indigência

Afinal, pesem os apelos do Presidente, «A lei, hoje, já prevê a limpeza coerciva da floresta. Prevê, mas não acontece», disse António Costa, acrescentando que a fiscalização dessas obrigações estão atribuídas à Direcção-Geral dos Recursos Florestais. António Costa, que falava no final da visita de uma delegação parlamentar ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), comentou assim a afirmação do Presidente da República sobre a possibilidade de o país tornar coerciva a limpeza das florestas. Enfim, mais uma limpeza coerciva de mais um disparate de Jorge Sampaio. Aguarda-se agora a coercividade do Ministro da Agricultura, face a estas declarações do seu colega da Administração Interna.

Publicado por Manuel 20:58:00  

6 Comments:

  1. Anónimo said...
    Vi as declarações do Ministro da Agricultura a propósito do fim dos apoios a mata para arder, e aprovo a 100%.
    Afonso Henriques said...
    E´o fim anunciado da REN e da RAN.
    Será o fartar vilanagem da betonização peri-autárquica.
    Um dia, quando os episódios dos "incêndios sazonais" fizer parte da História de Portugal, talvez se entenda o porquê de tanta falta de empenho na prevenção e combate aos incêndios por parte de tantos governos durante tanto tempo.
    E said...
    Quanto às intenções do M.A., acho muito bem. Mas existe um problema em que os redactores da lei talvez não se lembraram.

    A lei obriga que os proprietários - particulares - limpem os seus terrenos numa zona de 50 m longe de habitações. Mas quando a habitação não é deles, ou seja, está situada perto do limite da sua propriedade, como é que é? Têm ou não obrigatoriedade de cortar a sua floresta para proteger a habitação do seu vizinho?

    E se sim, porque é que isso não acontece no resto do país? A quem incutir responsabilidades? E a culpa, continua a ser do estado?
    Anónimo said...
    O Estado é o maior proprietário florestal. E as matas nacionais (e os parques naturais) ardem como as outras.
    Não deveria o PR começar por obrigar os serviços do Estado a dar o exemplo?
    (Quantas matas nacionais - das não ardidas, claro - estão convenientemente limpas, têm caminhos adequados, áreas de segurança, etc., etc.?)
    Anónimo said...
    Acredito muito mais em medidas que mexam com o dinheiro e os interesses (como as preconizadas pelo Ministro da Agricultura) do que em cartas de intenções sem hipótese de controlo eficaz (como a lei que o PR não sabia que tinha assinado)
    Anónimo said...
    O Pedro M tem razão, é aliás por isso que não funciona a lei actual: é preciso ver muito mais longe do que o prório quintal.
    E evidentemente, se não há meios para combater fogos em montanhas escarpadas, não há meios para verificar se as ditas estão limpas.

    Por isso, no plano individual, o melhor que vi até agora foi a posição do Ministro da Agricultura a defender o fim dos subsídios à incúria.

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