Pragmatísmo de salvação nacional
quarta-feira, agosto 03, 2005
Cada dia que passa fico mais fã da ideia de privatizarmos urgentemente a CGD e tudo o que resta que está nas mãos do Estado e que já tenha capital privado. A seguir a isso proibia o financiamento partidário fora do âmbito do financiamento público e equiparava o incumprimento com um crime de traição à pátria.
Menos de um ano depois de ter sido empossada, a administração da CGD, paga a preços de mercado e não de "função pública", sublinhe-se, é corrida como se se tratasse de um grupo de assessores políticos. Justificações? Nenhumas aceitáveis e compreensíveis vindas da boca do ministro da tutela (as que vêem hoje na imprensa são no mínimo curiosas).
Entretanto, a CGD continua à deriva, o erário público lá terá de pagar dois a três milhões de euros de indemnizações aos treinadores da bola que foram corridos (parece que o contrato lhe garante todos os vencimentos previstos até ao final do contrato) e nós por cá todos bem.
- Atendendo a que considero impensável fazer da CGD uma instituição equiparável a uma direcção-geral e remunerar os seus gestores de acordo;
- Atendendo a que os sucessivos governos têm provado à saciedade a sua total incapacidade de utilizar o poderoso instrumento que têm ao seu dispôr a bem do país;
- Atendendo a que não vislumbro no horizonte próximo melhorias ao nível da qualidade da gestão política do país (acho que ainda vai piorar antes de melhorar);
E mesmo correndo o risco de estar a alinhar numa estratégia rocambolesca de esgotamento da paciência com vista à criação de condições propícias... PRIVATIZE-SE a CAIXA! Vendam-se as golden shares do resto das empresas semi-privatizadas. Depois conversamos sobre que Estado queremos. É que a minha defesa pessoal do modelo actual assentava numa premissa que manifestamente estamos longe de cumprir neste país e que tem muito a ver com a qualidade e calibre ético e republicano da nossa classe política.
Não resolverá todos os problemas mas sempre são menos alguns engulhos e "graus de liberdade" nas mãos dos aparelhos partidários.
Nota Final: cerca de um ano depois do convite feito pelo António (Duarte), encerro com este post a minha colaboração na Grande Loja. O blogue continua de vento em popa e o Verão promete ser profícuo. Desejo-vos a todos, aos que conheci e restantes anónimos, continuação de bom trabalho. Agradeço também a todos os que comentaram e debateram os meus posts. Continuarei em plena actividade blogoesférica reflectindo e aprendendo em conjunto com esta comunidade no meu blogue de sempre, adufando pelo nosso país, ora suavizando a aspereza com o batuque musicado, ora martelando a pele retesada do alto dos penedos para manter a sanidade. Seguramente, reencontra-mo-nos por aí!
Rui M Cerdeira Branco
Publicado por Rui MCB 12:34:00
Felicidades para si e para os seus.
O Anónimo
Beijinhos vamo-no "vendo" por aí
Quanto aos comentários, por enquanto em dois anos de weblog só uma vez tive problemas desses zazie, só por isso ainda não aderi a nenhum sistema de autenticação. Mas se a clientela reclamar posso pensar nisso. Os comentários são preciosos É como dizes vemo-nos por aí.
beijocas e quando tiveres mais aldrabas avisa
Tenho pena que saias da GL mas não sou indiscreta
cicuta
Lá diz o povão e com razão:
Vale mais sozinho que mal acompanhado!