Lista de escritores que granjearam o Nobel da Literatura 'sem' subsídios

  • 2004 Elfriede Jelinek
  • 2003 J.M. Coetzee
  • 2002 Imre Kertész
  • 2001 V.S. Naipaul
  • 2000 Gao Xingjian
  • 1999 Günter Grass
  • 1998 José Saramago
  • 1997 Dario Fo
  • 1996 Wislawa Szymborska
  • 1995 Seamus Heaney
  • 1994 Kenzaburo Oe
  • 1993 Toni Morrison
  • 1992 Derek Walcott
  • 1991 Nadine Gordimer
  • 1990 Octavio Paz
  • 1989 Camilo José Cela
  • 1988 Naguib Mahfouz
  • 1987 Joseph Brodsky
  • 1986 Wole Soyinka
  • 1985 Claude Simon
  • 1984 Jaroslav Seifert
  • 1983 William Golding
  • 1982 Gabriel García Márquez
  • 1981 Elias Canetti
  • 1980 Czeslaw Milosz
  • 1979 Odysseus Elytis
  • 1978 Isaac Bashevis Singer
  • 1977 Vicente Aleixandre
  • 1976 Saul Bellow
  • 1975 Eugenio Montale
  • 1974 Eyvind Johnson, Harry Martinson
  • 1973 Patrick White
  • 1972 Heinrich Böll
  • 1971 Pablo Neruda
  • 1970 Alexandr Solzhenitsyn
  • 1969 Samuel Beckett
  • 1968 Yasunari Kawabata
  • 1967 Miguel Angel Asturias
  • 1966 Samuel Agnon, Nelly Sachs
  • 1965 Mikhail Sholokhov
  • 1964 Jean-Paul Sartre
  • 1963 Giorgos Seferis
  • 1962 John Steinbeck
  • 1961 Ivo Andric
  • 1960 Saint-John Perse
  • 1959 Salvatore Quasimodo
  • 1958 Boris Pasternak
  • 1957 Albert Camus
  • 1956 Juan Ramón Jiménez
  • 1955 Halldór Laxness
  • 1954 Ernest Hemingway
  • 1953 Winston Churchill
  • 1952 François Mauriac
  • 1951 Pär Lagerkvist
  • 1950 Bertrand Russell
  • 1949 William Faulkner
  • 1948 T.S. Eliot
  • 1947 André Gide
  • 1946 Hermann Hesse
  • 1945 Gabriela Mistral
  • 1944 Johannes V. Jensen
  • 1939 Frans Eemil Sillanpää
  • 1938 Pearl Buck
  • 1937 Roger Martin du Gard
  • 1936 Eugene O'Neill
  • 1934 Luigi Pirandello
  • 1933 Ivan Bunin
  • 1932 John Galsworthy
  • 1931 Erik Axel Karlfeldt
  • 1930 Sinclair Lewis
  • 1929 Thomas Mann
  • 1928 Sigrid Undset
  • 1927 Henri Bergson
  • 1926 Grazia Deledda
  • 1925 George Bernard Shaw
  • 1924 Wladyslaw Reymont
  • 1923 William Butler Yeats
  • 1922 Jacinto Benavente
  • 1921 Anatole France
  • 1920 Knut Hamsun
  • 1919 Carl Spitteler
  • 1917 Karl Gjellerup, Henrik Pontoppidan
  • 1916 Verner von Heidenstam
  • 1915 Romain Rolland
  • 1913 Rabindranath Tagore
  • 1912 Gerhart Hauptmann
  • 1911 Maurice Maeterlinck
  • 1910 Paul Heyse
  • 1909 Selma Lagerlöf
  • 1908 Rudolf Eucken
  • 1907 Rudyard Kipling
  • 1906 Giosuè Carducci
  • 1905 Henryk Sienkiewicz
  • 1904 Frédéric Mistral, José Echegaray
  • 1903 Bjørnstjerne Bjørnson
  • 1902 Theodor Mommsen
  • 1901 Sully Prudhomme

Publicado por Nino 09:59:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Caro Ninno,

    presumo que a publicação desta lista seja uma resposta ao meu comentário - espero que não seja presunção minha. (seria mais educado uma resposta sua em texto, já que o potencial de discussão de um blog é uma mais-valia, e um leitor de fora não perceberá o contexto que une os seus dois postes)

    Na página oficial do Prémio Nobel encontra-se a seguinte informação em relação a Eldriede Jelinek: Österreichisches Staatsstipendium für Literatur (1972).

    http://nobelprize.org/literature/laureates/2004/jelinek-bibl-d.html

    Isto após 5 minutos de pesquisa no primeiro nome da lista. Será que devo continuar?
    Nino said...
    Caro João Miguel Pais,

    Sim, presumiu bem. Não questiono a importância do Estado em fomentar a cultura e a educação dos cidadãos. Nesse sentido, usufrui-se de ensino gratuito, bibliotecas públicas, redução de IVA nos livros (mesmo da Margarida Rebelo Pinto), dedução no IRS com despesas de educação, entre outros benefícios. No entanto, não é salutar que a cultura se torne subsidio-dependente, como sucedia nos países comunistas, sob risco de distorção do mercado da oferta e da procura cultural, ao viabilizar, à custa do erário público, alguns projectos artísticos inconsistentes e megalómanos. Quando o estado intervém, os maus projectos vingam, enquanto os bons morrem na praia estrangulados pela concorrência desleal.
    Anónimo said...
    Bom, em relação à dependência de subsídios e à fomentação de uma cultura artificial, que vive numa redoma asséptica, penso que estamos de acordo, tal como tem escrito neste blog.
    A meu ver o problema é qual será o papel do estado neste campo? Até agora o estado (o ipae -> ippar ou como é que se chama agora) comporta-se apenas como um multibanco, não sendo vislumbrável qualquer critério geral de ordenação (para não falar quando com Guterres os júris foram instruídos a dar mais a alguns para não reclamarem, mas só no teatro é que se consegue tanto alarido).
    Para fomentar uma nova cultura tem que se fazer o mesmo que numa empresa, correr riscos e estar preparado para que eles nem sempre corram bem, ou como num laboratório investigar.
    O meu objectivo do post anterior era indicar que embora nenhum dos escritores listados seja subsídio-dependente, em algum ponto das suas carreiras eles aceitaram um apoio estatal, nem que fosse uma residência de um ano nalgum sítio. Essas coisas podem fazer uma difenrença enorme para quem não tem um emprego fixo, e precisa de gerar o seu próprio espaço de trabalho. No princípio tem-se muita energia, mas passado algum tempo não tanto. E um artista tem que "artistar" e não procurar substência. Algures entre o conto de fadas e a vida real tem que se encontrar um meio-termo.

    Não penso que a intervenção do estado seja em princípio má, apenas a deste estado, que recebe dinheiro que não é dele e para o usar fá-lo da forma mais fácil possível, sem critério. Em outros países são fomentados projectos que têm um resultado real e criam um sentido mais forte de ligação com a "vida cultural real" (cada arte tem os seus academismos, e há artistas que realmente estão desfasados da realidade, mas prémio nobel só há um e pessoas que escrevem milhões).

    É constrangedor ler os currículos de artistas portugueses que estudaram no estrangeiro e voltaram para Portugal: bons resultados lá fora, e cá dentro ficam cada vez mais pequenos, perdem qualidades, não são respeitados pelos seus alunos e acabam por desaparecer artisticamente.

Post a Comment