do comentário do Louça onde afirma que, faz tanto sentido um crucifixo na escola como um símbolo islâmico?

    Isto é a demagogia, o populismo, a vã retórica, o mais nojento exercício da política a que eu já assisti.

    Só mesmo ao estaladão...
    av said...
    Fico apalermada com estes comentários ou se calhar nao devia ficar. O país que temos é este.

    De certo é por isto que tantas vozes se levantam , tentando indignar as pessoas com a retirada dos crucifixos. O mau do governo a querer tirar os crucifixos!

    e demagogicamente dizem: tiram os crucifixos mas nao colocam nada.

    Pobre país o nosso.
    Jose Moreno said...
    Neste post não percebi se o autor era a contra a retirada dos crucufixos ou a favor da dotação de meios às escolas. Ou o que é que uma coisa tem que ver com a outra!
    josé said...
    Cara Iv:

    Devolvo-lhe a pergunta:

    Não concorda com a manutenção dos símbolos se alguém que queixa da sua ausência?!!

    Aliás, quem é que se queixou? A Associação, composta por meia dúzia de ateistas?!
    É isso? E que representatividade é que têm a associação perante a esmagadora maioria do povo português que se entende e julga católico?

    E mesmo que assim não seja, será que a Associação consegue reunir em Lisboa tanta gente como a que se reuniu espontaneamente há uns dias atrás?!

    Quem manda? Ainda é a maioria ou será uma minoria que obteve o poder de governar em nome de todos, respeitando compromissos antigos?!

    É que as maiorias vão e vêm...
    av said...
    a maioria escolheu um estado laico que respeita toda a gente e todas as religioes e que nao impoe nenhuma religiao a ninguém.

    se as religioes protestam há que ser coerente. Senao de caminho tinhamos as paredes das escolas todas enfeitadas com todos os simbolos de todas as religioes que existem.

    até podia ser bonito, mas era um pouco estranho
    josé said...
    Não foram as religiões que protestaram!

    Não foi a Sinagoga judacia; nem foi a Mesquita!
    FOi apenas uma associação ateista!

    Não se confundam as coisas, e haja decência na análise e admita-se a hipocrisia, porque me parece ser o qu existe nesta matéria.
    formiga bargante said...
    Ou de como se a parvoice fosse música, o Ninno era uma orquestra sinfónica.
    sabine said...
    Sobre o fim dos crusefixos nas escolas em geral e sobre este post em particular: tanto barulho por nada!
    Marco Oliveira said...
    José,
    Esta é uma medida há muito exgida pela Comissão de Liberdade Religiosa. Veja as palavras do Dr. Menéres Pimentel.
    O Estado não pode favorecer nem discriminar nenhuma comunidade religiosa.
    Esta medida foi apenas fazer cumprir a lei.
    josé said...
    Não invalida o que escrevi:
    O que linkou traz:
    "excerto de recomendação, datada de 1999, do provedor de Justiça Menéres Pimentel, hoje presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, que estranha não ter sido consultada pelo ministério)"

    Não foi consultada pelo Ministério...

    Aliás, coloco-lhe a seguinte questão:

    Se alguma associação árabe quiser defender a manifestação pública, nas salas de aulas, dos seus símbolos religiosos, que acha?
    Que se deve proibir ( como em França) ou admitir?

    Por mim, a resposta está dada: deve ser admitido e não se perseguir essa manifestação.

    Se os judeus quiserem fazer proselitismo como aliás o fazem constantemente, mesmo nos blogs, reivindicando a sua pertença a uma fé religiosa e o respeito pelos ritos que podem passar pela manifestação em espaços público, o que acha?!
    Marco Oliveira said...
    José,

    Essas palavras do Dr. Menéres Pimentel foram repetidas ontem no final da conferência sobre Religião e o Estado Democrático.

    A sociedade em que vivemos não é laica; as comunidades religiosas têm o direito de manifestar publicamente as suas convicções.

    Mas o Estado deve ser laico; ou seja o Estado não deve ignorar , nem favorecer, nem discriminar as comunidades religiosas.

    Sendo a Escola Pública pertença do Estado, é óbvio que deve reflectir essa mesma postura de equidistância e imparcialidade em relação a todas as religiões. A ausência de simbolos religiosos das escolas (e de outros organismos do Estado) é um bom sinal dessa isenção.

    Sobre a liberdade religiosa e a laicidade do Estado recomendo que leia a intervenção do Dr. Bacelar Gouveia (um católico assumido) no colóquio sobre Religião no Estado Democrático.
    josé said...
    Eu percebo tudo e mais alguma coisa, sobre isso.

    Uma discussão destas não é nova.E as contradições são muitas e fáceis de as apresentar. Assim, há que atender a razões que a razão desconhece e só a elas me quero referir.
    Estou a mencionar a hipocrisia, evidentemente.
    Sob a capa da defesa da liberdade religiosa, vem uma associação ateista, pedir num requerimento em Março ou Maio endereçado à Ministra da Educação para atender a esse problema magno da sociedade portuguesa que são os crucifixos nas escolas!
    E em Novembro temos uma lei cá fora a responder ao requerimento!

    É só isso...
    Marco Oliveira said...
    José,
    A lei já existe há muito tempo. E não estava a ser cumprida.

    A ALR apenas fez pressão para ue fosse cumprida (e conseguiu mediatizar o facto).
    E pelo que percebi a ALR não invoca a defesa da liberdade religiosa, mas sim a laicidade do estado.

    Eu tenho pena que tenha sido a ALR a pressionar para isto. Preferia que tivesse sido a Comissão da Liberdade Religiosa a fazê-lo. Mas a verdade é que a CLR está sobrecarregada de trabalho e tem poucos meios.

    PS - É óbvio que o Ensino tem problemas muito mais sérios do que este.
    zazie said...
    a questão de fundo começa a ser cada vez mais visível: as ONGs e outro tipo de lobbies, muitos deles finaciados pelo Estado são uma praga que vieram par ficar. E o que se começa a assistir é a uma coisa muito triste- um povo ser obrigado a mudar e abdicar das suas raízes mais profundas por obra e graça de uma minoria que por vezes não passa de meia-dúzia de gatos pingados, estúpidos, fanáticos, ignorantes mas com muito apoio internacional.

    Não sei de que se está à espera para mandar cá para fora toda a informação do modo como estas coisas existem, onde vão buscar o dinheiro, quem os sustenta, quem os patrocina. È direito de cidadania.

    E, já agora, juntar todos os inultos e ignomínias que escrevem paralelamente como ateístas enquanto usam como capa a tal suposta Associação para a Laicidade. São a mesma coisa, há os que jogam nos dois lados e há um bode velho estalinista que os recruta, mentaliza e continua a velha obra de porco imbecil e tarado, que de ateu só tem o nome. É mais crente que todos nós juntos. Só que não acredita em nenhum Deus bom...
    FM said...
    o post e estes comentários são exemplos saudáveis de democracia.
    É assim que deve ser.
    Acho que se preocupam demais com os crucifixos, embora eu pessoalmente não goste, ache piroso e violador das crenças de todos os que não são da seita.
    Ademais o Cristo nem era português nem consta que tivesse lido Camões....
    Marco Oliveira said...
    "...há um bode velho estalinista que os recruta, mentaliza e continua a velha obra de porco imbecil e tarado, que de ateu só tem o nome."

    Muito cristã, esta menina!

    Com palavras destas hoje deve ter conseguido mais pessoas para a causa ateísta do que o pobre Carlos Esperança ao longo de um ano!

    Como disse Gandhi: "Gosto muito de Cristo e dos Seus ensinamentos, mas não gosto dos cristãos que se esquecem dos Seus ensinamentos".
    zazie said...
    como é que o reconheceu? foi pelo bode ou pelo estalinista ?

    ":O.
    Fernando Martins said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    Fernando Martins said...
    Eu acho que está tudo errado, nesta cruzada da República Laica, transvestida de I República:

    - deviam ser proíbidas as procissões;
    - as Igrejas e outros templos deveriam retirar aos seus símbolos religiosos do exterior;
    - os Hara Crishna deviam "vestir à civil", tal como os padres e outros sacerdotes;
    - os Judeus de Belmonte não deveriam poder acender as 7 velas votivas nos candeiros da rua;
    - deviam ser retiradas as cruzes dos Cemitérios;
    - as crianças deveriam ser proíbidas de usar símbolos religiosos, como cruzes;
    - a televisão não deveria ter a Missa ao Domingo ou falar de Fátima;
    - deveriam acabar os programas das Religiões na RTP;
    - alguns Bispos deveriam ser expulsos, para dar o exemplo;
    - deveria haver aulas de Ateísmo na Ecola...

    Volta, Santo Afonso Costa, estás perdoado...!

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