Manuel Pinho

Em Espanha anda tudo muito agitado, à direita e à esquerda, acerca de uma OPA hostil que ocorre no sector energético. Por cá ninguém liga. Mas devia, em primeiro lugar porque Bruxelas pode deixar passar a operação, ordens de magnitude maior do que a que chumbou aquando da proposta de reestruturação energética que Portugal levou a Bruxelas, o que diz muito da lógtica de funcionamento da União e da consideração em que é tido o (país) do seu presidente, e em segundo lugar, porque as 'novidades' em Espanha alteram muitos dos cenários que puderiam permitir saídas airosas para a desastrada política e estratégia energética conduzida pelos diferentes governos nos últimos anos. A esta luz a imputação que o Jornal de Negócios fez muito recentemente a Manuel Pinho, de ter sido a fonte que 'lançou' a terreiro nomes de parceiros espanhois, eventualmente interessados a ir a jogo, em off, para logo a seguir em on desmentir devia ser levada mais a sério. As mexidas nos petróleos, na electricidade e no gás, mexem com ddezenas de centenas de milhões de €uros, e são estratégicas para Portugal, infinitamente mais que um qualquer canal de TV, pelo que não se compreende a passividade, a complacência, por alguém que já deu mostras de não estar minimamente à altura do cargo que ocupa - Manuel Pinho.

Publicado por Manuel 19:41:00  

8 Comments:

  1. Anónimo said...
    Tranquilo Manuel, Tranquilo, que la Opa de Gas Natural sobre Endesa fracasa, que te lo digo yo. Lo que si puede prosperar es la Opa de Galp sobre Union Fenosa. Al final los colonizados seremos los "odiosos" y "malignos " españoles. ¡Hay que ver lo malos que somos los españoles, nos pasamos todo el dia pensando como joder a Portugal!
    Anónimo said...
    Desde luego los portugueses no teneis remedio...os pasais toda la vida inventando un supuesto "peligro español" y no os dais cuenta de que el peligro para la Peninsula Iberica viene del Sur, de un tal Mofamé VI...¿ Os suena? Pues cuando consiga el arma termonuclear (pronto) ya podeis ir buscando un padre franciscano para confesar.....
    Anónimo said...
    sr. anonimo espanhol,

    Deixe falar estes patetas portugueses da Loja, não temos medo nenhum dos espanhois. Quanto mais forte e mais próspera for a Espanha, melhor para Portugal. E vice-versa. E tanto faz espanhol como português a vender-me gás ou electricidade. O que é preciso é haver concorrência.
    Anónimo said...
    Você dá vontade de rir. Já há estrangeiros na GALP e na EDP, e só agora deu conta que somos europeus e que vivemos num mercado aberto a nível europeu?
    Mas que raio de fobia é essa contra os espanhois? E que diferença me faz se o accionista principal da Galp for italiano ou espanhol, francês ou alemão? O que é que isso interessa ao comum dos portugueses?
    Anónimo said...
    "O que é que isso interessa ao comum dos portugueses?"

    Aí está a ignorância atrevida. Se não houvesse tanta gente a "pensar" assim dava vontade de rir. Mas como há, é trágico.

    A questão é saber se este país irá continuar a ter activos económicos, ou não. As grandes potências protegem a posse das suas empresas estratégicas, mas há portugueses, como o anónimo anterior, que acham que Portugal não precisam de nada disso. Nós até damos lições de "crisis management" ao Bush, pá!

    Sabem os ignorantes atrevidos, que o Congresso Norte-Americano se pronunciou publicamente contra a compra da "Unocal Corporation", a quinta maior companhia energética dos EUA, pela CNOOC, detida pelo governo da China? A justificação dada pelos Congressistas foi, nem mais nem menos, que a Unocal é uma empresa ESTRATÉGICA para os EUA e não pode ser adquirida por estrangeiros, e muito menos por empresas públicas de países hostis aos EUA.

    A OPA em Espanha tem contornos políticos, como tal, não é o "mercado a funcionar". Os portugueses têm de abrir os olhos e pensar bem se nestas condições o MIBEL vale a pena. Se for para nos passar a ferro, não obrigado.
    Anónimo said...
    ao observer,

    Uma coisa é alguém de fora comprar direitos sobre recursos naturais como o petróleo americano, outra é comprar uma empresa de distribuição como a Galp, que não tem activos portugueses de petróleo, porque ele não existe. E o que potencialmente existe (no subsolo e ainda por descobrir e explorar) está protegido por legislação específica, como os minérios, que são do domínio público do Estado e sobre os quais só o Estado pode decidir.´

    Como a China está ávida de petróleo, anda a tentar comprar os jazigos que existem, estejam onde estiverem. É natural que muitos países não deixem nem queiram.
    Anónimo said...
    Caro observer:
    "Os portugueses têm de abrir os olhos e pensar bem se nestas condições o MIBEL vale a pena. Se for para nos passar a ferro, não obrigado."

    Passados a ferro são os consumidores portugueses todos os dias com o mau serviço da EDP, bastou regressar um dia de chuva forte na zona de Aveiro, para estar sem luz das 18h às 22h, e depois mais duas vezes durante a noite.

    diogenes
    Anónimo said...
    "...a Galp, que não tem activos portugueses de petróleo..."

    Não tem activos porque os governos corruptos que temos tido não deixaram. A GALP é a única empresa portuguesa que faz refinação de petróleo e distribuição de combustíveis. Como tal é estratégica.

    Há dez anos que se está para definir um modelo energético para o país, mas cada partido tem o seu "modelo" energético. Tal como o "modelo" energético do Pina Moura que ao deixar entrar a ENI na GALP foi muito útil aos cofres do PS... Aliás toda essa operação é um caso de polícia. Mas como a Portugal pouco lhe falta para ser uma república das bananas, Pina Moura está sentadinho no Parlamento, "manda" na Iberdrola "portuguesa", e tem mais peso no governo que a maioria dos ministros.


    "...o mau serviço da EDP..."

    E quem é que lhe garante a si que os espanhóis iriam prestar um bom serviço? A electricidade em Espanha é subsidiada pelo Estado, por isso é mais barata que em Portugal. Os operadores espanhóis não vão praticar em Portugal os preços que oferecem em Espanha. Por isso é que o MIBEL é uma farsa e não beneficia os portugueses em nada.

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