'exigência'

Soares deixou, porém, uma porta entreaberta para Cavaco - o discurso da exigência. Uma exigência, uma necessidade de rigor, que Cavaco poderá contrapor ao facilitismo que certamente colará a Soares. E se é certo que Portugal necessita de optimismo, mas também de exigência, resta saber por que discurso optarão desta vez os portugueses

João Morgado Fernandes, editorial DN

Publicado por Manuel 13:01:00  

8 Comments:

  1. Anónimo said...
    Os portugueses perceberam o aldrabão que è o Socrates e o faz de conta do Mario Soares, por isso
    hoje estão monde estão e para o ano não sabem omde estarão........
    Anónimo said...
    São evidentes as vantagens para Portugal do candidato Mário Soares sobre um candidato apoiado pelo PSD e CDS. Senão vejamos:

    a) Muito maior experiência de Mario Soares, em especial na cena internacional. Se for preciso abrir uma porta em qualquer lado em favor de Portugal, o peso de Soares é muito maior do que o de Cavaco Silva. Mesmo na direita europeia, pesa mais Soares do que Cavaco.

    b) Soares tem experiência interna em matéria de crises e de como as ultrapassar. Foi em dois govermos presididos por ele, em 1977/78 e em 1983/85, que o FMI ajudou Portugal a ultrapassar duas graves crises financeiras do país. Cavaco, ao contrário, foi o perdulário nos anos dos seus governos que conduziu o país para o buraco em que estamos. Soares equilibrou as finanças públicas (com a ajuda de Vítor Constâncio, primeiro, e Hernani Lopes, depois), Cavaco desequilibrou-as, por não conseguir conter o apetite dos seus companheiros de partido. Os défices reais (sem receitas extraordinárias) dos anos da governação de Cavaco Silva são pavorosos e foram tão grandes ou superiores aos de hoje, da governação de Durão Barroso e de Santana Lopes.

    c) Muitos apoiantes de Cavaco Silva julgam que se ele for eleito poderá encetar reformas do nosso sistema político e administrativo.
    Nada mais ilusório, pois quem tem poderes para tal, nos termos Constitucionais, é a Assembleia da República e o Governo e partido(s) que o apoia. Ora, o governo actual é do PS, que tem apoio maioritário na AR. Portanto, se o governo quiser encetar reformas profundas, terá em Mário Soares um interlocutor mais compreensivo do que em Cavaco Silva, pois este pertence a uma família política diferente da do executivo e que nunca esteve para aí virada.

    d) O actual governo está a levar a cabo um conjunto de reformas de fundo importantes. Se Cavaco Silva for eleito, por pressão de lobies ligados aos partidos que o apoiam, poderá tender a ceder a essas pressões, acabando por boicotar a acção do governo e da maioria da Assemblea da República. Cavaco Silva, em vez de ser a solução, seria parte do problema. E não se diga que Cavaco Silva não é pessoa para se deixar pressionar porque o seu passado deixa antever exactamente o contrário. Não se deixará pressionar pela oposição nem por comentaristas agressivos, mas é-o pelos seus apaniguados mais espertos, como demonstra o lixo todo de corrupção que se desenvolveu ao longo dos seus mandatos como primeiro ministro, precisamente envolvendo altas figuras do seu partido. Alguém se esquece do que foi o Fundo Social Europeu, entregue a figuras gradas do PSD estrategicamente colocadas em certas empresas e organismos do Estado? Fez na altura Cavaco Silva alguma coisa para evitar essa corrupção?
    Soares sim, deu provas de combater a corrupção, tendo criado um Alto Comissariado para o efeito quando foi primeiro ministro pela primeira vez, chefiado por Costa Brás, o qual teve uma acção importante no combate à corrupção.

    e) Cavaco Silva é um candidato que divide os portugueses, ao contrário do que querem fazer crer alguns dos seus apoiantes. Cavaco nunca terá boa imagem dentro do mundo do trabalho. Carvalho da Silva e Proença, os dois líderes mais representaivos das duas confederações sindicais estiveram presentes na apresentação da candidatura de Soares. Isto diz muito da simpatia que Soares goza no mundo do trabalho. E Cavaco Silva?
    Ora, estando o governo a proceder a reformas profundas, algumas manifestamente impopulares para certos sectores da população, na presidência da república quere-se alguém que tenha uma base social de apoio forte no mundo do trabalho. Neste contexto, é evidente que Soares e Sócrates congregam em ambos essa maior base social de apoio, o que tornará muito mais fácil fazer as refomas de que o país precisa.

    Por estas razões principais, as classes médias e uma certa tecnocracia do país, se forem inteligentes, votam em Mário Soares.
    Não que Cavaco Silva não seja de per si um homem inteligente e íntegro, mas está rodeado de sanguessugas corporativas que se degladiam entre elas para ver quem apanha o melhor bocado.
    Soares pode ter atrás de si poetas, pintores, artistas, escritores, gente de letras e de ciência que mal conhece a tabuada das finanças e da economia. Embora também tenha com ele ilustres economistas e gestores.
    Cavaco Silva tem à sua volta duas classes de gente: os revanchistas de antigamente e as sanguessugas insaciáveis. Na sua corte, pouco sobra para gente de bem. O resto, ou são eleitores indiferenciados ou gente que sonha com outro país que nunca existiu nem jamais existirá.
    Soares é o realismo político. Já deu provas disso como presidente da república e como combatente contra o descalabro das finanças públicas.
    Cavaco é um mito, que falhou mais rotundamente exactamente onde alguns julgam que ele é mais fiável - nas finanças públicas. E não sou eu que o digo, foi o ex-ministro de Cavaco Silva, Miguel Cadilhe.
    Anónimo said...
    Pode isso tudo parecer certo, a verdade é que em termos de honestidade Soares e Cavaco não são sequer comparáveis.

    E fartos de aldrabôes andamos nós!

    Para além de que a argumentação apresentada é demasiado omissa para poder 'passar' junto daqueles que ainda têm alguma memória!
    Anónimo said...
    Soares, por duas vezes que foi primeiro ministro, chamou o FMI para pôr as finanças em ordem. E pôs, com a ajuda de Vitor Constâncio e Hernani Lopes. Tem por isso CV nessa matéria.

    Depois, Cavaco Silva, nos (des)governos que teve, deixou um défice nas contas públicas ainda maior do que o de agora. E quem o diz é Miguel Cadilhe, ex-ministro de Cavaco Silva. Até o acusa de ter sido o pai do MONSTRO.

    Em tudo o resto Cavaco Silva perde para Mário Soares, incluindo na célebre farsa da cimeira dos Açores, apadrinhada pelo delfim de Cavaco Silva. E como este aos costumes nada disse nessa altura nem depois (porque também não sabe dizer nada além da tabuada da economia), quer dizer que está de acordo com o que Durão Barroso fez. Ora, para terrorismo em casa a convite de Cavaco Silva por intermédia pessoa(Durão Barroso, seu delfim por ele muito elogiado) bem nos basta o dos incêndios e o que aconteceu em Madrid e em Londres.

    É neste aspecto crucial que Mário Soares vai derrotar impiedosamente Cavaco Silva, já que quanto a finanças Soares tem CV governamental muito superior ao de Cavaco Silva. Resumindo, Mário Soares bate Cavaco Silva em tudo. É o que dá a pseudo-virtude do silêncio...
    Fernando Martins said...
    E, por que não dizer, Soars será fundamental no "diálogo" com a Al-Qaeda e com a Maçonaria, instituições imprescinvíveis no futuro...

    A Senilidade à Presidência, já!
    Anónimo said...
    Ao anónimo cassete, que faz copy-past em todo o lado.

    Acreditas no Pai-Natal!
    Anónimo said...
    Por um lado não me importava nada que Soares ganhasse. Podia ser que assim essa merda de país arrebentasse de vez e que tivessemos que recomeçar tudo de novo.
    Anónimo said...
    Por um lado não me importava nada que Soares ganhasse. Podia ser que assim essa merda de país arrebentasse de vez e que tivessemos que recomeçar tudo de novo.

Post a Comment