Definitivamente, Ministério da Cultura e grupo de empresários disponíveis para investir e participar na gestão da fundação Casa da Música entraram em rotura. A conclusão a que se chega é que Portugal é um país rico, discute-se, por um lado, a crise económica e financeira, impondo-se sacrifícios a toda a sociedade e por outro desbarata-se a possibilidade de associar o meio empresarial a projectos de desenvolvimento cultural, em nome de caprichos pessoais e de uma visão totalitária do que deve ser o papel do Estado no apoio às artes. Uma última palavra para a paciência cívica de Artur Santos Silva que, depois de ter definitivamente acordado com a ministra do dr. Lopes, Maria João Bustorf, o modelo “fundação privada” para a CdM, modelo esse em que Estado, CMP, JMP e privados baseavam a sua actuação com pressupostos de corporate governance e de financiamento que seriam aceites em qualquer país civilizado, desde que minimamente preocupado com a eficácia e eficiência de uma organização sua, ainda se dispôs a renegociar o papel dos privados na CdM com o actual MC, tendo-o feito até ao limite da decência e do bom senso, quando há muito já era evidente que este seria o desfecho, excepto para os deputados do PSD que só agora acordaram, esquecendo-se, também, que, mesmo à saída, o governo de Santana Lopes borrou toda a escrita ao introduzir à socapa modificações nos estatutos da fundação que alteravam as condições negociadas com os privados, sendo por isso um partido com muito pouca autoridade moral para falar sobre o assunto, principalmente quando invoca a sua actuação no passado.

Publicado por contra-baixo 17:01:00  

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